quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Rotina

Aurora já está quase indo, toca o despertador. Mal acorda, desliga o despertador. E pensa mais um dia. Senta, pensa na existência, pensa no dia que foi, no que vai ser. Levanta, segue para a cozinha, come algo, e segue para o banho. Banha, veste-se, pega o rádio liga, põe o fone, pega a bicicleta e segue para a universidade, ainda está escuro. Pensa na vida, pensa na morte, nos medos, ouve as notícias, fica indignado quando chega na universidade liga o computador, no qual passa o dia todo, quando volta pra casa, frustrado pois ainda falta tanto pra fazer. Segue para a praça pra fazer exercícios, pois se preocupa com a barriga, com a falta de cabelos, com o comentário dos outros, com a vida. Respira fundo, faz um lanche e ler e vai dormir, com um penso na consciência, sem saber se fez ou não o que devia. Finalmente dorme um sono turbulento, se preocupa com tudo e pensa, puxa vou fazer tudo de novo, amanhã.

Leiteiro

Ao quebrar da barra cantam os primeiros galos anunciando o novo dia. O relógio marca três horas. Rincha o jumento lá para as bandas do fim da terra, perto do riacho. Acorda o forte leiteiro, lava a cara, calça a bota e segue para o curral. Uma a uma as vacas são arreiadas e em seguidas desleitadas. lá se vão duzentos litros de leite em um tambor, para ser transformado em queijo. E o leiteiro esse não para vai para casa, toma o café e segue para a baixa tirar comer pro seu gado. Trabalha o dia inteiro pra suas vacas. Vive em função de seu gado e estes em função do leiteiro numa harmonia que segue de geração em geração. Quando cai a tarde, sentado na área da frente, saciada a fome do gado, o leiteiro ver seu gado de bucho cheio a se acomodar. Com a consciência tranquila, janta e em seguida dorme o sono dos justos pra acordar no mesmo horário do dia anterior.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Caos

As vezes a mente parece vazia,
disfarça muito bem pois está mesmo é muito cheia.
De saco cheio de tanta informação, cobrança.
Ave, parece que o mundo vai parar se não
tivermos tudo no prazo certo.
A mente cansa dessas coisas.
A vida seria bem mais bela se não fosse
esse medo que sentimos de ficarmos
desamparados.
Quando o sertanejo ver que chegou janeiro
e não choveu ainda, ele aguarda
fevereiro, marco e abril,
se não choveu ele reza
porque sabe que o fumo é grosso,
e logo as coisas vão se apertar,
espera por Deus.
Acabamos de esquecer de Deus,
acabamos acreditando que tudo
é técnico e que não depende só de
nós muitas vezes.
Abraçamos novas ideias,
e esquecemos as velhas,
as vezes nem guardamos,
jogamos fora, mas se as novas não derem certo?
O que faremos?
Voltemos as velhas ideias
e sigamos a vida,
porque a vida continua
e o tempo passa por cima
do que não segue.

A rosa


A rosa desabrochou no jardim,
era uma rosa escarlate.
Tinha suas pétalas viçosas,
exalava um forte cheiro
de pureza que a beleza
se confundia entre forma
e essência.
Será a rosa uma deusa encantada?
Quem sabe.
Cada rosa tem seu valor,
sua cor, sua essência.
Gosto do cheiro de rosa,
da beleza contida na rosa.

Mas cultivar a rosa,
é preciso paciência,
tem toda uma ciência
vermelha difícil de aprender
a lidar.
Tem ter cuidado com
os acúleos, em saber
tratar de matar sua sede,
tem que entender de rosa,
senão, como vai ter sua rosa,
como vai cultivar a rosa
em seu jardim.

A chuva da tarde

O dia brilhava intensamente,
então passou o meio dia,
o sol ardia em calor,
mas a tarde logo esfriou,
gotas caiam das nuvens,
uma chuva se derramava
na terra, no asfalto, nos prédios
quente.
Gotejando a tarde logo ficou,
as folhas lacrimejavam a chuva,
e o sol se escondia nas nuvens,
Assim partia a tarde cinzenta,
de nuvens massenta,
assim foi mais uma tarde.

Inverno

O sol fica preguiçoso no inverno,
ver as nuvens macias de algodão,
e a todo instante se relcina,
sobre as nuvens e cochila,
se apaga. O sol esse preguiçoso,
passa moleza pra gente,
e o frio da chuva,
cai como luva,
e nos deixa preguiçosos,
gulosos.
A culpa de tudo é do inverno,
que acaba com inferno
do calor, da sede
e trás a vida,
doce água,
destilada água.

Calma

Os dias são brancos,
os dias são longos,
miro no meu horizonte
que é tão curto,
miro então o céu
e um véu não me
permitem ver o
azul.
Olho para dentro
de mim,
vejo um poço
sem fundo,
abrigo dentro de mim
um grande vazio,
sinto intenso frio
no estômago,
na alma...
Onde está o eco de deus?

Não ouco ressoar em minha alma,
as vezes perco a calma.

Olho novamente para o horizonte,
olho para o céu
vejo céu azul,
mas tudo que vejo
é uma paisagem
sem profundidade
o véu passou,
agora vejo o azul.

Minha alma quer calma.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cronos

Não há tempo
pra pensar,
não há tempo
pra amar,
não há tempo,
pra viver.
Só há tempo
pra envelhecer.

Fisis

Que venha o vento,
suave como a brisa,
e leve o calor, refresque a alma,
que me traga um pouco de calma.
Já caiu a noite,
sob a chuva da tarde,
o sol desapareceu,
longe daqui,
a lua nasceu no céu tão azul,
e limpo, mas aqui
só vemos nuvens bravas,
querendo se derramar,
o solo encharcar,
Chuvas e mais chuvas,
molham a terra,
e as plantas que agradencem,
estão tão viçosas,
cada vez mais vigorosas,
desabrocham perfumadas,
e permanecem abertas,
enquanto tem luz do sol,
outras se escondem da luz
só desabrocham e se perfumam
a noite...
Vá entender a natureza,
Vá entender a vida...
O mundo é um só,
mas são tantas vidas,
só uma noite,
só um dia,
Numa sincronia,
onde tudo está em todo lugar,
tudo é harmonia.

Murraya


As ruas de Ribeirão Preto,
estão perfumadas de brancas flores,
flores de Murrayra paniculata,
essa linda Rutácea,
por onde se passa,
percebe a graça,
dessa linda flor,
com seu sedoso odor.
Cachos brancos como a neve,
com um ponto verde de esperança,
das flores de Murraya,
que dão um branco
as ruas quentes de Ribeirão Preto,
Tratadas, podadas, bem cuidadas,
floridas e perfumadas estão as murrayas,
desse lugar quente que nem sertão.
Quando chega a tarde,
que o calor arde,
quase a rachar,
se cai uma chuva,
sorriem as murrayas brancas flores, doces odores...
Logo irão as flores e as chuvas
de Ribeirão, então as aves
saborearão vermelhos frutos de Murraya.
Quando era pequeno,
minha vizinha tinha,
um pé de Murraya,
na casa da mãe dela tinha outro pé,
mas não sabia que se chamava Murraya,
Agora sei que são murrayas de Ribeirão Preto,
de flores brancas, como flores de laranjeiras,
são parentes, pertencem a mesma família...
Que bonito as ruas cheias de murrayas,
bem em frente uma república em frente ao Aulos restaurante,
próximo a unicamp
tem uma república que é só
Flores de Murraya...

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh