sábado, 3 de agosto de 2013

Climax

Já é tarde, embora a tarde pouco avançada depois do meio dia. O sol brilha em sua maior intensidade.
A natureza toda está recolhida. O silêncio só é quebrado pelo chiado de folhas que se quebram a cada passada. No horizonte podemos ver o tremer do vapor. Tudo está tão vazio. Meu peito vazio, o mundo vazio. Calor! Viver este momento belo, mas de peito vazio é tão difícil. Saudades? Deveres, sigo caminhando como a tarde vai partindo.

domingo, 28 de julho de 2013

Redelinear

É estranho descobrir que no mundo há maneiras de se perceber algo distinta da nossa. São poucas estas situações em que somos tomados por essa sensação, principalmente quando não gostamos de viajar de sair da rotina. Há determinadas memórias adormecidas que são despertadas por meio de uma música, um texto, uma propaganda. Estas memórias são compartilhadas por um determinado grupo que pode ser pequeno como o núcleo familiar, o ambiente escolar, a cultura de uma cidade ou até mesmo amplo como os programas transmitidos pela rede globo. Um bom exemplo são as coisas que aconteceram na década de noventa, certamente é compartilhada pelas pessoas, como eu, com faixa etária entre os 30 e 40 anos. Enfim quando saímos do nosso universo, nossa cidade ou cidade ou país, estranhamos que o outro conheça tais coisas, mas conhecem de outra maneira, a partir de outra perspectiva. Estava viajando de Genebra para Viena, de ônibus, durante toda a noite, quando acordei, ainda muito cedo percebi que na rádio tocava a música "Crazy for you" de Madona. Como assim, pensei, está música toca aqui, percebia meu pequeno conhecimento de mundo. Naquele momento senti o êxtase tomar todo o meu ser. Estava muito feliz por está conhecendo o velho mundo e ao mesmo tempo aquela música me trazia lembranças de minha vida em Serrinha dos Pintos, pois ouvira muito aquela música tocada na difusora de Alexandria.Aquele música estava viva em minha mente e decerto não tinha ou tinha um significado muito diferente do que existia em mim. Naquele instante estava muito distante do passado e minha origem, mas aquela música era um elo entre o passado e o presente. Mais uma vez aquela música ganhava sentido em minha vida de uma outra maneira, poderia até me levar a esquecer o passado mais distante. Imagine que para aqueles passageiros que estavam preocupados em dormir, aquela música não significava nada. Talvez para suas realidades aquela viagem seria semelhante a minha ao ir de Campinas para Ribeirão Preto.  Eu estava viajado sem saber por onde ir, mas sabendo para onde eu ia. Então o dia nasceu e eu conheci Wiena. E agora que ouvi a música revivi, relembrei e mais uma vez redesenhei pude redelinear minha memória e perceber quanto o mundo é amplo e nossa vida pode ser sensacional.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quero-quero

O quero-quero caminhando no campo,
Gritando quero-quero, quero-quero.
Voa, da rasante e grita.
Pela manhã, à tarde
Ou a noite estarão sempre lá
Em qualquer lugar.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dominar

Sentimentos quem os domina?
Somos uma bomba de sentimentos,
Oras estamos felizes ora tristes.
Oras amamos a solidão oras a odiamos.
Estamos contentes pela manhã,  pela tarde rabugentos
E a noite felizes.
Enquanto tudo isto acontece.
Nossas válvulas de escape são comer, beber, fumar e fu - amar
Bem se  nada disto nos alivia a tensão da vida,
Somos dominados pela gula, pela luxúria...
Ou viramos carolos de qualquer religião.
Quem não controla seus atos?
Nesse mundo cheio de competição,
E desejo.
Sentimentos quem os domina?
Enquanto isso resta-nos olhar o aurora,
o segundo crepúsculo...
Conversarmos com os nossos sonhos,
Dominarmos nossos instintos.
Sabe lá.
Contemplar a lua e as estrelas e a companhia de quem nos ama.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Noite imperial

A tarde caiu suave e leve.
Logo veio a brisa fria.
A água do lago paranoá
Está tão transparente
Que vemos os peixes nadar.
Ou pele de sapo tem
As capivaras nadando
Nesse gelo da noite.
E calmamente apareceu venus,
A noite e de brinde
A maguestosa lua

Alvorecer

A luz fria da manhã
Atravessa a janela
E junto a ela o canto
Suave das aves
E a brisa me revelam
As formas, as cores, os sons
E a tenuidade da vida.
Eis que inicia o dia.
Que delícia iniciar o dia
E poder identificar o som do sabiá,
Som da maritaca,
Som dos sanhaçus.
As cores das plantas verdes e vivas,
Secas e mortas, cinzas...
O sofrimento da grama,
O esplendor das plameiras.
As vezes encontrar o sentido
Para viver mais um dia
Está nas coisas pequenas,
No entanto sublimes.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Doce manhã fria

A manhã foi tão fria,
Embora sol brilhava num doce céu azul.
Os eucaliptos pareciam animados,
a bailar junto à brisa.
À sombra da sala,
Que frio! Como é agradável
Saborear um chá.
No banheiro um grilo cantava,
Cri, cri, cri...
Percebi ao acordar
Que os sabiás voltaram
A cantar.
Cantava alegre
Um feliz sabiá.
E a manhã se passou,
Fria e bela.




sexta-feira, 19 de julho de 2013

Agora é hora passada

A lua prateada alumia
a noite em Rio Paranaíba.
O silêncio das estrelas
É quebrado pelo canto dos galos.
Já é dia nas horas passadas
Agora doce madrugada.
Quanto tempo
que não ouvia o galo cantar.
Quanto tempo
não via a lua alumiando a noite
Agora é hora de dormir.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Em qualquer lugar

A noite caiu
Nem vi o tempo passar.
Palavras pensadas e pensadas.
A noite chegou,
sem que visse os horizontes.
Tudo e nada
É só uma questão de percepção.
O dia passou!
Aqui estou,
Perdido na noite
em qualquer lugar.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Palavra

Como os elos de uma corrente,
As palavras unidas formam uma oração, uma frase.
E o que o texto senão o tricotar com as palavras,
como num tecido em que fios são cruzados,
assim são os textos pinçados com palavras.
As palavras são tão ricas,
pois carregam em si o significado das coisas.
As palavras descoisificam  nossa língua.
Com a palavra certa não se diz, essa coisa que esta na suas mãos,
Se diz esta flor, esta rosa, este livro.
Verbalizam o indizível,
Encurta as explicações,
Pois são signos,
conceitos.
Palavras são o que são.
A palavra é uma luz que acende
na mente de cada um
a todo instante,
ampliando a compreensão do mundo.
Como ficou mais fácil entender o Sertão depois de Guimarães Rosa.
Como  é mais fácil entender nossos sentimentos
verbalizados pelos poetas...
Drummond e Pessoa, falam o que sentimos.
Que palavra Gogh daria a suas pinturas
e Mozart e Bach a suas sinfonias?
Que palavras uso para denominar minha vida?
Não sei! Certas vezes só sinto,
e me expressar é uma forma
de dispersar meus sentimentos.
As palavras servem para entender o mundo
e para minha compreensão de mim mesmo.  

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh