domingo, 18 de dezembro de 2011

E nada mais.

A brisa sopra lentamente
fazendo os ramos das árvores
se mover, mexe no espelho das
águas do rio, faz as flores balançar.
Enquanto o sol se esconde atrás
das nuvens.
Enquanto isso minha alma
foge do meu corpo,
minha alma monta essa brisa.
Não sei onde estou,
mas a sensação é semelhante
a caminhar sobre as águas,
tão deliciosa quanto desfrutar
do aroma de tilia,
ou divagar no tempo
contemplando algo
bom que nos construímos.
E a brisa continua soprando,
enquanto continuo sonhando,
pois só no mundo dos sonhos,
sou perfeito, sou pleno
e feliz.
Só sobre as ondas da brisa,
pois a realidade é dura,
é cruel é infiel a nossas
idéias.
Então contemplo
as flores, pois sei que
sua existência é plena
e nada mais.

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