quarta-feira, 15 de junho de 2016

Consciência

Consciência

Observar
Quem observa, sempre observa algo.
Observar sem contemplar é não perceber, não ver.
Só vemos aquilo que conhecemos,
Só conhecemos o que nos causa curiosidade.
Uma vez que os nossos sentidos são nossas vias de conhecimentos.
Então, na maior parte do tempo estamos descolados do mundo,
Olhamos sem observação,
Vemos simplesmente aquilo que é de nosso interesse.
Todavia  viver é um ato dinâmico é ação
E de uma forma ou de outra
Enfim atingiremos a consciência que é a apreensão de um sentido.

Natureza irracional

Natureza,
Flora, flores, cores, odores,
Troncos, folhas, serapilheira,
Um inseto, uma aranha,
Mamíferos, répteis, peixes,
Uma abelha,
Os pássaros, ah os pássaros,
Passarão, Passarinho,
Um poeta percebe a natureza,
Mas um filósofo,
Um engenheiro,
Sabe lá,
Talvez um biólogo botanicando.
Mas a natureza do poeta,
Visa a estética...
Beira a loucura ser poeta,
Brincadeira singela de criança
A dançar...

terça-feira, 14 de junho de 2016

Seta, caminho

Por que entender o ser?
Coisa de poeta ou de filósofo?
Na maior parte do tempo somos pragmáticos,
Pensar a existência é bizarro,
Mas há tanta coisa mais bizarra,
Como mascar fumo e tocar reco-reco.
Creio que nunca entenderemos de fato o ser,
Não encontraremos uma determinação,
Mas assim,
Talvez a gente consiga pensar a existência
E encontrar um caminho e uma forma de viver melhor.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Curtaurta

Este mundo que leio,
Que não entendo nada,
E que me familiarizo,
Mundo louco,
Mundo muito,
Mundo pouco,
É nele que desvela minha vida,
Essa existência braquia.

Espiral

Agora,
Noite jovem de domingo,
Sempre temos algo a fazer ou a esperar,
Pensamos no amanhã,
Pensamos no ontem,
Resgatamos as memórias,
Criamos novas memórias,
Vivemos e descobrimos no viver
Uma fonte eterna do conhecer do aprender,
E como uma vela consumimos o que temos de existência.
Por isso temos que fazê-lo com sabedoria,
Todavia esta só nos chega com o consumo de nossa vida...
Ah, se pudesse voltar atrás...
Não, não há essa possibilidade,
Viver é movimento,
É devir,
Enquanto soa essa música de Mozart,
Enquanto minha garganta está irritada,
Enquanto meu peito pulsa,
Enquanto sinto desconforto,
A vida acontece,
Tudo acontece...
Pode me agradar ou não.
Acendi um incenso de canela,
Tomei um banho e me perfumei,
Vou jantar e o que poderia ser mais perfeito?
As vezes é importante sair do ideal e viver o real.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Reflexo

A noite é surda, cega e fresca.
A noite por ser sombria
É um mar de solidão
Em que nos afogamos,
Talvez por isso que a noite podemos descansar
E encontramo-nos com nossos sonhos,
E talvez assim a gente tente encontrar o melhor de nos,
Na noite há reflexão.

Mundo vasto

Mundo vasto  mundo de Drummond,
De tão vasto,
Onde me encontro?
Onde me encontro?
Não sei aonde estou,
Porque sou devir,
Agora estou aqui sentado na cadeira em frente ao computador,
Mas em instantes não estarei,
Somos movimento,
E me movimento por onde quero,
Tenho a liberdade que o tempo me permite agora,
Porque o futuro está imbricado,
O passado também
E o que me resta é o aqui e agora,
Esse devir,
Não existe essência,
Não existe nada demais,
Só a eterna liberdade sartreana.
Mundo vasto mundo,
Como subjetivá-lo?
É necessário tempo, tempo, tempo,
Tempo que não temos.
E a tarde cai sem que percebamos,
Então amém.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Quem sabe

A noite,
Um cão latindo,
O cansaço,
A alegria que se esvai,
O corpo que quer descanso,
A vida e seus espaços,
O cheiro que nos atrai ou nos repulsa,
Algo que está oculto a nossa compreensão,
Que se dissolve no nada,
Não se expressa,
Mas...

terça-feira, 7 de junho de 2016

Divagação

Uma aurora,
Pés de Castanhola,
A grama verde brilhante crescendo,
Tricomas de ramos e folhas,
Folhas, flores e frutos,
Troncos e ramos,
Rizomas,
Crescer,
Crescer,
Florescer,
Algo em comum? 
A existência,
A existência,
O que sou o eu,
O que é o outro?
Minha percepção,
Sua percepção,
Unidas nos permitem ampliar o mundo,
Veja as rochas,
Vejo as flores,
Veja o céu,
Vejo um grão de areia,
As formas,
As faces...
Alguma explicação?
Divagação...

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Busca

Porto seguro,
Eis o que buscamos,
Porque sabemos a dimensão da solidão.
Somos seres solitários por natureza,
Desde o nosso nascer até nosso falecer,
São atos peculiares, exclusivos,
Que nos faz esses seres tementes a solidão
E buscamos um porto seguro inexistente...
Talvez tudo que buscamos é o ato de buscar.
Quem sabe?
Quem sabe o que buscamos da vida?
São tantas as variáveis...
Ah...
Sabe lá.

É isso o tempo

 O sofrimento dilata o tempo! O tempo não existe! O tempo é um conceito. Eternidade é a ausência de tempo. Vinícius de Morais cunhou a frase...

Gogh

Gogh