domingo, 6 de julho de 2014

Ser sensual

Arrumar a casa,
A tanto desarrumada,
Sentir a vida em cada parte e curtos momentos,
Sentir a textura do chão
Com a palma do pé,
Porosa a terra,
Macio o chão arenoso
Onde nascem ervas e árvores.
Vemos e conhecemos as ervas
Que crescem ornamentadas e perfumadas,
Suas flores tênues, seus tricomas e suaves folhas,
Raízes aromatizadas.
Poder sentir o aroma desfiado do incenso,
E ver o sólido tornar-se fumaça e cinzas.
Poder sentir a brisa que vem sabe lá de onde.
Tragar do cálido chá,
Sentir o gosto do líquido caliente
Sobre as papilas escorrendo pela boca
Seguindo a laringe e invadido o profundo de nosso ser.

Ouvir o outro, o externo o que expressa o mundo...

Rever aquilo que já foi visto,
Ressignificar a vida,
Reencontrar o caminho,
Numa cantiga, num poema,
Na vida branda.
O amanhã desconhecido que muitas vezes nos assusta,
O ontem que se distancia tenuemente
E saber que a vida passa independente de tudo...

É necessário aprender a sentir o gosto da vida,
A textura do sono,
Coisas do mundo.


Alegria em viver

Que delícia que é a vida, uma poesia,
Com seus ritmo e sua sintonia
O despertar de mais um dia
A brisa suave e fria
O céu azul,
Ao  infinito nuvens de algodão sobre o mar.
Minha alma em meu corpo alegre desperta,
E sinto a brisa vibrar,
Sinto uma alegria imensa.
Em ver a beleza do mundo,
Em sentir-se um ser profundo,
Mais nada.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Felicidade breve!

São tão raros os momentos plenos de felicidade,
Creio que nunca felizes nos tornando cada vez mais racionais.
São tão poucos os momentos que valem a pena!
Parece que o importante é sentir-se bem.
Tudo passa.
Então procuremos fazer algo que nos faz sentir bem
Sem passar pelo direito do outro.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Todo silêncio!

Suave como uma flor desabrocha de seu botão,
Desabrocha a manhã, embalada pelo som da chuva,
Aos poucos surge a luz e o dia se revela,
Terno e sonolento, sob o alento da chuva,
As aves sequer saíram de seus ninhos,
E a chuva que cessou, voltou e cessou
Por toda a manhã que se desfecha...
Bom dia! Anuncia a rádio,
Nada de corrupção assunto hoje é o brilho da seleção.
E o dia vai se revelando,
Todo mundo dormindo,
Descansando...
A rua é toda silêncio.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Neblinada

A manhã,
A neblina que cai,
O canto das aves...
Senti a presença de mamãe.
Tantas manhãs chovendo.
E agora senti-me em casa.
A terra molhada,
Galhos gotejando,
Manhã se passando,
Vontade de não fazer nada.
Ler uma poesia
E dormir...

Outro amanhecer

O relógio desperta,
Antes que o sol nasça,
A aurora não veio enviou a chuva.
E a chuva chovendo canta,
E as aves que também encantam,
Anunciam a manhã sem a aurora.
Acordado, mas não desperto,
Levanto, contemplo o mundo
Cheio de mistérios e formas indecifráveis
E sinto a manhã presente em minha vida.
Outro dia!
Que diria Borges ou Buda ou Tangore?
Fecho os olhos,
Ouço o bem-ti-vi.
Profundo o meu ser em silêncio.

domingo, 22 de junho de 2014

Se não fosse a internet

Feriado de festas juninas,
Estamos na copa do mundo de 2014,
Hoje é domingo,
Dia 22 de junho.
O dia hoje foi longo e vazio.
A ruas vazias,
Casas vazias.
Não sei o que seria de mim se não fossem a internet.
Talvez lesse mais,
Conversasse mais,
Tivesse mais amigos...
Sabe lá.
Nunca se sabe.
O dia passou, se foi...
Agora resta a noite
e mais dois feriados.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fragmentos

Uma poesia,
Uma sinfonia,
O vazio frio da casa.
A literatura,
Aquilo que habita em nós.
Nossos sonhos,
Contentamentos e infelicidades.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

As memórias rasas

A noite quando se está só,
As memórias são tão rasas,
Os sentimentos tão saudosos.

Resta-nos contemplar o céu,
O silêncio.
As memórias quase falam.

É tão belo o céu estrelado ou mesmo nublado.

Uma poesia,

Música clássica...

Tanta coisa para ocupar a noite e as memórias.

Mas as memórias.



terça-feira, 17 de junho de 2014

Fração do tempo

A noite que passou dormi bem,
Hoje não sei,
Amanhã quem sabe.
Tudo anda tão incerto.
Tudo é tão incerto.
O vento venta,
A chuva chove,
E eu vivo,
Tudo é tão causal.

Algumas coisas nos fazem nos sentirmos bem,
Outras nos fazem sentirmos mal.

Tudo parece tão dialético.

Quem tem alguma certeza?

São tão poucas as certezas,

A morte é a maestrina de todas as certezas.
Por isso escrevemos,
Construímos e existimos.

Para ver o sol nascer e a noite escurecer.

E tudo seguirá sempre o mesmo fluxo,

Geração após geração.


Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh