quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Singelo sabiá

Hoje cedo da manhã choveu,
Foi uma chuva suave
Daquelas que aos poucos vai
Molhando o mundo,
Feito lágrimas que alivia a alma...

E de um céu fechado o sol apareceu,
Enquanto a água escorria e lavava a rua...

E aos poucos foi se enxugando...
E em minha caminhada matinal,
Encontrei um sabiá cantando.

Em seu canto havia uma alegria,
Em seu canto havia uma melodia,
Quanta beleza num ser tão singelo,
Que deixou o meu dia mais belo.

Doces recordações me tomaram,
De tempos anteriores,
Que muitas vezes era acordado pelo sabiá.

Acho que quando partir
E se puder voltar,
Ei de querer ser um singelo sabiá.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Parte agora

Às vezes queremos esquecer de tudo.
Esquecer tudo que nos atormenta,
Nossos medos, nossos anseios,
O tempo que rouba nossa vida,
O gosto amargo da vida.

Mas é impossível tudo isso,
É impossível dormir e acordar livre
De todos os pensamentos,
Para o bem ou para o mal.

A vida segue seu curso,
Sem curvas...

Às vezes uma garrafa de vinho nos faz bem,
Mesmo que instantaneamente,
Podemos parcialmente esquecer de tudo,
Mas viver tudo é tornar-se forte,
Os problemas são vivos como os dias,
Que anoitecem, mas sempre voltam
E temos que ser guerreiros,
Enquanto vivos lutamos com afinco,
E encontramos a beleza da vida,
Nas coisas mais simples
Como o crepúsculo que parte agora.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O riso

A tarde cai e se vai,
A tarde parte bela com a arte,
E mais uma vez fresca a noite chega,
E as vezes sinto um misto de  esperança e alegria...
Ir e voltar,
Quais são os motivos para viver?
As vezes a gente encontra nas coisas mais simples
Como caminhar sem pensar,
Contemplar o crepúsculo matinal ou vespertino,
E o mais sublimes de todos um riso,
O riso tem uma força muito potente,
Nada é mais potente que um riso real...
E quando encontramos aquele riso...
A vida se justifica,
Tudo fica pleno,
Então viver mais
Pode ser a gloria dessa busca,
Tarde após tarde,
Pode-se esperar...
O riso há de justificar a vida.
Ou essa poesia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Tardes

Fecho os olhos e posso sentir a tarde.
Aquele fim de tarde preso em minha alma.
Ah que linda tarde calma...
Tardes que passava o tempo a contemplar.

Tardes de Serrinha,
Tardes de Natal,
Tardes de São Paulo,
Tardes de Campinas,
Tardes de Brasília

E as tardes que vejo vivas.

Tu tens sua tarde.

Confesso que ah,
Sinto falta da paz da tarde.

Ah, serão estas minhas últimas tardes?

Quem sabe...

Sei que as tardes nos escapam
Vão sem parar,
Só restam memórias,
Existência
E um fim.

Sede forte Coração

Aceitar que meu mundo ruiu quando você partiu
Não foi nada fácil. Parece que parte de mim morreu.
Tive que imitar uma semente e me desidratar completamente,
E em lágrimas meu peito expulsou você de mim.

Os dias sombrios povoaram meu coração.
Eu sentia alegria só de está em sua companhia.

O mundo era perfeito como teu riso enchia meu peito
De alegria, de poesia.

Cheguei a questionar por que apareceu em minha vida.

Foram pesados os dias.

Mas aos poucos a calma foi chegando,
Meu peito foi ficando brando...

Continuei minha vida na presença daquilo que me faz bem
E jamais me abandonará...

Leituras de Borges, sinfonias de Mozart, telas de Gogh...

Aprendi como é bom dar um bom dia...

Aprendi como dói a solidão,

Aprendi como faz sofrer uma paixão...

Aprendi a valorizar mais as coisas

A me valorizar...

Vou rir mais, ler mais poesia,
Vou imitar em algo Manuel de Barros,
E levar menos sério a vida.

Quem sabe num próximo amor
Não acerto.

E então... Sede forte coração...

domingo, 25 de janeiro de 2015

Quando esqueço

Quando esqueço por um momento
Que a vida é maravilhosa
E me perco em minha realidade
E carrego a tristeza do mundo...
Quando me esqueço de tudo.
Sou feliz.

Saudoso sertão

Ah, como é saudoso o sertão.
Como é saudoso o sertão,
Sertão de chão desnudado,
Sertão de mata rala e espinhenta,
Sertão preenchido por solidão...

E a brisa que passa arrasta poeira,
E a brisa que passa desnuda cada planta,
E apenas as garras se sustentam,
Árvores garranchentas.

Sertão de caminhos polidos por caminhadas,
De canelas secas que vão e voltam.

E quando cai a chuva,
Perfumada floração.

Saudoso sertão.

Conhecer seu ser

A noite canta o bacurau a presença da chuva.
E a noite esfria e um cheiro de mato invade nosso
Peito e enche nossa vida de memórias.
Cheiro de marmeleiro...
Ah, lembranças atiçadas,
Que me faz tão bem,


A noite que me afaga,
Noite que me apaga.

Ah! não tem como reviver nada,

Tudo passa,
Tudo passa,

E no caminho da vida não se pode olhar para trás jamais.

Aprende a viver,
Conhece os teus limites,
Conhece o que te faz feliz...

Pois é o que se fez,

É possível mudar?

Ouço o canto do bacurau sempre com alegria,
Sempre igual no mesmo tom,
Sempre a noite,

Ah, ai encontra minha magia.

Dúvidas

Olhar o mar e viajar
Através do horizonte,
Sentir a areia afagar os pés,
Sentir o sol te dourar,
Ouvir o quebrar das ondas na areia,
A brisa que afaga a face,
Ah, como é bela a praia.
E como viver sem amar o mar?
E como viver sem amar o ser?
Se amanhã talvez já não há.

Solidão

S o l  i d ã o

O silêncio da casa,
O vazio de uma presença querida,

Um peito machucado,

Quanto ócio há na solidão?

Há quem saiba lidar,

Há quem não saiba,

Voraz ansiedade,

Sem piedade nos consome,

Mas tudo passa,

Até mesmo o mais impacientes dos momentos.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh