sexta-feira, 25 de julho de 2014

Humanidade

E na hora profunda da noite,
Na hora última,
Aceite senhor,
Aceite senhor,
A minha calma,
A minha alma.
Quando já não resta vida,
Tende piedade de nós,
Que a humanidade é tamanha,
Que quase não há humanidade.

Rogado senhor

Meu Deus,
Meu Deus,
Cadê a minha fé?
Aquela fé que me destes agora me tirastes?
As minhas esperanças,
Os meus sonhos...
Tanta coisa que parece me faltar,
Talvez seja sua ausência
Gritando em meu ser.

Ser triste

A noite e a solidão se misturam,
Se confundem e se fundem.
Noite sem lua,
Sem ninguém na rua,
Noite de sexta-feira,
Ah, a vida se passa,
A noite se passa.
Eu estou perdido em minha solidão,
Estou perdido em meu ser.
Está tudo tão vazio...
E porque me entrego
Ao meu fim...
Ser triste é ruim.

Chuva

A chuva chovendo,
Canta, dança,
Escorre,
Escoa,
A chuva chovendo
Molha, lava e umedece.
A chuva chove numa vitalidade.
Chove de manhã,
Chove a tarde,
Chove a noite,
Chove e para
E a vida segue.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Balé da vida

O que eu consigo ver
E tudo aquilo que consigo descrever,
Tudo aquilo que serve para expressar-me,
Eis o universo que preciso dominar.
Não necessito me expressar para viver,
Basta apenas viver.
Basta apenas consumir,
Ler, ouvir, sorrir...
É preciso muito pouco para viver.
É preciso paz e saúde e sabedoria
Para suportar a vida,
Para levar no peito alguma alegria.

Ah, as curvas elípticas de uma flor,
Sua simetria, textura, odor e cor.

A textura da areia, a cor da areia...

As propriedades da água,

A distância das estrelas...

Tudo me encanta,
Tudo evidencia minha humanidade finita,
E infinita em minhas sementes,
Esse tecido humano que se faz e desfaz,
Que se eterniza na fusão de esperma e óvulo,
geração após geração,
Geração após geração,
Nascem e morrem os grandes gênios...
E de onde surgiram os gênios
Senão de um pequeno útero frágil e feminino,
Ocultos no escuro da noite,
Oculto no pudor humano.

E a criatura ganha forma,
Ganha vida,
E esta o consome
E se renova,
Ah aqueles que se eternizam,
Mas no final todos não somos mais que estrume
Que matéria pustulenta,
Que desagrega em menos de um dia..
Vanita, de que serve.
Vitae sedes hoje,
Quem sabe amanhã.

Um louco confabulando

A vida
A vida deve ser vivida,
A vida deve ser bebida,
A vida deve ser respirada,
A vida deve ser experimentada,
Pois a vida um dia será acabada.
Nem sempre estamos em estado de graça,
Temos dias bons e dias ruins,
Dias alegres e dias tristes,
Temos todos os nossos dias.
Precisamos fazer a vida valer a pena,
Pois a vida é muito curta pra ser uma vida pequena.
Tem gente que aprende a gostar das coisas,
Mas tem gente que gosta de graça.
Será uma graça do Criador?
Criador, cria...
Criatura.
Será uma graça saber criar?
Talvez não ou talvez sim.
É importante aprender a viver todos os momentos da vida desde cedo.
É importante aprender com os outros
E cedo tomar as rédeas da própria vida,
Pois a vida passa,
Pois a vida é breve,
É preciso aprender a ser leve.
E viver e amar, e respirar,
Até o fim.

Um piano ao cair da tarde

As vezes uma infecçãozinha não é de todo mal.
A quanto tempo não tomava sopa ouvindo música de piano.
Cada lugar por onde passei aprendi diversos hábitos.
Em Brasilia, comia sopa ouvindo um piano ao cair da tarde,
Com a linda voz de Lúcia.
Cá estou em João Pessoa quente que só,
Onde tomar sopa não é tão agradável,
Nem consigo ouvir o programa pela net.
Ao menos tem o youtube.
Como é doce o som do Piano.

Julho

Julho,
2014,
Chove,
Faz sol,
As aroeiras da praia
Tem seus ramos balançados pelo vento
Que vem de longe,
Que delícia de dia frouxo,
Que beleza e quanta alegria
Que há no mundo,
Aos tudo vai melhorando,
E o dia vai passando.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O melhor

O corpo em febre,
O mundo sem cor,
O mundo sem sabor,
O corpo enfermo,
Tudo tão ermo,
O que é bom?
Nada.
Saúde é muito importante,
O amor é uma invenção,
Depois da saúde,
O calor do corpo,
Calor da noite,
Impaciência,
Demência.
Esperamos sempre,
O melhor que está sempre por vir.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dor

A noite,
A garganta infeccionada,
O inoportuno da infeção,
Dor, dor, dor.
E o corpo quer dormir,
Descansar...
E assim se segue
A noite calada, longa,
Tudo se passa,
Bem devagar.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh