sábado, 7 de maio de 2016

Existir

Quem somos nós? Quem sou eu? Quem é você?
Constantemente, no ócio, nos questionamos quanto a nossa existência como seres.
A corrente filosófica conhecida como Existencialismo que teve como precursor Kierkaard e posteriormente profundamente estudada e evidenciada por Sartre nos apontou um caminho um entendimento sobre tais questionamentos. Infelizmente apesar de tantas ideias já aclaradas, há uma profunda ignorância no mundo, e me incluo ai como um humano ignorante, muitas vezes carrego muitos medos, reflexos do mundo obscuro que vivi, tantos medos, tanta ignorância, num universo profundamente afetivo sob poucos registros, sob pouca luz da razão.
O mundo é semelhante a uma panela de pressão onde tudo ocorre ao mesmo instante sob mesma temperatura e pressão, e sob essas variáveis físicas vamos nos forjando nos tornando seres, nos afirmando, tomando por fim quem somos. E pasmem nunca nos tornamos quem somos, pois somos por demais platônicos.
Eis nossa eterna angústia a busca da perfeição. Na verdade perfeição é um ideal. Então vivemos presos a um passado ou a um futuro. Só depende do referencial. Se somos jovens nos apegamos a um futuro e se somos velhos a um passado. Todavia há um meio termo ai que seria o presente e só os mais sábios vivem o presente. Pessoa dizia que se apegar aos sentidos é se ater ao presente, elencaria ainda, se apegar uma jornada, uma obra... algo um tanto quanto materialista. Fato, pra que tanto se o fim é a morte? Viver é preciso e uma vida sem sentido é uma existência rota.
Ah, sob a luz da filosofia, da poesia, da ciência, da religião... Assim vivemos sob alguma destas sombras.
O tempo passa, a gente envelhece e as coisas sempre mudam, mesmo quando parece que nada está mudando, Guimarães Rosa já percebia isso no silêncio dos sertões.
Então a compreensão de mundo nos torna felizes.
E fazendo algo que nos faz bem nos torna mais humano, infelizmente não conseguimos que isso seja onihumano, ocorre lentamente.
Que assim seja.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Viver

Ver a chuva cair,
A chuva cantar,
É tão maravilhoso
Quanto ver o sol brilhar,
Quanto sentir a brisa passar,
Quanto degustar uma comida,
Mas a vida,
A vida pode nos fazer sofrer,
Podemos adoecer,
entristecer,
E por fim morrer,
Mas viver é além de tudo,
Viver é esta vivo,
É acão,
É mudança,
É possibilidade...

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Coragem

Um caminho a seguir,
Uma manhã,
Uma estrada,
Coragem, coragem,
Fé e alegria,
Pra viver é preciso ser forte.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Que valores?

O tempo não tem prioridades,
Nós temos prioridades,
E nós selecionamos o que é prioridade...
Hum, saudades das minhas leituras,
Saudade de ficar a toa,
Ouvir uma boa música...
A partir de que priorizamos as coisas?
Creio que a partir dos valores.
O que valores são esses?
Acho que renunciamos nosso tempo para o outro,
Acho que estamos renunciando a vida real,
Vivemos tanto no virtual.
Se tudo é uma construção,
Que alicerces terão nossos filhos?
O caos sem uma rede social.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Redemoinho

O tempo gira
Feito um redemoinho
E não deixa nada,
Se desfaz no ar,
Para lá,
Pra cá...
E nada faz sentido,
Extra nós,
Nada...
O sentido é o que nos faz querer ser vivos.
E o tempo a medida de nossos valores.
O mais... nada.

domingo, 1 de maio de 2016

Germinar

A casa vazia,
O barulho de qualquer música,
Livros de poesia, prosa, de botânica...
Objetos, ímas, uma geladeira,
Um sofá, uma cama,
Ir e vir,
Segurança, insegurança,
Aqui é o meu lugar.
Será?
Sei lá, as vezes
acho que sou como a lua,
Um satélite a orbitar,
Mas o que me diz,
O que me faz ser de algum lugar,
Conhecer,
Conviver?
Sei lá.
Tanta coisa sem sentido na vida.
Perguntas vazias...
Talvez por ser uma vida fria,
Cadavérica,
Talvez não, talvez sejas semente,
A qualquer momento pode germinar.

Morcegos

É noite,
Noite jovem,
Escureceu!
Os morcegos piam,
Voam desajeitados,
Voam desordenados,
Em busca de saciar sua fome,
Comem de tudo, insetos, polém, néctar e frutos,
Tão lindo os morcegos...
Não os vejo,
Apenas ouço,
Acho tão linda sua existência,
Essa vida de morcegos,
Guardas noturnos da mata atlântica.
Trabalham a qualquer noite,
Não distinguem a semana,
Não reclamam,
Amam,
A vida morcegular.

Renovação

O que resta?
Folhas secas sobre o chão,
É tudo que resta após uma estação,
Frutos e sementes dispersos,
E chegará mais um verão.
Logo virá o calor,
Logo o vento trará o frescor,
E o tempo sempre a passar,
E a vida sempre a marcar,
A espera de uma nova estação.
Mais um domingo se foi,
Mais um dia se foi,
Foi-se abril,
O tempo sumiu,
A esperança... Ela se renova,
Um novo mês,
Uma nova semana...
E nossas metas?
Amadureceram?
O cinza da mata branca,
A terra preta de humos.
E o que resta?
E o que sobra?
A esperança por uma nova estação.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Decisões

Doces lembranças das estradas de barro nos lugares mais distantes,
Dos sertões, dos cerrados, dos cantões...
Das flores coloridas,
Do sol, da luz...
Do suor...
A vida as vezes é assim,
Uma estrada que a gente decide para onde quer olhar,
O que deseja lembrar.

Estrada da vida

Uma estrada vazia e suas direções,
Qual delas seguir?
As cercas,
As árvores,
O horizonte repleto de paisagens.
Cada um segue uma direção,
Cada um busca um sentido,
Sol, chuva, pedras soltas,
Desilusão...
O vento,
A manhã costuma nos animar
Assim como o entardecer,
E descansar a noite para seguir em diante,
Sempre seguir em diante.
Mesmo que grande parte estejamos viajando só.
E quando cai o entardecer...
Que sentido buscaremos amanhã?

É isso o tempo

 O sofrimento dilata o tempo! O tempo não existe! O tempo é um conceito. Eternidade é a ausência de tempo. Vinícius de Morais cunhou a frase...

Gogh

Gogh