quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

voar

Voar

Em pleno ar,

Estamos a voar,

Muito além das nuvens,

Além da litosfera,

Sobre serras e planícies

Daqui tudo é tão pequeno lá em baixo,

Vemos luzes distantes a piscar,

E um céu tão escuro, nublado,

Só o pisca da asa de lata

Alumia lá fora,

Em pleno céu,

Voa a asa de lata.

15-12-10 23:00

Viagem

15 dezembro de 2010-12-15 22:39

Estamos em pleno ar,

Na ave de lata,

Que não para de pular,

Parece que estamos indo por uma estrada cheia de seixos,

As pessoas até estão caladas,

As luzes estão apagadas,

Estamos indo do Rio para Salvador e depois para Natal.

Aqui dentro fazia calor agora faz frio

E o grande asa de lata não para de saculejar,

Aqui não tem muito o que fazer senão ler, ouvir música.

Estou com vários livros, de prosa e peosia.

Camões, Baudler e Maiakoveski,

Deste o que melhor compreendo é o de Camões

Já o Flores do Mal, nada e o de Maiakovski

Dar para entender o contexto social.

Da Rússia naquele tempo.

Passou um lanchinho.

Ana ta impaciente ora ler, ora tenta dormir,

Agora come.

A luz de dentro da lata impede que veja lá fora.

Sinto um incomodo no nariz agora, uma sensação de falta de ar.

Vou ouvir cantatas de Bach.

Tédio

Perdido no túnel,
na concha do tempo,
perdido em vã pensamento.
Vejo o mundo vazio,
vejo o mundo frio,
coisas, sentimentos,
paisagens. Vivo estou,
vivo sou, ago, faço,
posso dar ar a matéria,
gerar a vida,
mas de que adianta,
o que me adianta,
se o meu mundo é só meu,
como distribuir o meu mundo?
Se nem tudo me agrada,
se parece que a vida para,
se atravesso o tempo,
rompendo o tédio da existência,
se nem todo mundo tem
o brilho de criar,
canaliza sua vida
aos desejos.
E o brilho do criar!
Vejo o céu azul,
bordado de nuvens,
claro pelo sol.
Vejo o céu pintado de estrelas,
vejo a noite recolher
toda a luz e derramar
seu escuro lado
ao todo...
E o tédio me domina,
por só querer o que me agrada,
maldita alma,
fugir da física
é muito difícil,
renegar a natureza
é um sacrifício,
por isso passa o tempo,
derrama-se o tédio
em minha mente,
em minha frente,
resta apenas contemplar
a dor, a existência,
pois sem ação,
sou matéria inerte,
cozinho os pensamentos,
as ideias,
chacoalho a mente,
planto novas ideias,
desejo novos mundos,
e só os encontro dentro de mim,
é hora de mudar,
metamorfosear,
pois o tempo passa,
a matéria é a mesma
senão a moldarmos.

Rotina

Aurora já está quase indo, toca o despertador. Mal acorda, desliga o despertador. E pensa mais um dia. Senta, pensa na existência, pensa no dia que foi, no que vai ser. Levanta, segue para a cozinha, come algo, e segue para o banho. Banha, veste-se, pega o rádio liga, põe o fone, pega a bicicleta e segue para a universidade, ainda está escuro. Pensa na vida, pensa na morte, nos medos, ouve as notícias, fica indignado quando chega na universidade liga o computador, no qual passa o dia todo, quando volta pra casa, frustrado pois ainda falta tanto pra fazer. Segue para a praça pra fazer exercícios, pois se preocupa com a barriga, com a falta de cabelos, com o comentário dos outros, com a vida. Respira fundo, faz um lanche e ler e vai dormir, com um penso na consciência, sem saber se fez ou não o que devia. Finalmente dorme um sono turbulento, se preocupa com tudo e pensa, puxa vou fazer tudo de novo, amanhã.

Leiteiro

Ao quebrar da barra cantam os primeiros galos anunciando o novo dia. O relógio marca três horas. Rincha o jumento lá para as bandas do fim da terra, perto do riacho. Acorda o forte leiteiro, lava a cara, calça a bota e segue para o curral. Uma a uma as vacas são arreiadas e em seguidas desleitadas. lá se vão duzentos litros de leite em um tambor, para ser transformado em queijo. E o leiteiro esse não para vai para casa, toma o café e segue para a baixa tirar comer pro seu gado. Trabalha o dia inteiro pra suas vacas. Vive em função de seu gado e estes em função do leiteiro numa harmonia que segue de geração em geração. Quando cai a tarde, sentado na área da frente, saciada a fome do gado, o leiteiro ver seu gado de bucho cheio a se acomodar. Com a consciência tranquila, janta e em seguida dorme o sono dos justos pra acordar no mesmo horário do dia anterior.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Caos

As vezes a mente parece vazia,
disfarça muito bem pois está mesmo é muito cheia.
De saco cheio de tanta informação, cobrança.
Ave, parece que o mundo vai parar se não
tivermos tudo no prazo certo.
A mente cansa dessas coisas.
A vida seria bem mais bela se não fosse
esse medo que sentimos de ficarmos
desamparados.
Quando o sertanejo ver que chegou janeiro
e não choveu ainda, ele aguarda
fevereiro, marco e abril,
se não choveu ele reza
porque sabe que o fumo é grosso,
e logo as coisas vão se apertar,
espera por Deus.
Acabamos de esquecer de Deus,
acabamos acreditando que tudo
é técnico e que não depende só de
nós muitas vezes.
Abraçamos novas ideias,
e esquecemos as velhas,
as vezes nem guardamos,
jogamos fora, mas se as novas não derem certo?
O que faremos?
Voltemos as velhas ideias
e sigamos a vida,
porque a vida continua
e o tempo passa por cima
do que não segue.

A rosa


A rosa desabrochou no jardim,
era uma rosa escarlate.
Tinha suas pétalas viçosas,
exalava um forte cheiro
de pureza que a beleza
se confundia entre forma
e essência.
Será a rosa uma deusa encantada?
Quem sabe.
Cada rosa tem seu valor,
sua cor, sua essência.
Gosto do cheiro de rosa,
da beleza contida na rosa.

Mas cultivar a rosa,
é preciso paciência,
tem toda uma ciência
vermelha difícil de aprender
a lidar.
Tem ter cuidado com
os acúleos, em saber
tratar de matar sua sede,
tem que entender de rosa,
senão, como vai ter sua rosa,
como vai cultivar a rosa
em seu jardim.

A chuva da tarde

O dia brilhava intensamente,
então passou o meio dia,
o sol ardia em calor,
mas a tarde logo esfriou,
gotas caiam das nuvens,
uma chuva se derramava
na terra, no asfalto, nos prédios
quente.
Gotejando a tarde logo ficou,
as folhas lacrimejavam a chuva,
e o sol se escondia nas nuvens,
Assim partia a tarde cinzenta,
de nuvens massenta,
assim foi mais uma tarde.

Inverno

O sol fica preguiçoso no inverno,
ver as nuvens macias de algodão,
e a todo instante se relcina,
sobre as nuvens e cochila,
se apaga. O sol esse preguiçoso,
passa moleza pra gente,
e o frio da chuva,
cai como luva,
e nos deixa preguiçosos,
gulosos.
A culpa de tudo é do inverno,
que acaba com inferno
do calor, da sede
e trás a vida,
doce água,
destilada água.

Calma

Os dias são brancos,
os dias são longos,
miro no meu horizonte
que é tão curto,
miro então o céu
e um véu não me
permitem ver o
azul.
Olho para dentro
de mim,
vejo um poço
sem fundo,
abrigo dentro de mim
um grande vazio,
sinto intenso frio
no estômago,
na alma...
Onde está o eco de deus?

Não ouco ressoar em minha alma,
as vezes perco a calma.

Olho novamente para o horizonte,
olho para o céu
vejo céu azul,
mas tudo que vejo
é uma paisagem
sem profundidade
o véu passou,
agora vejo o azul.

Minha alma quer calma.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh