sexta-feira, 1 de julho de 2011

Silêncio da casa

A casa está vazia,
está escura e fria,
cada átrio vazio,
cada coisa fria,
esfria minha alma,
flores no vaso
perfumam a cozinha
e murcham lentamente,
me sinto só nesta hora,
a luz amarela
ilumina a mesa,
e o resto da casa
está escuro e frio
vazio.
Esse silêncio
que é quebrado
pelo som de aviões
que partem e que chegam,
vai para não sei aonde
e chegam de não sei aonde,
é noite de sexta-feira,
não posso esperar
comer uma pizza ou
uma carne assada,
nem conversar com
os amigos,
resta conversar
com o silêncio
ouvindo Mozart,
resta esperar
a noite passar.

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