quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pobres palavras

Conhecer do desconhecido,
Viver o não vivido,
Viajar,
Sonhar,
Está aqui ou acolá,
Desvendar o mundo,
Ler um livro,
Ouvir uma música,
Ver o mundo,
Ser do mundo,
Se fazer do mundo,
Porque tudo passará
E um dia,
Estará preso ao corpo,
E um dia nem corpo mais habitará,
Será o nada,
E essas pobres palavras...

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Presente e passado

A lua cheia,
As nuvens frouxas,
O vento,
A noite,
As árvores balançando,
A janela aberta,
A luz florescente,
Os pisca-piscas,
Os himatantus,
As pessoas estudando ou descansando,
Tudo isso em plena terça-feira,
No dia dezessete de dezembro,
Do ano de 2013,
Que logo será só um fato,
E nunca mais voltará no tempo.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Não, não, não...

Não,
Não,
Que me perdoe o sabiá que canta,
Mas não consigo ouvir,
Que me perdoe o sol que brilha e aos poucos
O poente o apaga, seus raios crisos,
Seus raios crisos,
Que me perdoe o meu corpo,
Que me perdoe as minhas pernas,
Que me perdoe o meu ser,
Porque a minha alma está em trapo
E não sei como me reconstruir,
Esse momento que toma conta de mim...
Onde está a minha calma, 
Onde está o meu domínio,
Neste instante um vazio,
Neste instante sou pequeno e incapaz,
Quem sabe após a noite,
Pois após a noite vem a energia,
Há de haver mais alegria,
Porque neste instante,
Nego minha existência,
Preciso sarar,
Preciso rezar, orar,
Sabe-se lá,
Verbalizar...
Não, não, não....
Tudo isso vai passar.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Sábado que passa

Sábado, 14 de dezembro de 2013...
Que dia beirando a perfeição,
Sol a todo vapor,
Vento frouxo,
Muito calor,
O coqueiro do quintal tem suas folhas agitadas,
A patativa pousa no cacho de flores
Feliz a cantar, beija as flores,
E colhe feio de fibra para seu ninho confeccionar
E canta, e canta, e canta...
Eita pássaro pequeno que canta e encanta o sábado.
Vou à janela e vejo o mundo
Esse mundo tão profundo,
Vejo as nuvens, vejo as árvores e não vejo ninguém,
Se conhecesse minha vizinha talvez fosse feliz.
Vejo que o sábado passa por um triz,
Vou a porta e olho o quintal da casa ao lado
Onde uma pimenteira se pintou de vermelho,
Olho para o vento e nada vejo,
Sinto apenas seu afago...
E fico aqui só, sozinho...
Vendo o sábado passar.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Centenário

A cem anos atrás nasceria aquela que geraria minha  mãe. Severina Maria da Conceição, popularmente conhecida como Sinhá. Em 13 de dezembro de 1913 na cidade de Martins, Rio Grande do Norte. Filha de João Gato, Papai João. Cresceu nas cercanias da Lagoa num sítio que hoje foi fragmentado e grande parte dele urbanizado. O sítio ainda têm plantas daquela época, jaqueiras, cajueiros, cajazeiras... O solo é argiloso e escuro. Pouco conheço daquele ambiente, apesar de ter morado metade de minha vida lá. Em um dos escritos, de minha avó, que encontrei, havia registros de datas e sentimentos. Ela escreveu a data que nasceu, a data que sua mãe e seu pai faleceram, além de expressar suas saudades.
Minha avó teve uma vida de privações. Teve 16 filhos, mas apenas 10 chegaram a idade adulta.
Após a morte de meu avó, minha avó se desapegou de tudo e foi morar com as filhas. Morou um tempo conosco, foi quando tive a oportunidade conversar tardes inteiras. Aprendi muito com ela. Contou-me muito sobre a história dela.
Adoraria dar um abraço nela hoje.
Fica a saudades

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Tarde infinita

A tarde cai lentamente,
Posso ouvir do silêncio de minha sala
O canto do sabiá,
Uma patativa (cambacica) canta longe
Tão longe quanto a luz do sol
Que se vai,
Que se vai,
Como a vida se vai,
A tarde se vai,
A inocência se vai,
A juventude se vai,
E tudo passa
E a tarde continua
A existir para a eternidade finita de nossos olhos.

Viva a vida

O sol desponta no nascente
Leve, suave e a luz acende o mundo,
E a luz acende o dia,
E a luz revela o mundo belo...
E as aves cantam encantando o mundo,
E as flores desabrocham embelezando num ar profundo.
Cora Coralina que linda,
Drummond que doce...
Vida que mistério e graça.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O silêncio do calor

À noite escura e quente,
O calor parece por tudo em silêncio.
O incomodo que não permite dormir,
Do calor, do que penso, do que temo.
Temo ser mais forte,
E fugir daquilo que me poe medo...
Enfrentar o outro, alteridade...
Porque desconheço o outro,
Como oculto são os atos a sombra da noite...
Calor, silêncio...
Mais nada.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Memória...A noite e suas lembraças

A noite escura,
Cães a ladrar,
O vento sobre pela janela,
Estrelas piscam no céu,
Motos roncam ao longe.
Quero-quero canta longe,
Há um silêncio intermitente,
O guarda que passa assoviando,
O barulho do mar aqui não há...
Hoje o dia foi quente e intenso,
Amanhã, após a noite dormida
Quem sabe não será melhor,
A noite de amanhã e depois de amanhã...
Lembrei instantaneamente de Barão Geraldo,
De dia lembrei de Brasília,
Meu passado recente sempre me visita
Ainda mais a noite...
Já fui esquecido,
Não componho mais a paisagem
Como transeunte de Campinas,
De São Paulo ou Brasília,
Não estou mais tão só. Estou?
Saudades dos amigos, da Ana...
Tudo que me fez bem,
Como a noite,
Como agora,
Vou em boa hora.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Breve

Como é breve a vida,
Tão breve quanto a brisa que passa, à tarde,
Tão breve quanto a passagem da ave que voa só.
Não seria a vida um breve sonho?
Quanto tempo já vivemos?
Os anos passados foram tão curtos,

Com o passar dos anos vemos a brevidade da vida,
Devemos apreciar cada momento,
Pois, apredemos que passam rápido.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh