quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I,

Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros.

Estamos no mês de novembro e a cerca de quatro dias esta florescendo.

Sim, são lindos seus cachos de flores.

Suas flores são amarelas flavas com uma coroa de estames alaranjados.

Estas flores são intensamente perfumadas, sendo o odor adocicado. Gostoso!

Muito visitadas por uruçu e abelhas com quitina viridescentes.

Seu tronco era bifurcado, mas uma parte foi podada,

Suas folhas são coriáceas com margem cerreada,

Agora não tem como pegar as flores para fotografar.

Entretanto, tenho fotos de suas flores.

Acho que chamarei ela de Amélia nossa ex-professora de algas.

Amélia é japonesa, como Kikio que estudou essa família.

A família Ochnaceae.

O gênero é Ouratea.

A espécie é Ouratea cearensis,

Popularmente conhecida como Bati-bravo.

Pronto tá registrado

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Divagações sonoras sabiescas.

 Os sanhaçus vivem aqui em fernanda,

Mas esse sabiá!

Acho que ele quer se aninhar.

Hoje, 12.11.24 ele se pós a cantar 

E cantar desde cedo!

Estou pleno de alegria...

Sabiá é meu elo espiritual intenso com mamãe.

Afinal, em serrinha numa das nossas últimas tardes juntos,

Um sabiá cantava na aroeira.

Ela disse:

-Só me lembra minha infância na casa de papai.

O canto do sabiá arremeteu uma memória boa.

E nós conversamos sobre esse sabiá.

Que esteve onde andei, mas em São Paulo, Campinas, Brasília e Serrinha,

Passagens rápidas, exceto nesta última.

Em Kew na inglaterra ouvi um melro...

Lembrou-me o sabiá.

Em Portugal Gonçalves Dias o saudoso,

Cantou "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá".

Sabiá deveras é um arquétipo brasileiro.

Eh! Que beleza.

Beleza subjetiva

 Benza Deus!

Ouratea amarela de flor,

Mais perfumada que a canela,

A janela de minha sala está

Entupida de beleza sonora,

Sabiás, sanhaçus, cigarras...

Até o sol está intensamente alumiando fernanda.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Amada mana nana.

 Minha irmã,

Eu te amo!

Sinto muita saudade de você.

Você sempre foi tão protetora,

Tão cuidadosa de nós,

Com a alma de mãe.

Tão amorosa.

Tão humana!

Todo mundo é contagiado por sua intensidade!

Tua energia que tudo move.

Agora com a idade adulta toma a face de tia Margarida!

Generosidade em carne!

É eternamente Queiroz e franciscana...

É um espelho de papai.

Não conheço nenhum ser humano com tantas qualidades,

E com tamanhas fragilidades.

Em ti tudo é sentimento.

E isso a define.

Matemática do dia

 O dia e suas partes

Na manhã sou feliz,

A tarde estou por um triz,

A noite só quero dormir,

Três vezes no dia sou três pessoas,

Em algum momento só uma.

Pela manhã o dono do mundo,

À tarde dono de mim,

À noite um nada.

A matemática bem que atua,

Sempre me dividindo,

Ao longo de um dia,

Sou uno e múltiplo,

Múltiplo e uno...

Cajus

 O pé de cajueiro me cativou!

Primeiro foi o cheiro de sua flor,

Depois o doce de seus frutos roxos.

Ficava lá na terra primeira,

Em cima de um murro de formigueiro.

Eu como um beija-flor ficava vigiando,

Cada fruto que amadurecia,

Cada um eu comia!

E quando não tinha como dar conta!

Quando não conseguia comer tudo.

Enchia o bucho que ficava por aculá.

Satisfeito!

Eu conversava com o meu amigo!

Meu amigo cajueiro.

Tão doces eram suas frutas...

Tão menino era eu!

Como uma preguiça que conhece sua planta favorita na mata

Conhecia o meu cajueiro.

E quando chegava agosto,

Quando chegava setembro,

Moço!

Fazia carreira para o murro,

Pra chupar caju,

Cajus encarnados.

Poesia da descoberta

 O tempo me assombra

Desde que era menino!

O passar de cada dia,

É quarar em poesia.

Quanto tive entendimento,

Que a morte um dia vinha,

Disparei no choro!

Nem sabia que estava tão distante,

Não sabia que estava tão distante.

Corri para o oitão.

Lá no cajueiro vermelho,

Onde dormiam as galinhas.

E chorei!

Chorei um choro puro.

Ao entender que nada ia ficar,

Chorei temendo a morte de papai e mamãe.

De lá pra cá me apaixonei um monte de vezes...

E isso me fez esquecer.

Me apaixonei na escola pelas meninas,

Me apaixonei na escola pelas palavras...

Me apaixonei pelas imagens do livro de ciências.

Me apaixonei pela ideia de ser grande!

Mas mamãe e papai sempre me orientaram.

Fui traquejando a vida!

Ainda tem na memória aquela tarde que chorei...

Aquele cajueiro que nem existe mais.

O motor forrageira,

A massa de milho!

E o tempo voou.

E o tempo passou...

Mas, essa memória de menino,

Ficou em mim.

E ainda hoje choro.

Muito do que aconteceu eu nem vi passar...

Ora estou aqui, ora estou aculá.


Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh