O sertão arde em calor neste verão.
Este ano de 2012 quase não choveu.
O mato quase não enramou,
E está pior porque é época de eleição.
Quantos heróis resistentes não há no sertão?
Quantas lágrimas de dor já não foram derramadas
Ao verem seus animais, únicos recursos, famintos sem ter o que comer.
O sertanejo depende da fé para continuar no sertão,
A fé é o suporte às dificuldades.
Sertanejo sou,
Sertanejo sou,
Apesar das dificuldades, nem tudo é dor.
Embora seja sequidão cá.
Quando chove a chuva,
Que a terra é molhada,
Quando fica encharcada
Das varas secas gemas arrebentam
Verdes, verdes peludas,
Tingindo o cinza de verde nítido,
No chão molhado,
Além do roçado,
Sementes explodem em vida...
Tingindo a terra com a babuge verde,
A babugem cobre os campos, vales e serrotes.
Catingueiras nuas se cobrem de folhas aromáticas.
Tanajuras voam ao céu perdidas,
Cantam as aves mais alegres,
Os sapos magros vão para a água fornicar,
saem da hibernação a forragear e os riachos voltam a correr.
A vida parece surgir do nada...
Quem foi criança e cresceu no sertão certamente tem na memória essas imagens vivas na alma.
Quem que lá viveu que não teve um cão como melhor amigo e teve vizinhos passivos e animais para cuidar. Quem nunca saiu para pescar, caçar ou tomar banho nos riachos e açudes.
Quem não lembra dos cheiros de doces aromas
A vida parece surgir do nada...
Quem foi criança e cresceu no sertão certamente tem na memória essas imagens vivas na alma.
Quem que lá viveu que não teve um cão como melhor amigo e teve vizinhos passivos e animais para cuidar. Quem nunca saiu para pescar, caçar ou tomar banho nos riachos e açudes.
Quem não lembra dos cheiros de doces aromas
Das espécies nativas,
Flores pequenas das mimosas, mufumbos, catingueiras, dos muçambés, bamburrais, das cajaranas maduras, dos currais.
O sertão apesar de maltratar tem muita coisa a louvar.
A vida pode ser sofrida, mas é sossegada...
Ah, o sertão... o sertão dos sabias, dos concrizes, golinhas, azulões...
O calor do sertão, a cinza do sertão maltratam, mas a vida do sertão, a morte no sertão.
Só quem nasce lá qualquer custo carrega consigo na alma estas memórias.
E o sertanejo que foge de lá todas as vezes que ouve os sons do sertão chora internamente
porque sua alma lá foi gerada.
Nunca esquece... nunca mais aqui ou no Japão.
O sertão apesar de maltratar tem muita coisa a louvar.
A vida pode ser sofrida, mas é sossegada...
Ah, o sertão... o sertão dos sabias, dos concrizes, golinhas, azulões...
O calor do sertão, a cinza do sertão maltratam, mas a vida do sertão, a morte no sertão.
Só quem nasce lá qualquer custo carrega consigo na alma estas memórias.
E o sertanejo que foge de lá todas as vezes que ouve os sons do sertão chora internamente
porque sua alma lá foi gerada.
Nunca esquece... nunca mais aqui ou no Japão.
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