domingo, 18 de outubro de 2015

A beleza da existência

Existir!
Ver e compreender
E sentir a alma feliz
Num amanhecer,
Num entardecer,
Num anoitecer,
Num enluarar,
No sono de um recém nascido,
Na chegada das estações,
No desabrochar das flores,
Na leitura de um poema,
Numa jornada concluída...

E sentir saudades do livro lido,
Do filho crescido,
Do casamento,
Do juramento de formatura,
De uma vida boa vivida,
A incerteza do amanhã
Nos humaniza...

Saudades dos grandes mestres,
Dos amigos de infância,
Dos lugares secretos, nossos refúgios...
Viver nos ensina,
E vivemos descobrimos tamanhã
Beleza da existência.

sábado, 17 de outubro de 2015

Labirinto

O tempo,
Através de um labirinto de espelhos,
Vejo meu corpo,
Mas não percebo minha alma,
Não captamos as almas,
Mas podemos ver as marcas
Que o tempo deixa em nós,
Através da profundidade dos espelhos,
Nos vemos ao infinito,
Onde vai nossa imagem?
Mais ampla que nosso ser.
A curta certeza do ontem,
A incerteza do amanhã.
Esse ser pulverizado de memórias,
De experiências,
Tão aberto a conhecer,
E a esquecer,
Mistérios que nos encantam,
Apenas povoam nosso ser,
nossos sonhos.

Noite macia

Cai a noite,
Esse imenso mistério,
Profundo encanto,
Sombras da noite,
Oculta matéria,
Oculta forma.

Que há na noite?
Olhos rasos,
Alma, sensação no próprio ser,
Ouvimos nosso ser,
Nossa respiração.

Podemos tocar na solidão,
Cuja textura é macia e fria,
Nesse instante nossas memórias
Rutilam feito estrelas no céu,
E vemos nossa vida
Passar em nossa mente...

Tudo é necessário viver,
Para entender a vida,

Pois a noite nos proporciona
Tais momentos,
Um dia seremos todos
Estrelas noturnas...
Memórias perdidas.

Coisas necessárias

Vida maravilhosa,
Tendes tanto a nos ensinar,
Cada dia impar que vivemos,
O quanto não aprendemos,
Todavia precisamos aprender mais,
Sempre mais,
Cada suspiro é raro,
Cada suspiro é caro,
Pois é impar,
E mesmo assim porque alojamos no nosso peito,
Tantas coisas desnecessárias?
Dúvidas, medos, anseios, ansiedades,
Tristeza...
Bom precisamos entender também que tais coisas são necessárias...
Entender a vida ou não entendê-la,
Tanto faz.
A vida há de ser consumida como uma vela...
Tudo há de passar de qualquer forma,
Mas a vida é maravilhosa.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Reflexão noturna

A noite passa silenciosa,
Aqui, neste momento quanta paz repousa em minha alma.
Sinto a noite de tantas formas,
Posso ouvi-la,
Posso vê-la,
Posso vivê-la,
Percebo a noite,
Como sempre percebi,
Como aprendi a vivê-la,
Na calma,
Na paz,
Deixando meu ser partir
Para o universo, além do verso,
Para o sonho...
Profundo.

Sei que a noite passa silenciosa,
E adoro que passe assim,
Porque é assim que sou,
Do contrário,
Desexisto,
Inexisto...
Serei outro ser,
Que não quero viver.

Sexta-feira

Parte semana,
Vai...
Sexta feira,
Tem dia melhor?
O sol brilha aliviado,
O almoço é tão saboroso,
E a tarde se passa fagueira,
E a noite se prepara para algo especial...
Cada um com seu motivo,
Cada um com sua alegria...
Sexta feira é poesia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Natureza

Quão graça há na natureza,
Encanto profundo e beleza,
Aves que voam e cantam,
Formigas que trabalham sem parar,
Cigarras a cantar,
Peixes nos rios, lagos e mares,
Abelhas por toda parte,
Flores, cores, textura e odores,
Tudo a nos encantar,
Quanta graça,
Quanta graça,
Mãe natureza,
Seio de tudo,
De encanto e beleza.

Metamorfose

A tarde hoje, mesmo em outubro,
Não caiu dourada, mas fria e cinzenta,
Silenciosa, tímida,
Só faltou um sabiá cantando,
Para me sentir numa tarde de inverno...

Memórias,
Memórias,
Tempo,
Essa viagem vida...
Esse ser dia a dia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Silenciosa tarde

Que tardes belas e silenciosas,
ocorrem em outubro,
Hoje até choveu,
Esfriou e o sol reapareceu,
Quanta luz,
Quanta beleza,
Quanta alegria,
Ah, graças dou a Deus,
Por um ano difícil,
mas que se cobre com um véu de beleza,
Uma doce inteireza...
Dias de profunda beleza e paz,
Noites estreladas...
A vida quando é boa, voa...

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sinestesia

Sinestesia,
Aromas,
Texturas,
Cores,
Sons,
Que pode me dizer a natureza?
Tanto quanto, consiga aprender,
O cheiro do cajá,
Sua cor amarela,
Sua forma cilíndrico-oblonga,
E quando aduro estoura no chão,
Sua suculência ecoa suave,
Ou quando cai rola pela areia,
Suave até parar,
Quem sabe formigas se deliciarão
O acre-doce fruto do cajá.
Cajazeiras...
Cajazeiras,
Crescem no barro duro,
E impera anos afinco,
Sua cortiça testemunha
Dos difíceis anos...
Essa existência
Além de mim,
Essa existência
Que atravessou milhões de anos,
Me impressiona,
E há de varar sua existência,
Fazendo salivar nossa espécie humana.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh