Vejo uma imagem de tarde...
Uma tarde única eterna, atemporal.
Uma tarde onde tantas vezes despertei para a vida via abstrato.
Despertei tantas vezes ao ler.
Após o almoço, quando a tarde chegava, mamãe costumava dormir.
E a casa parecia dormir junto, pois se fazia silêncio.
Naquela baixa tudo era silêncio e calor e luz e tarde.
No silêncio viajava em meus pensamentos.
Começava uma leitura e me perdia em meus pensamentos.
Eu era orgânico e natural.
Era como um garoto aprendendo matemática encontrando um sentido nas ideias.
Eu descobria as ideias nas palavras, nas frases nos textos.
Foi fortemente afetado por um livro de Gandhi encontrado num baú antigo.
Sem dúvida pelo novo testamento distribuído pelos evangélicos...
Fecho o texto sem concluir, escurecendo e esfriando como a tarde eterna.
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