Chove sem parar,
Antes de amanhecer
A chuva começou a chover.
Céu nublado e prateado,
Aqui protegido, é gostoso ouvir a chuva chover.
Fernanda, a aroeira está bem.
E chove.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Chove sem parar,
Antes de amanhecer
A chuva começou a chover.
Céu nublado e prateado,
Aqui protegido, é gostoso ouvir a chuva chover.
Fernanda, a aroeira está bem.
E chove.
Amanheceu,
Manhã dominical de sol dourado radiante em um céu azul.
As ruas ecoam o seus barulhos matinais.
Nos quartos ressono, descanso.
Alguém como eu que não dorme tanto,
Se entretem ouvindo, vendo, sentindo e desejando.
Um café, fazer algo no silencioso momento.
Tic-tac soa um relógio.
Tac-tac voa um pombo.
Em nome do pai, do filho...
Bom dia 🌹
É sábado, meu dia favorito.
Acordei cedo, levantei a pouco,
Tomei o meu café.
Aí vim sentir a chuva.
Ver este espetáculo.
Sol e chuva,
Luz e sombra,
Quente e frio,
Seco e molhado.
O brilho multiplicado nos pingos aderidos aos fios.
A luz tremendo, correndo com a água escorrendo.
O verde viscoso, brilhante nas plantas da sacada.
O cheiro de chuva,
O frio da chuva,
O silêncio universal da chuva.
O pio do bem-te-vi recolhido,
O bemtivizinho,
A chuva choveu...
O céu azul ou,
Enevou.
Hoje é primeiro de junho de 2024....
Aqui é João Pessoa esse lugar magnífico.
Pronto
Um gavião,
Um livro,
Um audiolivro.
Uma tela.
Um cubo mágico,
Exercícios de e línguas
Pontos.
Perceber,
Entender.
Querer tudo é ter nada.
Eu estava lá e não estava em plenitude.
Faltava consciência de muita coisa.
Estava preso ao meu eu.
Estava lá.
Vi as coisas acontecendo,
Mas pouco ficou.
Como agora.
Que me furto do momento,
Voltando no tempo.
João Pessoa é uma cidade maravilhosa.
Pode ser reconhecida pela audição o grito das maracanãs e jandaias voando o dia inteiro. Os sanhaçus de coqueiro nas madrugadas, manhãs e tardes. O bem-ti-vis no meio da tarde.
O som das ondas nas praias a fazer chuá-chuá.
O calor termo de novembro a março.
O azul do céu no verão.
O cinza do nublado chuvoso de março a agosto.
As chuvas torrenciais.
A mata chovendo de manhã.
A lagoa enfeitada de garças e socós.
A bica e suas palmeiras imperiais o trentor.
Os cajueiros e cajus na obra de Clovis Junior,
As muitas pinturas representando Ariano.
As estátuas de João.
O varadouro que popular com o rio sainhoá.
O cemitério da boa sentença.
O Juliano Moreira,
A climepa onde meu filho viu o mundo.
Os bancários meu eterno berço.
Mangabeira tão receptiva...
Mar de cabo branco tão calmo e sua praia de areias alvas.
Os coqueiros a enfeitar o céu...
O mercado famoso de tambaú.
O mosteiro são francisco que anda adormecido.
A procissão da Penha.
A peixada do amor que customizou assim como a feijoada do joão.
Tudo isso faz parte de mim.
E tantas coisas mais.
Há uma tentativa de comunicação não com o hoje, com o agora, não com o passado, mas com o futuro.
Todavia, acho que estou tentando encontrar um ponto a que me segure.
Tantos textos escritos até agora.
Talvez queiram falar para alguém.
Talvez para ninguém.
Um signo.
Será o medo de desaparecer?
De morrer?
Quem sabe.
Algo inconsciente.
Que agora torna consciênte.
Daqui, desta tarde fria e nublada. A luz diáfana dá um tom de cinza a todas as coisas. Através da janela fechada de vidro vejo dois pombos alvos. O ventilador ligado espalha o vento frio. O relógio indica 16:16.
Mais uma vez vou ouvir algo sobre sensível e suprasensível de Hegel. Depois vou pegar Vinicius na escola...
Em certos momentos da vida, após a idade adulta a gente toma consciência de nossa existência.
O mundo é só o mundo. Já vivemos muitas estações, fatos e acontecimentos.
Temos a certeza da morte que até o último momento é um abominável mistério.
Cremos até o fim que somos imortais.
A gente conhece a nossa história,
A gente conhece nossos avós, nossos pais, nossos filhos, nossos netos?
A gente se não saiu muito do lugar onde vivemos por toda vida, conhecemos as rochas, as ervas, arbustos e árvores.
Esse mês tudo foi diferente.
O corpo deu sinal que não ia durar para sempre e por isso o cheiro foi mais intenso,
As cores mais suaves...
A comida foi mais gostosa.
Estava me preparando para cair na eternidade.
O amanhecer foi lindo. O galo cantou, o cabeça-vermelho cantou.
A roseira floresceu.
Minha netinha sorriu.
Foi tudo tão eterno...
E então, não sei mais o que aconteceu.
Cai e então...
Vivo na eternidade com quem foi e com quem virá.
Passo a vida pensando. Viver a vida pensando é deixar de viver, é deduzir, é deixar de se espantar.
Minhas memórias as vezes são resgatadas e começo a ruminá-las enquanto o tempo passa.
As coisas acontecem sem parar.
As vezes sou levado pelas memórias querer está onde não estou.
Uma sensação um aspecto de conforto no passado. Uma projeção para o futuro.
Assim, os anos se passam.
Assim surgem as frustrações.
Assim.
Quero dizer.
Que sinto falta de meu lugar de infância.
Que não existe mais.
Um lugar inclui o espaço e as pessoas.
As pessoas estão partindo e o lugar desaparecendo.
Já que muitas vezes os espaços tem a cara das pessoas.
Maio, mês das mães.
João Pessoa lugar que Deus me deu para morar e viver.
E isso é tudo.
Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...