quinta-feira, 13 de março de 2014

Stêfani

A cigarra cantando,
O ar condicionado roncando.
Paro, ouço, penso
E escolho Chopin para ouvir.
Certamente me trás boas lembranças.
Da chuva que caiu,
Do olhar e da voz de Stefani.
Que me ensinou a ouvir Chopin.
Não sei por que, mas sentia tristeza em Chopin,
E acho que Stefani cultivava a tristeza.
Tão linda, educada e inteligentíssima.
Stefani dividia o mesmo espaço comigo com alegria,
Não se importava se era ou não supersincero.

Agora a cigarra calou,
O ar acalmou
E Chopin continua aqui,
E Stêfani trabalha lá em Brasília...
Só resta ouvir Chopin.

Tudo passa muito rápido.
Se sabemos desta certeza.
Qual o motivo de nosso sofrimento?
Por que não aceitamos a realidade?

Agora, cada um para o seu lado,

Levo no coração o que aprendi
Com os ensinamentos meigos
Daqueles que gostam de mim
Acima de minhas arestas.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Mistérios

O silêncio da noite,
O som do chiado da palho do coqueiro,
Anunciando a presença do vento.
Lá fora o mundo,
Há tanta gente.
Gente dormindo,
Gente acordada se divertindo,
Gente trabalhando,
Roubando...
Gente que não verá o dia nascer.
Mistérios divinos,
Ocultos em tudo.


terça-feira, 11 de março de 2014

Cantar da cigarra

As cigarras quando cantam
Cantam para seu amor,
Mas ai para nós anunciam o calor,
Cantam de manhã,
Cantam  tarde,
E o sol, nossa esse arde,`
Cantem cigarras,
Cantem e vão embora
E levem o calor
E o seu amor.

segunda-feira, 10 de março de 2014

A chuva chovendo

É de manhã,
Mas que calor,
O sol nem saiu,
O sol ninguém viu,
Nuvens escuras
Fazem a chuva cair,
E a chuva chovendo
É tão maravilhosa,
É tão generosa,
Cai e se doa a toda a vida,
Cai e se doa a eternidade.
A chuva chovendo é tão feliz,
A chuva chovendo.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Dúvidas

A noite em silêncio!
Ensurdecedor silêncio noturno.
Um apito,
A rua vazia preenchida pela luz amarela.
Nos quintais sombreados de escuro
Cantam grilos,
No céu rutilam estrelas.
E aqui dentro de mim o que me preenche?
Solidão, um coração e a razão...
Minha mente  não mente me traz lembranças...
Mas o meu vazio frio continua.
O silêncio de minha alma,
O cansaço de meu corpo,
O desânimo do existir.
Talvez quem sabe a angústia
Que talvez não seja só minha.
A noite logo se calará e passará.
Serei eu feliz com o existir?

Encontra-ti

Tudo aqui é passageiro,
A manhã, a tarde e a noite,
O dia, o mês e o ano.
Cultiva a vida a cada instante,
Nunca saberá qual é o último.
De Jesus a Gandhi...
De Platão a Habermas...
Há um fosso preenchido
Pelo nosso existir
Que faz sentido
Ou não.
Quem sabe.

Alegria que contagia

Quão feliz é a manhã!
O sol nem despertou,
Mas que intensa é a alegria dos animais,
Cantam intenso todas as aves,
As cigarras que fazem a madrugada pulsar.
Será que estão feliz por sexta-feria?
Será que cantam pelo calor?
Quem poderá saber.
Só sei que sua alegria
Me contagia.
Acordei e já estou feliz.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Noite de março

A noite,
O som do apito longe,
Grilos cantando,
Estrelas piscando.
Minha rosa do deserto de corola dobrada desabrochou
Uma linda flor vermelha maravilhosa,
Folhas deitadas pelo chão,
O eco do mundo.
Ouço Liszt.
Tudo parece tão perfeito...
Exceto pelo calor.
E a noite de março passa.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Definições

Talvez uma coisa boa esteja me acontecendo
Ou talvez não esteja acontecendo nada.
A brisa frouxa cruza a janela,
Noite de estrelas e nuvens frouxas.
Eu, minha existência e os meus hábitos.
Quem eu sou?
Definiria-me através de meus hábitos.
Mas parte de mim é essa matéria
Esse corpo a quem habito.
Esse corpo que se consome
E se deteriora dia a dia..
Tenho noção disso
E aos poucos o tempo e a realidade são reflexos num espelho dourado.
Por isso inicio o texto com um talvez,
Por isso falo da brisa,
Do céu e das nuvens... Nada meu.
As mesmas sensações voce que agora ler as possui,
Mas a sua maneira.
Sensações são tão subjetivas quanto emotivas.
A nossa existência é tão breve para não perceber as coisas simples do mundo.
Eu sou o que o mundo me fez,
Eu sou minha maneira de perceber e se expressar,
O suspiro que sempre segue futuro a dentro,
Passado afora e presente...

Breve chuva

Agora, breve manhã,
Chove.
A chuva chovendo é tão agradável.
As coisas são agradáveis quando estamos seguros.
Lá fora, nas ruas, nas estradas e construções
A chuva, talvez não agrade.
A mim, agrada tanto quanto agrada as plantas,
Ao seco sertão.
A falta de chuva me ensinou quanto podemos amar o que não temos.
Cai água, derrama-se nesse solo fértil
E faz germinar a semente,
E faz das folhas adubo,
E dá a condição para a flora florir.
Pingo a pinto o solo absorve,
E tudo vai ficar mais lindo após a chuva.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh