domingo, 8 de março de 2015

Momento presente

Após um dia de chuva,
Nada melhor que caminhar na borda da  mata,
O cheiro da madeira podre sendo digerida pelos fungos,
O cheiro da umidade,
A textura macia do solo,
O mundo tão nítido,
Como o movimento da vida,
O movimento em harmonia das notas musicais,
O som professados dos poemas,
A sutileza do todo acontecendo,
Incenso incinerando-se,
Água escorrendo,
Árvores crescendo,
O sol navegando...
Tudo acontecendo no momento presente.

Buscar um sentido

A chuva,
A água correndo,
O vento passando,
Aves cantando,

O espelho das águas,
A calma do mundo,

Formigas trabalhando...

O que faz sentido na vida?

Se não nós mesmos...

Cada um dar o sentido que acha pertinente.

Alguns acham sentido em coisas grandes
E outros em coisas pequenas...

Manuel de Barros que Deus o tenha,

Se denominava o poeta do nada...

Cora Coralina escrevia
Ou descrevia as coisas mais simples,
As coisas pequenas muitas vezes são as mais belas...

Que digam os botânicos
que vem a beleza em flores pequenas,
Antécios de capim,
Flores de jaqueira,
Flores de piriquiteira,
Belas rosales,

Flores de urtiga cansanção...

Quanto menor mais bela...

Ah,

Manuel deve está descrevendo coisas no céu.

Ou coisa parecida,

Encha de sentido sua vida.

sábado, 7 de março de 2015

Uma peça da vida

Como é lindo ver a manhã nascendo e crescendo,
É como uma semente germinando em solo fértil,
Forte, bonita, enérgica...
Da aurora ao meio dia,
Tudo se transforma,
Das sombras a luz total,
Do oculto a plena revelação,
Todo o cenário do mundo
Vai se modificando para entrarmos em cena,
Uns tem papeis mais matinais,
Outros mais vespertinos,
E todos entram e saem de cena
Na manhã que nasce,
Na manhã que finda,
A cada manhã...
Entramos e saímos de cena,
Atuando numa peça chamada vida.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mesmo

É hora de dormir,
É hora de recuperar as energias,
Amanhã é outro dia,
Tudo amanhã é diferente,
Inclusive nós mesmos

O encanto do canto

O som,
Ouço as aves na manhã cantar,
Cantam sem parar desde a madrugada,
Cantam para o mundo embelezar,
Bem-ti-vi, sabiá, patativa, siririca,
Sanhaçu, saira...
Cantam felizes nos ramos das árvores,
Nos ramos de vermelhas pitangas,
Cantam por cantar...
Como são doces as aves,
Será se veem a lua cheia?
Cantem singelas aves,
Anunciem a aurora,
Anunciem tudo que nos faz feliz,
Singela paz

quinta-feira, 5 de março de 2015

O primeiro passo

"Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,

Saímos de casa e ele é a terra inteira"
                                             Fernando Pessoa.



Acho que deveríamos sonhar como as crianças,
Acho que deveríamos manter a ingenuidade delas em sonho.
Quando era criança, era tudo, podia tudo. 
Eu usava minha imaginação
E construía tudo que precisava, carros potentes, aviões, barcos, bois, vacas, fazendas...
Eu fui aprendendo com os adultos as minhas limitações.
Sempre me disseram o que não conseguiria, mas nunca me disseram que não era impossível.

Um bordão que costumava ouvir era: "Quem tem a vontade tem a metade".

E foi ouvindo os adultos dizendo que eu passava e era inteligente que me fiz.
Sempre tive noção de minhas limitações, mas o mundo adora enfatizar isto.

Mas aprendi a me defender reagindo contra o que me limitava.

De certo, ia passando os obstáculos, todavia cada vez mais inseguro...

Até minha fé foi abalada, mas a persistência sempre esteve comigo.

Limpei tudo,

Agora sou criança novamente,
Tudo que depende de mim será cativado.

Um passo de cada vez. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Anoitecer

Ao cair da tarde, hoje,
Coisa mais linda não há,
Então parei para olhar
Aquela linda tarde crepuscular,
E via nuvens passando devagar,
Vi de câmera lenta
O vermelho como uma brasa se apagar
E tudo fui sumindo,
Se apagando se aproximando...
O mundo se apagou-se...
E a noite me lembra tanta coisa boa.


Insegurança

Veja!
Vi o que me enviou,
E respondi,
Quero uma resposta!

Hoje em dia,
Vejo todo mundo conectado,
Todavia nunca vi a humanidade
Tão insegura.

Vir a ver

Tempos que aprender a observar,
Muitas vezes o óbvio está a nossa frente e não conseguimos ver.
A aurora, o por do sol, a noite estrelada,
Flores nos jardins,
Um transeunte feliz,
Uma coisa colossal...
É certo que prestamos mais atenção no extraordinário 
E não vemos o que muitas vezes está oculto em seu tamanho.

Pare e olhe em sua volta!
O que consegue ver?
Eu vejo sementes, folhas secas,
Mas vejo mais que isso
Vejo formas, vejo cores, vejo características
Que me permitem reconhecer seus parentais.

É fácil ver quando se está disposto.

É fácil ver as coisas boas da vida
Basta lista-las,
Infelizmente elencamos as coisas ruins,
As coisas que falharam...

Costumamos reclamar
E fazemos isso com destreza.

Vemos quase sempre meio copo vazio e não meio copo cheio.

Não sei o que poderia dizer a ti, leitor...

Só digo, aprenda a observar o mundo ao teu lado.

Coisas extraordinárias qualquer um pode ver.

Dito isto aprenda a ver as sutilezas
muitas vezes guardadas nas coisas pequenas...

terça-feira, 3 de março de 2015

Amor!?

Santo Antônio pregava para o mar,
Na praia ele falava sobre Deus
E toda sua superioridade,
Ao menos é o que conta
Os sermões de Padre Antônio Vieira.

Às vezes aceitamos fazer coisas
Grandiosas, aceitamos de graça.

Amar alguém é algo assim hercúleo,
Grandioso simplesmente porque
Geralmente não se ama na mesma proporção
E como o amor é uma relação,
Comparamos e medimos e pesamos
Se a relação vale a pena ou não.

Será se saberemos um dia se valeu a pena?

Como saber senão se entregar ao amor.

São tantas as vertentes a serem analisadas,
Eis ai o grande erro: analisar...

Toda e qualquer forma de amor tem que ser incondicional,
Senão não é amor.

Na verdade não sabemos o que é o amor até que se passa
Alguém que nos mostra...

Mas isso tudo são suposições de um romântico,
E os românticos distorcem muito as coisas
Em favor do romantismo.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh