domingo, 27 de junho de 2021

38. Perdido no tempo e espaço

Lembranças
Um domingo,
Encontro de amigos,
Conversa vai conversa vem,
As mesmas conversas,
No conforto da cadeira de balanço,
O cansaço dos olhos no cinza da seca,
O agrado de um chá de cidreira,
Um pedaço de broa,
Olha o horizonte com um olhar experiente
Olhar de quem já viveu muito,
Viu muito deste mundo em momentos bons e ruins.
A conversa vai nos informando,
Vamos ouvindo e avaliando,
Concordando ou discordando,
Quanto mais temos pela frente?
Um domingo a mais daquele tempo.
Domingo perdido no espaço e no tempo.

39. Giro

 Amanheceu silenciosamente,

O sol nublado, quarando as nuvens,

Pardais piam,

Um galo canta,

Um cão late.

Deito no sofá,

Ouço o mundo,

Em busca de consciência,

Tentando atingir uma conexão com o inconsciente.

Amanheceu simplesmente.

Domingo é assim com missa!

Com descanso!

sábado, 26 de junho de 2021

37. Às sombras

 A tarde cai,

No meu inconsciente há uma dúvida.

O que é ser e não ser?

Talvez entenda melhor se a pergunta for o que é vida e morte?

Simplesmente somos,

Momentos depois deixamos de ser.

Do ser surge o não ser...

O corpo é enterrado.

Será o corpo descartado?

Ou será a alma descartada?

A sombra da noite essas dúvidas se fazem mais afloradas.

Essa dúvida ainda vai me matar.


sexta-feira, 25 de junho de 2021

36. Tarde tarde

 Que tarde ensolarada e fresca,

Sol ao pino,

Vento frouxo,

Assobiando nas janelas,

Levantando areia,

Agitando folhas de palmeira,

Que tempo é esse?

Tempo exterior,

Tempo interior...

Desconheço uma conexão.

O tempo a passar,

Tarde atrás de tarde,

Alegria e tristeza.

O que é a vida?

Vento soprando frouxo,

Vento do litoral,

Aves piando na tarde ventosa.

Assim se faz o dia de sexta-feira

Nos Bancários de João Pessoa.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

34. Essas coisas

 A lua está cheia,

A noite está nublada,

Neblina e passa!

Escura noite silenciosa de São João.

Hoje mamãe me falou que Evaldo morreu.

Evaldo era um moço deficiente,

Por natureza tímido,

Calado, quando era novo ele conversava mais.

Usava bigode e chapéu de palha,

Tinha uma cadeira três rodas,

Devia ter seus 50 anos.

Mais um de serrinha do canto dorme na eternidade.

Pessoa de minha infância,

Teve pólio.

Como outros.

O que é a morte?

O que é a vida?

Algo muito estranho de se definir.

Hoje sou,

Amanhã posso deixar de ser.

Doido demais.

A noite esta escura,

Bonita demais para pensar nessas coisas.

35. Conexão

 À tarde cai fria,

Vento soprando frouxo sem sentido,

Um pacum voando verde no céu nublado,

Dia de São João,

Sentado olhando o tempo passar,

Pensando no que pensar,

Decidindo o nada.

Cães ladrando longe,

Vinícius vocalizando.

Eu aqui tentando alguma conexão.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

33. São João

 Hoje noite de são João!

Cadê o fogo da fogueira?

Cadê o dançar da labareda?

O laranja lambendo as sombras das noites frias de junho,

Cadê o milho para assar,

Cadê papai para acender a fogueira...

A eternidade levou.

Viva viva viva!!!


32. Manhã dada

 A manhã desponta silenciosa,

O mundo isolado,

Hoje, noite de pré São João

Já foi motivo de festa,

Hoje muito do mundo perdeu o brilho,

Em espiral as coisas vão se dando,

E a gente sendo forçado a aceitar,

Que o tempo passou

Tanta coisa aconteceu

E continua a acontecer,

Num loop.

A manhã se deu com luz,

Pardais e calma.

terça-feira, 22 de junho de 2021

31. Lua e alma

 A lua este espelho do tempo.

A noite está plenilúnio,

As sombras  da noite são suavemente clareadas,

Memórias afloram na alma,

De tempos passados,

Tempos em que estávamos juntos

E agora só sou eu e a lua.

Está vivo as vezes nos dá uma sensação de vazio,

De incompletude...

Olhando a lua a gente se sente saudoso,

Porque algumas coisas são impossíveis no tempo.

Ver a lua é ver a lua, sentir a lua, sentir a vida...

E a vida é plena de tudo,

Nosso subjetivismo, nossos medos...

Ou seja é preciso abdicar de tudo

Para ser pleno...

A lua esse espelho do tempo e da alma.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

31. Vinícius o observador

 Janelas abertas,

Silêncio!

Na rua carros passam,

O guarda da rua voltou a aparecer...

Ou não percebi a sua presença ou mudou de lugar.

A noite sempre ficava ali na frente do prédio da nossa frente...

Marrom versos verde.

Pela manhã não vimos mais as gêmeas passeando com os avós?

Aconteceu algo?

A vizinha da casa do lado se mudou.

É assim.

A gente vai percebendo o nosso entorno.

Algumas coisas são imperceptíveis para os avexados.

Ontem uma rolinha caldo de feijão pousou no fio.

Quem me mostrou foi o Vinícius.

Mais três dias e será o São João.

Um estouro aqui,

Outro ali,

Um cachorro late e outro responde,

Grilos para todos os lados, 

Atrás de casa tem uma mata.

Mata atlântica, linda de morrer,

Já vimos até o bicho preguiça,

Quem deu fé foi Vinícius.

É assim.


Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh