sábado, 9 de outubro de 2010

Fim de calmaria

A calmaria passa,
o dia esfria,
leve vento infla a vela,
há um deslocamento.
A tarde de cinza,
o frio no silêncio vazio.

barco

Um barco a deriva,
na calmaria,
um barco a deriva,
sol, dia azul.
ausência de movimento,
exceto a luz,
nada acontece,
uma calmaria.
o barco no espaço estático.

A árvore


Sempre estática a árvore se impõe forte, sábia e imponente.
No meio do pátio cresce a árvore um ser que de movimento tem apenas o crescimento ou o abuso do vento.
Sob o sol, lua, chuva e estiagem a árvore permanece estática de pé.
Com seu tronco robusto, suas folhas e flores tênues eis um ser.
Que se constrói dia a dia.
Se surge uma praga de insetos ou lagartas que devoram suas folhas, suas flores prejudica-lhes por inteiro, nem por isso esta reclama, passiva espera a bonança.
Estática permanece a árvore, paciente sobrevive e se torna mais imponente.
É o destino da árvore ser imponente desde que resista as diversidades.
E se conclama magestosa florida na primavera.
E se conclama cansada no outono,
mas resiste porque já que nasceu,
já que surgiu,
viver é o que lhes resta,
existir o que lhes projeta.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A ilusão

Ouço Schumann,
estou em casa só, tenho três luzes acesas a da sala e duas do meu quarto, mas como dizia a música que ouço, soada a violino. Tem uma melodia tão sutil, algo difícil de descrever.
A sensação que tenho é de solidão. Tal som invade minha alma. No meu silêncio permaneço.
Sentado olhando para o vazio do meu quarto, vazio de meu pensamento, minha total ausência como ser. Parece que nada sei, nada sou.
Sabe quando ficamos vazios. Mas é um vazio de um ser finito.
Contando o tempo, aguardando algo acho que talvez seja agarrar uma ilusão.

O esaravelho


Fim da noite, estava escovando os dentes já tinha apagado a luz do quarto, só estava acesa a luz da escrivaninha. Quando ouvi o som do vôo de um grande escaravelho. Voava em espiral naquele cenário semi-escuro e amplo do quarto. Indaguei-me de onde veio aquele inseto enorme se a janela e a porta estavam serradas. Acendi a luz, então ele pousou desengonçado sobre minha escrivaninha. Peguei dois papéis e consegui colocá-lo sobre estes. Marcelinho que já estava deitado levantou, pedi pra ele abrir a janela pra libertar aquele ser, mas ele gritou que queria tirar uma foto. Bem mas o inseto mais pareceu uma modelo pousando para playboy com tantos fleshes disparados pelo Marcelo, aproveitei para tirar umas também. Fiquei surpreso pois percebi que o escaravelho ficou ali estático, talvez fingia está morto ou parecia ipnotisado ou me encarava fixamente. Estático, enquanto era fotografado. Aquele inseto que foge as leis da física teima e consegue voar. Aquela carapaça negra, brilhante, por vezes furtava a cor, difratando a luz. Suas patas fortes. Belíssimo. Falei será presságio? Não! Os indianos acreditam que podemos reencarnar em formas de vida inferiores. Seria alguém que já conheci? Bem o Marcelinho fez um book daquele ser que ganhou destaque. Antes de dormir li um pouco e fui dormir com a ideia da presença do inseto em meu quarto. Que veio ele me dizer? Muitas vezes teimamos em crer nas ideias que ouvimos na infância, o obscuro.
Noite do Escaravelho.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quem me cobra

Viver sob pressão essa é a impressão que passa em minha mente. Parece que tem sempre alguém me cobrando algo. Acho que sempre quem mais exige de mim, sou eu mesmo que maluco, podes pensar, mas eu quem sou meu maior crítico. Nada que faço fica bom, pior que nada fica bom mesmo. Sou daqueles malucos que se impressiona com qualquer coisa. Interessa-me a estética seja ela qual for física, intelectual ou dialética. Num mundo cheio de vida, de informações como fazer para não sucumbir... Perco meu tempo precioso. Que fazer com tanta informação. Tenho que focar meus trabalhos, mas como fazer isso? Acho que enquanto não achar uma solução que seja coragem para trabalhar muito continuarei com essa sensação. Certo dia quando morava na roça campinavamos papai e eu, a lavoura estava bonita, mas não chovia a uma semana. Eu ali com uma preguiça, mas ao mesmo tempo gostando do trabalho comentei com papai que poderiamos esperar chuver e então seria mais fácil o trabalho. Sabiamente ele falou não deixe pra fazer o que pode fazer hoje pra fazer amanhã. No mesmo dia a noite caiu uma chuva. Dormi tranquilo naquele dia.

meu RA

Acordei vi no mundo hoje mais cores, mais beleza.
Peguei minha bicicleta e fui pedalar.
O friozinho da manhã chega a provocar piloereção.
Tendo sempre a frente o verde e o colorido das árvores.
O céu pintado de amarelo pelos sol, mas manchado com as nuvens.

Vi um pé de ipê amarelo em frutos,
parei pra tirar uma foto.
Só que junto com minha câmera tirei minha carteirinha.
Que ficou lá.
alguém passou e levou meu ra.
Que dia lindo,
mas à tarde estou sem meu RA.
Acordei com o pé esquerdo.
a mente bagunçada.

chuva

A chuva cai escorre pelas calçadas rua a baixo.
As ruas são lavadas, limpas desenpoeiradas.
As plantas sorriem para a chuva,
as aves se calam.
A natureza para e contempla o banho da chuva.
argila fica tão lisa.
A chuva da vida a matéria.
A água é vida.

Vida sangrada

A vida vale um celular, parece que vale bem menos.
Com uma arma na mão eis ai um superhomem que com o seu poder pode tirar um ou várias vidas.
Basta que ele pense que pode fazer isso ou que ele queira fazer isso e assuma as consequências.
Mas que consequências? Hoje se mata por causa de um celular, se mata sem razão. Matar não requer razão, ao contrário matar é perda da razão. O que podemos fazer se inventamos a arma, mas ao fazer a arma não se pensou no ato irracional de matar. Estamos literalmente nos matando por objetos.
Ontem um delinquente disparou um tiro na cabeça de uma moça, porque assim achava que podia.
Este meliante pediu o celular e a moça falou que não tinha.
E se ela não tivesse mesmo?
O sangue a vida foram derramados por causa de dois objetos. A arma e o celular.
Quanto vale uma vida?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ganghi

A paz de Gandhi esteja contigo.

Gandhi um homem, um ícone da India cuja filosofia pregava a não violência.
Conheci Gandhi mexendo nos velhos baus de minha vô.
Acho que aquele livro pertencia a meu tio.
Um livro não volumoso, mas com um conteúdo com seus pensamentos. Emprestei esse livro e nunca mais me devolveram.
O fato que eu, adolescente, sem ter muito o que fazer no sítio em que morei ao encontrar esse livro. Com a foto de Gandhi na capa me interessei. Comecei a ler, acho que foi o primeiro livro que li por completo em minha vida.
Recheado de pensamentos fantástico os quais serviriam de pensamento para toda a vida.
Eu no entanto lia como quem ler um romance. Fiquei apaixonado por aquele livro.

Desde então me interessa cada vez mais saber sobre esse homem excepcional.
Ler Gandhi por ele mesmo. A pouco tempo me despertou mais amor, mais pais e mais ação.

Gandhi é lição de amor e de vida.

Das poucas coisas que sei da vida uma delas é que a tudo se resolve através da passividade, da não violência.

Huberto Hohden escreveu sobre Gandhi.

Conheça Gandhi.
Converse com ele, suas leituras lhes trará paz.

A paz de Gandhi e toda sua sabedoria dele lhe faça mais feliz.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh