terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vírus

Meu corpo quente feito chama
Me faz suar. Sinto calor, sinto dor,
Parece que minha alma quer
desencarnar.
Este vírus que me incomoda,
Sei que não me mata,
mas tira todas as minhas vontades.

Sinto um forte calor,
não consigo dormir,
minha garganta e meu nariz
estão incomodados,
minha garganta coça.

Vírus bendito,
viestes não sei de onde,
nem foi como me acometeu,
agora só me resta
paciência e descanso,
logo estarei bom,
logo tu passarás...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A mariposa

Na noite escura, oculta voa a mariposa. Que busca luz ou flores para saciar-se.
Voa, voa com suas leves asas, que batem sem parar. Leves asas que levam
noite adentro ao teu destino. A mariposa que suave voa, já foi pupa encantada,
que sofreu uma grande metamorfose, que se enterrou no solo e certa noite
como uma flor desabrocha, mariposeou.
Saiu de seu casulo bateu assas e voou, toda a noite.
Saiu beijando as flores e seguiu a luz de minha casa.
Lembro que acordei ouvindo o som do bater de suas asas...
Se debatia no escuro, não creio que via.
Acendi a luz e vi aquela linda mariposa
de escamas escuras, dorso veludo,
olhos brilhantes... Ela voou até a luz,
com suas asas leves voava, mas parecia flutuar no ar.
Tomei-a na mão, senti o veludo de de suas pernas,
suas asas descamarem em minhas mãos.
Segurei-a com uma mão, abri a janela.
Como eram belas suas antenas e veludosa sua textura.
Abri a mão e ela voou para o infinito de minha visão,
num instante sumiu na escuridão...
De onde veio e para onde foi aquele ser mágico?
Sabe-se lá...
E o que veio buscar em meu quarto escuro?
Nem chovia...
A noite mais uma vez mostrou-me um pouco de seus mistérios,
o voar da mariposa.

Mulher

Adorada e doce flor,
Sedes tu mulher,
Sedes tu como a terra,
Fecunda e terma,
O mais agraciado
De todos os seres,
Em teu seio é gerado a vida.
Em teu seio fecundo
Foi que fomos gerados,
E em teus braços fomos criados,
Dia e noite nos destes
Tua atenção e o teu carinho,
E é nos teus braços
Que encontramos conforto,
E é no teu seio
Que sentimos amor.
Mulher sedes flor,
Sedes tudo que precisamos,
Sem ti, nada somos,
Senão um ponto final
De nossa existência. 

Clima

O tempo está uma loucura. Depois de muita chuva, agora faz um calor em Brasília que tira todas as energias, triste de nós se não fosse o Lago Paranoá com seu espelho de água. Desde cedo faz calor até muito tarde... Espero que as chuvas voltem logo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Solidão

E o dia se vai, e a noite se vai...
Resta o silêncio, resta a solidão.
Há lugares que são solitários,
Sinta o sertão com sua imensidão.
As vezes a vida é assim
um desertão,
Quando alguém parte,
deixa saudades e solidão...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lago ondulando

No fim da tarde ventava,
As águas do lago agitadas
Ondulando, ondulando, ondulando.
O sol foi caindo devagar,
E as águas ondulando,
E uma nuvem em brasa ardendo
E a tarde se desfez majestosa,
E a tarde se desfez augusta.
Os biguás nadavam
E mergulhavam e voavam
Pareciam dançar no lago...
A lua apareceu pálida
e a noite se fez...
Até parece que as chuvas
Partiram, se foram,
Fez tanta luz, tanto calor,
Céu limpo e azul,
vento soprando
e o espelho do lago ondulando...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tarde de calor

Caiu a tarde quente, nem uma chuva mais apareceu, está tudo secando.
Falta disposição pra fazer qualquer coisa, que preguiça...
É tarde de quarta-feira de cinza, só o que resta do carnaval.
Calor, indisposição e mais nada.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Sertão

O campo dourado de grama madura vasta paisagem.
O vento sopra suave ondula e leva o cheiro maduro da grama
para longe, para além do horizonte.
Riachos secando e aves voando para longe,
o sertão abandonando.
Os pássaros cantam felizes,
e a vida segue suave até um próximo inverno,
agora só restará o verão, solidão e cinzas
e a incerteza e dúvidas, ano que vem haverá chuvas?

O sertão é um mar de solidão.
Céu azul, nu, vazio de nuvens,
de noites escuras e estreladas,
de lua cor de leite...

Que ocupa o campo de grama?
Cinza, poeira e o vazio.
Mais nada. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tempos idos


O sol já foi mais belo no amanhecer. Hoje, a vida me ensinou muitas coisas que descoloriram e tiraram o doce de meus sonhos. Descobri a realidade e as outras faces das coisas. São poucas coisas que me despertam interesses. Isto é envelhecer?
Não sei, mas ao mesmo tempo que estou distante de meus entes queridos, criei uma carapaça ou uma forma de mimetisar a vida.
E as pessoas partem, e os mistérios das pessoas são revelados e as coisas perdem a complexidade e seus segredos, só me restam os livros, as músicas e as lembranças alheias que me servem para contar uma história a me convencer de minha história.
O sol já nasceu mais belo...
No carnavais, me assombravam os papangus de Martins. Hoje sei que eram pessoas fantasiadas,
como as datas perderam a graça. Com a partida dos amigos de meus pais, meus avós... Cresci
e as coisas tornaram-se reais.
Já não é doce a bala, continuam perfumadas as flores, sei como se chama as fulanas e ciclanas...
A aurora já foi mais bonita, mais prazerosas feito fins de semana com bolo de ovo.
Hoje, não restam mais nada dos tempos idos, apenas lembranças.
Mais nada.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Outros carnavais

O tempo passa tão depressa
que nossas perspectivas
se apagam junto com nossos sonhos.
É como se fossemos dunas
movidas pelo vento e pelo tempo.
Carnaval, em outros tempos
seguia para onde houvesse folia,
mas hoje, curto mesmo o feriado...
E o tempo passa tão depressa
e leva toda a graça,
toda a juventude,
Toda nossa coragem
e o que fica,
senão a experiência, 
mais nada...

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh