A tarde caiu nublada,
O vento soprando frouxo,
Longe canta uma cambacica,
O vizinho ouve música sertaneja,
A gente se sente bem.
Nesta tarde de sábado.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
A tarde caiu nublada,
O vento soprando frouxo,
Longe canta uma cambacica,
O vizinho ouve música sertaneja,
A gente se sente bem.
Nesta tarde de sábado.
Plantei um vinca no jardim,
Ela cresceu, floresceu e frutificou...
Como ficou tão belo,
Ela envelheceu e morreu,
Mas nasceu outra geração
Que cresceu, floresceu e morreu,
Na segunda geração deu pulgão,
Na terceira geração estou vendo elas florescerem
Tem vincas rosas e alvas,
Aqui posso regá-las todos os dias.
Lá em papai tem vinca também de flores alvas,
Tinha só uma rosa.
O terreiro de lá fica tão bonito com as vincas.
A vida fica mais bonita com vincas.
As vincas são da família Apocynaceae,
A espécie é Cataranthus roseus.
Essas plantas belas são latecíferas.
Estética e botânica se casam.
Andar por ai vendo a profundidade do mundo,
Vendo o verde e suas tonalidades,
Vendo o campo de profundidade,
Vendo as flores e suas cores,
Sentindo os aromas,
Ouvindo as aves...
Sendo esse ser existencial.
Que poderia nos fazer melhor.
Aos que partiram restam apenas memórias,
Fotografias e toda obra,
Os familiares e amigos,
As relações se esfacelaram no tempo,
Sorte daqueles que ainda tem uma oração e uma vela acesa.
Tudo é tão efêmero, é tão passageiro,
O mundo que ai está continua,
E nós o que somos neste universo.
Saudades de Vó Sinhá e Chiquinha, vô José e Chico,
Os tios Aldo, Raimundo, Jussié e João...
O tempo vai aos poucos consumindo tudo,
Até mesmo nós que ainda lembramos,
Porque sabemos que um dia seremos nós.
Uma semente que germina
Em ótimas condições,
E a planta nasce,
E cresce,
E floresce,
Sob boas condições,
O se resistente for.
Através da janela, vejo o mundo
Vejo a profundidade dos espaços,
As formas geométricas construídas,
Vejo as cores,
Vejo o céu e o tempo,
Vejo movimento das aves,
Dos carros, dos transeuntes,
Através da janela sinto o ar,
Vejo a hora do dia,
Vejo a aurora matinal,
Vejo o segundo crepúsculo,
Tudo isso, através da janela.
A lua crescente crescendo no céu,
Noite após noite por uma semana,
Depois de cheia vai minguando,
Vai minguando,
O frio da noite,
Do pôr ao nascer do sol
Contando o tempo
Pela eternidade.
E as estações acontecem.
O inverno ameniza as plantas,
O verão castiga.
O sol e a lua estão ali,
Observando tudo acontecendo,
E quem ama cuida de aguar a planta
Que agradece florescendo,
E tudo vai se passando.
A tarde se vai quente,
Um gato mia por ai,
Um cão latiu,
Motos roncam nas três ruas,
O barulho de maquita grita não sei onde.
Mais um dia se vai.
Sanhaçus-de-coqueiro cantam,
A luz dourada se desfaz,
Nuvens brancas no céu azul...
Por ai.
E mais um dia se vai,
Sob uma tarde quente,
Na rua cães a latir,
Pardais a piar...
Mais um dia se vai
O que tinha para acontecer,
Aconteceu...
E a esperança de algo melhor acontecer fica para amanhã.
Amanhã ou depois.
Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...