quarta-feira, 9 de março de 2016

Contradições

Às vezes temos tantas certezas... que cremos piamente no que falamos, na maneira como agimos.
Se quer paramos para pensar no acaso de tudo, no quão são efêmeras as coisas...
A semente que germina, os ramos e folhas que se desenvolvem e as flores tão efêmeras.
A juventude que aos poucos tende ao entardecer. As vezes quando não se aceita é tão difícil e triste.
Um oceano que podemos absorver e preencher nossa mente... Tanta coisa que podemos fazer,
Tanta coisa que podemos mudar, mas não conseguimos nada. Vivemos uma vida sem sentido, sem sinestesia, sem textura, cor ou sabor.
Talvez um dia aprendamos a viver e talvez seja tarde para não dizer adeus.

Recordações

Lembro das tardes douradas,
Lembro do tempo vivido,
Tempo tão bom e por serem boa as coisas parecem serem breves!
A gente nem tem noção disto!
Lembro das tardes douradas, das noites estreladas,
Dos momentos de alegria e angústia...
Lembrar as coisas é esquecer o presente é ser metafísico.
Parte de nós é assim, ou insiste em querer ser.
As vezes as coisas se ajeitam de uma maneira tão inesperada. Será sorte?
Sabe lá... Sei que ficamos saudosos...
Mas tudo compensa... Momentos pós chuva, ou momentos de chuva...
Momentos de efêmeras flores, da lama e da grama...
Do mundo, das plantas, das folhas secas úmidas.
Parece que a nossa mente fica assim encharcada as vezes.
Só as vezes, quando a gente quer.

Termo tempo

A madrugada,
Aurora,
Primeiro crepúsculo,
Fria manhã,
Suave, suave, suave balança os ramos de figo,
É doce a brisa
E o tempo que passa intermitente,
Tudo que passei se passou por manhãs,
É estranho demais quando as coisas deixam de ser,
Fica um vazio em nós.
Como se nunca tivesse passado ou existido,
Ficam lembranças,
Suaves, efêmeras como Zephyranthes...
E vemos tudo partindo
Acenando adeus.

segunda-feira, 7 de março de 2016

A tempo

E dos tempos idos,
Doces memórias das primeiras chuvas,
O aroma da terra sendo enxombrada,
E a água barrenta escorrendo,
Molhando a poeira,
Melando o mundo de lama,
E os bichos aparecendo,
Sapos cururu,
Tanajura,
Mariposas,
A vida parece renovar.
E a gente tão feliz...

quarta-feira, 2 de março de 2016

Manhã.

Doce manhã que se faz,
deixa a noite para trás,
Esse primeiro crepúsculo
Linda aurora anuncia,
Ta chegando um novo dia,
Cantam os pássaros animados,
Bem-ti-vis, sairas, sanhaçus,
Cantam felizes sem parar,
E o escuro que oculta as formas,
Vai sendo aceso pelo sol,
E a manhã ganha flores,
Ganha cheiro,
Ganha vida...

terça-feira, 1 de março de 2016

Por puro acaso

Uma tarde,
A chuva torta, leve,
Os pedais,
Se vai pedalando,
Quando aparece uma flor perfumada
Pedindo uma ajuda,
Claro que não se nega,
Lá fui dar carona a linda flor,
Relembrei tanta coisa,
No final ela achou o celular
E ganhei um abraço...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Fim de dia

Um cão late na rua escura,
De céu estrelado e claro da lua,
A noite se passa apitada,
Apressada pelos carros e suas pressas inúteis...
O barulho da água fervida se derramando na caneca...
O aroma,
O sabor.
Instante eterno,
O sono.
Fim do dia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Inesperado

Experimentar a vida,
Viver
Cada aurora,
Cada hora.
Poder contemplar a vida,
Cada momento impar
E perceber a beleza nas coisas mais frágeis, efêmeras e delicadas
Nas flores
Que continuamente se renovam,
E se renovam...
Como os dias, como as noites...
Como a vida.

Quando se vive um pouco,
Temos o costume de nos acostumarmos,
E esquecemos o mais importante
Quão efêmera é a vida.

A gente aprende tentando viver.
Aprende aprendendo a tentar...
E dar sentido a vida da maneira mais inesperada.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Divagação

Quando paro e percebo a vida em suas sutilezas como me sinto bem.
As vezes quando desligo do que tenho que fazer e contemplo,
São poucas vezes eu percebo algo além do meu eu.
Como agora é noite ouço o ciciar dos grilos,
Ou quando é aurora e os pássaros cantam felizes,
A gente se sente feliz com poucas coisas.
Guardo ainda o riso de vovó Sinhá.
Tantas lembranças.
Aprendo que viver é esquecer, aprender... Ser.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Solidão uma prisão?

Quando era criança, aos domingos visitávamos nossos avós.
Íamos sempre a pé ou a cavalo.
E um fato marcou.
Ali percebi pela primeira vez a solidão.
No caminho por onde passávamos havia idosos,
Um deles era um cego que saia de casa para tomar sol.
No geral era perceptível a solidão daquelas casas
Que por opção as pessoas haviam escolhido não ter filhos.
Geralmente eram casas limpinhas,
Mas vazias de som, de movimento de vida.
E cada dia as pessoas se engessando,
Optando pela paz,
Pelo silêncio de cemitérios...
Nos fechamos nos  nossos próprios túmulos pessoais.
Borges dizia que vamos cada dia que se passa nos tornando prisioneiros de nós mesmos.
Até que não conseguimos mais nos livrar de nossas prisões.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh