quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sonho


Queria uma casinha velha na serra,
podia viver a mexer com a terra,
contemplar a natureza,
refletir sobre a beleza
da vida, da nossa vida,
não seria uma poesia ou uma prosa,
seria uma sim vida,
em inércia.
Aquela casinha na serra,
aquele pedaço de terra,
quem sabe um dia,
fazendo minhas poesias,
encha minha vida de magia
e siga pra lá,
espero que esteja ao meu lado,
quero muito que siga comigo,
que tenhamos um abrigo,
pra poder ver a chuva cair,
o sol brilhar, a flor desabrochar,
as aves a cantar,
sentir o frio da brisa da tarde,
e viver em harmonia,
essa vida deveras curta,
mas parece tão comprida,
Sigamos para lá.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Memórias

Carregamos dentro de nós memórias boas e ruins.
São essas memórias que nos dão a capacidade de julgar o que é bom e o que é ruim para nossa vida.
Nossas memórias ficam guardadas e vez por outra resgatamos. Temos as memórias longas e as memórias curtas. As memórias longas carregam uma grande importância para o nosso ser, pois elas foram os nossos primeiros alicerces. Vez por outra quando volto a um lugar que vivi por longo tempo, busco resgatar essas memórias. Na maioria das vezes parece ser inútil. Elas vem quando menos espero, mas as vezes me emociona quando consciente vejo algo que me trás reminiscência.
Estive com várias pessoas nestas férias, pessoas muito queridas e descobri nas suas memórias destas pessoas que tinha-mos memórias em comum, mas que não me lembrava e que quando essas pessoas começavam a falar como uma luz, eu relembrava. Emocionei-me ao relembrar com a vizinha de infância os meus tempos de criança. As necessidades porque enfrentávamos. Imagine que não tínhamos o mínimo conforto, na casa dela até colchão de palha de arroz tinha. No entanto éramos muito felizes. Essas memórias me emocionam, não era preciso mais que um pouco a mais de conforto, para nos sentirmos os mais ricos do mundo. Uma garrafinha de guaraná de vez em nunca servia para não ficar chorando em casa quando mamãe tinha que sair.
As balas que papai trazia da feira nos dias de sábado embrulhadas em papel, as balinhas enroladas em papel. Fazia-me tão feliz. Aquelas memórias, doces memórias em que via a minha família unida, junta, como modelo de família que construí em minha mente. Vi todo mundo viver assim unidos. Vi no jeito simples e correto de meus pais e avós a vida ética boa para meu ser. Vi na força rude de meu pai atrás do cabo da enxada e tantos outros pais na labuta, de manhã até a noite o correto jeito de ganhar o pão, sem esperar pelo suor do outro. Vi na harmonia com que vivíamos com os animais, a vaca por nos dar leite, o jegue por nos ajudar com as cargas, o cachorro na vigia da casa e o gato na proteção da comida contra ratos, o respeito essencial a vida.
Foi no trabalho que crescemos e aprendemos a ser éticos. Foi no banco duro da escola que aprendi que é importante aprender, na insistência de meus pais de não faltar a uma aula, na esperança de melhorar a vida que construí, minha concepção da importância do saber, pois sem ele que seria de mim hoje? Como poderia ajudar que me criou, educou e me deu a vida?
São essas memórias que me dão suporte seguir sempre em frente e ser quem sou. Uma pessoa com convicção e amor a vida.

Escrito

Encontrei um papel escrito dentro de um dicionário com letra tremida que reconheci ser a letra de minha avó. Nele estava escrito a data, o ano que ela nasceu, o nome do pai, o dia que casou, a quantidade de filhos que teve, onde estava morando na época que escreveu, o tempo que estudou. quando a mãe morreu, quando o pai morreu e que sentia muita saudades do pai dela. Foi escrito em quatro de fevereiro de 2004, três anos antes de morrer. Achei lindo aquele papel que pra mim virou um documento precioso, uma memória concretizada em vida. Quanta sabedoria de minha avó escrever aquilo. Fiquei impressionado. As memórias transcritas no papel ganham vida fora de nós. Com certeza foi uma dádiva encontra esses escritos. A que horas será que escreveu? Pela manhã ou pela tarde? O escrito não tem pontuação, mas tem uma inteligência tão grande. Imagine, pensar em escrever algo para a posteridade. Acho que tinha uma alma poética, talvez se sentisse sozinha. Tinha-mos uma relação de forte amizade. Todas as vezes que podia desfrutava de sua companhia, por longas conversas ao longo da tarde. Sentados na frente de casa. Vendo o povo passar, cumprimentando esse povo, as vezes alguém parava pra tomar um café. As vezes ficamos apenas contemplando a tarde que se passava lentamente. Dourada e depois que o sol se recolhia nos recolhíamos também. Tardes longas e fagueiras que passávamos por lá.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vida e morte

Estou cansado

Estou cansado de lutar,
estou cansado de olhar,
estou cansado do jeito de viver das pessoas,
estou cansado de tentar achar respostas.

O mundo está ficando entediado,
cada dia mais envocado,
e tudo isso me deixa demasiado
cansado, pois parece que ando em círculos.

Tenho medo de mim,
tenho medo da morte,
tenho medo do amanhã,
tudo está tão embraçado que me deixa cansado.

Corri a vista no mundo e só vi problemas,
vi muita confusão, desilusão.
Vi a vida ressurgir na vida,
vi a morte dominar a vida,

Vi a matéria se transformar,
parei para contemplar o mundo em minha volta.
Deixei de lado a tela do computador,
que só me trazia dor,
mas não adiantou, pois os problemas humanos

são meus também,
como contemplar a natureza
como contemplar a beleza,

se há dor, se a morte, não há quem seja forte.

A união eterniza a vida,
mas como parar para contemplação...

Se cronometro meu tempo,
e consumo cada segundo,
a vida sem contemplação é vazia,
contemplar é vazio...

Viver como um vadio e ver a vida passar,
sem olhar para trás,
só se nunca me mudar.

A vida e a morte,
renovam a natureza.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Reveillon

O ano de 2010 passou tão de pressa,
que logo que vi os primeiros fogos
estourarem lembrei do ano passado,
deu um aperto no coração,
mas passou o ano velho passou,
2011 chegou, pedi muita saúde
e esperança, porque o resto
a gente corre atrás.

retorno

Viajei para muito longe,
mas já estou de volta,
para quem sentiu minha falta,
meu carinho e meu afago.
beijos

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

E a manhã se passou tão lenta
quanto uma nuvem em dia de calmaria,
mas se passou, fria e suave,
ornada de flores,
de branco e de vento,
suave lá foi ela,
cantou o sanhaçu,
e ela partiu,
fujiu!

Volta a terra

Finalmente chegou o grande dia,
depois de tanta arrumação,
tanta espera, to cheio de emoção.
O melhor do evento e a organização,
Compra a passagem,
as roupas,
liga,
risca os dias no calendário,
se torna hábito diário,
manhã se arraste,
porque a tarde,
bem no fim do dia
tomarei o avião,
o grande pássaro de lata,
em direção ao nordeste,
ver as areias brancas,
o céu azul,
o mar verde,
a água salobra,
luz sol,
amanhã quando acordar,
vou sair correndo pro mar,
ver o horizonte,
sentir a brisa úmida,
sentir o clima de Natal,
bem no natal
na minha linda terra do sol nascente.

Frouxa manhã

Suave nasce a manhã tão bela,
frouxa a luz entra pela janela,
e as cores verde e amarela,
das folhas e flores da acacia do jardim,
alegres, ao som do vento, dançam para mim,
numa suave valsa,
suas folhas acenam, assim.
dançam os secos frutos,
a luz nesse dia
de céu tão branco,
de sopro de vento tão suave,
ameno,
janela fechada,
e um friozinho tão gostoso,
que me deixa preguiçoso,
nessa linda manhã.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fim da primavera

Eis que no fim do verão,
chega o frio,
o sol nem apareceu,
choveu quase todo o dia.
Eita que dia fagueiro,
dia preguiçoso,
realmente gostoso,
pra ficar sob as cobertas,
a ver um filmezinho,
curtindo cada instante,
desses últimos
dias do ano,
da primavera.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh