domingo, 23 de fevereiro de 2014

Impressões

Uma manhã nublada,
A brisa fresca,
O canto das aves,
As a flores rosas das plantas nos vasos floridas,
O branco das paredes,
As folhas verdes do coqueiro,
E toda paz do domingo
Inundam o meu ser.
Talvez quisesse está em outro lugar,
Em outro tempo,
Em outro momento,
Mas aqui estou,
Ontem estive em Brasília,
Anteontem em Campinas...
Agora aqui estou, agora sou.
Amanhã quem sabe.
Sabe, a gente sente um vazio no peito
Certas vezes e desconhecemos as causas.
Certas coisas não tem causas.
Com a vida é assim,
Simples e lógica
É ou não é.
Chopin, para mim, expressava tudo isso.
Mais nada.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A passagem do tempo

Os anos que passam me ensinam tanta coisa.
São tantas as experiências.
Os anos por passarem nos separam das fases da vida,
Os anos que passam apagam da memória coisas boas e coisas ruins.
Os anos passam e com essa sucessiva paisagem
Temos muitas vezes que mudar,
Todos se vão com o tempo.
O tempo está presente do desabrochar da flor
Ao amadurecer dos frutos,
Na semente, na árvore...
Em tudo.
O tempo é intuição.
Começo a desconfiar que não consigo domar o tempo,
Então só me resta domar a mim mesmo
E mesmo que não o faça o tempo se encarregará de tal proeza.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Consciência

O tempo,
O espaço,
O mundo,
A matéria,
A substância,
A matéria,
Os corpos,
As cores,
Os cheiros,
As formas,
A vida.
Nossa percepção de mundo,
Nossa cultura,
Nossos hábitos.
Quem somos nós mesmos?
Somos livres realmente?
Não dependemos do todo para existir?
A propósito consigo respirar com dinheiro?
Posso, devorar um boi numa refeição?
Eu consigo desfrutar e fazer tudo que eu quiser de uma só vez?
Como pessoas que prejudicam os outros por interesses consegue dormir?
Por acaso não crê que vai morrer?
Não imagino.
Alguns homens tem mais consciência de sua existência passageira que outros.

Canta sabiá

É de manhã,
Após a noite,
O sol clareia a floresta
E um sabiá contente está a cantar.
Canto belo o canto do sabiá,
Canto alegre, canto feliz.
O sol desponta sobre a floresta
E os raios dourados alumiam as floras da aroeira
Lindo Schinus terebinthifolius.
Canta sabiá,
Canta sabiá.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Acordar

Hoje, quando acordei,
Foi tão bom.
Senti a vida pulsando,
Senti uma alegria gritando,
Dentro de mim,
Igualmente ao canto das aves
Que cantavam
Como se estivessem felizes
Como se cantassem para o sol que nascia.
Hoje, quando acordei,
Percebi que o sol ainda ia nascer,
E me senti renovado como se tivesse renascido com o sol.
Senti a brisa da manhã invadir o meu corpo,
Senti aquela brisa que vindo mar, ou além do mar
Fazer parte de mim, mesmo que nem percebesse, mas hoje percebi.
E ao levantar e ao caminhar até a cozinha senti as minhas pernas,
E percebi quanto é bom poder de deslocar.
Enchi o copo com água.
Água pura, sem gosto, geladinha
E tomei todo o copo e senti e percebi que aquela água que estava na geladeira
Naquele instante me constituía.
Esqueci o mundo, não liguei o rádio e li uma máxima  de Epiteto...
Matutei por um certo instante.
Fui a janela e contemplei as minhas flores.
E tive um dia tão diferente.
E assim vivi.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Descoberta

Quando a chuva se vai,
Os pingos ecoam
E se derramam por um bom tempo,
E a brisa passa
Enquanto isto o solo ainda tem o espelho da água que caiu da chuva.
As folhas gotejam generosamente a água que poderia absorver,
Mas cabe a raiz beber a água da chuva,
A folha apenas respirar e purificar o mundo quando é dia.
Shodtakovich tornou a noite ainda mais harmoniosa,
Nem quero ir dormir, mas devo...
Minha natureza necessita recolher e reenergizar
para o novo dia,
Mais uma rocha a Sisifo.

Momento sublime

É noite!
A noite já está alta.
Faz muito calor,
Embora chova neste instante
Nem por isso a temperatura diminui,
Contudo a chuva chovendo é um espetáculo,
A minha rosa do deserto desabrochada, mesmo agora.
A noite vai passar,
A chuva vai parar,
E a rosa vai murchar,
Mas agora a noite, a chuva e a rosa
Tornam este momento completo, sublime.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

À tarde!

A tarde cai serena e iluminada.
Esta tarde que é benção,
Mas que por ocasiões da vida
É o fim para outros...
Quantos viram o dia nascer,
Mas não verão a noite escurecer.

Sol que se desloca e se encanta no poente.
Este sol que vai minguando a cada instante que se vai totalmente, completamente.
Essa tarde, esse sol são iguais àquela tarde que Jesus entrou para a eternidade.
É a mesma luz e semelhante tarde que iluminou o mundo para Borges,
Esta tarde essa luz é a mesma luz que encantou Gogh.
É a mesma tarde que Beethoven teve a epifania que lhes permitiu concluir uma sinfonia.
Certamente é a semelhante a tarde que Eistein pensou e solucionou a teoria da relatividade.
O tempo é uma intuição interna,
O espaço uma intuição externa,
Visto isso, se todos somos humanos!
Se todos estamos vivos. Por que nos angustiamos nas tardes de domingo?
As vezes temos motivos e as vezes temos indisposição.
Essa luz desta tarde que tantas belezas ilumina
É a mesma luz que vigia as tragédias que amanhã
Serão notícias nos jornais.
Sol esse ser maior sob sua luz nada se oculta,
Que a todos compartilha sua luz, sua energia...
Eis o ser maior, eis o ser superior.
Vejamos o mundo não nos comparemos com os outros, mas com o melhor que podemos fazer.
Tenhamos cuidado com as ilusões do mundo.
Posto que podemos admirar o que está a nossa volta,
O sensível e a partir dai possamos entender tantas questões.
A luz do sol da tarde de domingo,
Que se sinta feliz por ver e por viver...
Porque uma tarde passada não volta jamais.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Generosidade

Na noite escura,
O céu é o firmamento das estrelas,
Da lua.
O céu é tão grande e magnífico que não cabe no meu olhar.
Meu olhar se perde 
Entre tantas estrelas belas,
Na profundidade escura da noite.
E a brisa que sinto que me afaga
Que faz as folhas das árvores cantarem para mim.
O universo é tão perfeito e generoso
Que compartilha comigo este momento de existência.

Aqui, sábado a noite

A noite de sábado é tão vazia e silenciosa.
As ruas estão tão vazias,
Cães latem longe.
No meu prédio,
Além de mim não há ninguém.
A brisa sopra suave,
O somo me envolve,
Vou dormir e fechar a minha noite.
O mundo lá fora é uma selva
Na qual não me aventuro a passear.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh