sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lago ondulando

No fim da tarde ventava,
As águas do lago agitadas
Ondulando, ondulando, ondulando.
O sol foi caindo devagar,
E as águas ondulando,
E uma nuvem em brasa ardendo
E a tarde se desfez majestosa,
E a tarde se desfez augusta.
Os biguás nadavam
E mergulhavam e voavam
Pareciam dançar no lago...
A lua apareceu pálida
e a noite se fez...
Até parece que as chuvas
Partiram, se foram,
Fez tanta luz, tanto calor,
Céu limpo e azul,
vento soprando
e o espelho do lago ondulando...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tarde de calor

Caiu a tarde quente, nem uma chuva mais apareceu, está tudo secando.
Falta disposição pra fazer qualquer coisa, que preguiça...
É tarde de quarta-feira de cinza, só o que resta do carnaval.
Calor, indisposição e mais nada.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Sertão

O campo dourado de grama madura vasta paisagem.
O vento sopra suave ondula e leva o cheiro maduro da grama
para longe, para além do horizonte.
Riachos secando e aves voando para longe,
o sertão abandonando.
Os pássaros cantam felizes,
e a vida segue suave até um próximo inverno,
agora só restará o verão, solidão e cinzas
e a incerteza e dúvidas, ano que vem haverá chuvas?

O sertão é um mar de solidão.
Céu azul, nu, vazio de nuvens,
de noites escuras e estreladas,
de lua cor de leite...

Que ocupa o campo de grama?
Cinza, poeira e o vazio.
Mais nada. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tempos idos


O sol já foi mais belo no amanhecer. Hoje, a vida me ensinou muitas coisas que descoloriram e tiraram o doce de meus sonhos. Descobri a realidade e as outras faces das coisas. São poucas coisas que me despertam interesses. Isto é envelhecer?
Não sei, mas ao mesmo tempo que estou distante de meus entes queridos, criei uma carapaça ou uma forma de mimetisar a vida.
E as pessoas partem, e os mistérios das pessoas são revelados e as coisas perdem a complexidade e seus segredos, só me restam os livros, as músicas e as lembranças alheias que me servem para contar uma história a me convencer de minha história.
O sol já nasceu mais belo...
No carnavais, me assombravam os papangus de Martins. Hoje sei que eram pessoas fantasiadas,
como as datas perderam a graça. Com a partida dos amigos de meus pais, meus avós... Cresci
e as coisas tornaram-se reais.
Já não é doce a bala, continuam perfumadas as flores, sei como se chama as fulanas e ciclanas...
A aurora já foi mais bonita, mais prazerosas feito fins de semana com bolo de ovo.
Hoje, não restam mais nada dos tempos idos, apenas lembranças.
Mais nada.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Outros carnavais

O tempo passa tão depressa
que nossas perspectivas
se apagam junto com nossos sonhos.
É como se fossemos dunas
movidas pelo vento e pelo tempo.
Carnaval, em outros tempos
seguia para onde houvesse folia,
mas hoje, curto mesmo o feriado...
E o tempo passa tão depressa
e leva toda a graça,
toda a juventude,
Toda nossa coragem
e o que fica,
senão a experiência, 
mais nada...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Aflito

O dia está muito bonito,
não sei porque me sinto aflito.
O sol brilha no céu,
nuvens somem e aparecem
mostrando o azul celeste.
Aves já relaxam o calor do meio dia.
Ainda assim me sinto aflito.
Uma amiga me falava que era frescura,
essas minhas aflições,
mas é uma sensação
de aperto no coração.
Nem o dia bonito,
nem os trabalhos a fazer,
nem os livros para ler,
me tira esta sensação...
Vai passar, antes que me consuma,
vai passar, logo a vida apruma.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Pela manhã.

Caminhando pela manhã depois de uma noite de descanso com a mente relaxada, posso sentir o pulsar de minha vida. Sinto o aroma fresco das ervas, das flores, dos frutos maduros, posso sentir o frescor da brisa da manhã. Eu vejo as cores revelando as formas das coisas. Eu sinto o pulsar de minha vida. Caminhando pela manhã, percebo quão bela é a vida. Pela manhã as abelhas visitam as flores, pessoas iniciam suas atividades e assim segue o dia...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Mesma manhã

Suave cai a manhã e com ela uma brisa corre acariciando as folhas e flores.
Sinto a manhã e a brisa que despertam em boas memórias da infância.
Na infância mal acordava e já tinha que sair andando no frio da manhã
sobre um jegue em busca do córrego em busca d'água e era lindo
ver os primeiros raios do sol desfiando no nascente e dourando o mundo,
se derramando e dando cores ao mundo. O barro poeirento e frio,
o cheiro de estrume seco. O desespero das ancoretas que fazavam
gotas. O acelerar do jegue. A escola logo em seguida. O encontro
com os meninos e os deveres da professora Lenita...
Hoje não mais aquela rotina, menos sonhos, mais realidade,
mas a manhã continua a mesma.  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Quaresmeira

As quaresmeiras estão tão lindas floridas,
flores rosa e lilás.
Plantas pequenas, árvores enormes,
flores rosa e lilás.
São tão belas e delicadas suas flores,
pétalas, estames...
Enfeitas o mundo, oh quaresmeira...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Caminhar

Caminho com calma, como quem vive e gosta de viver.
Minha trajetória é longa e meu itinerário desconhecido.
Sigo sempre em frente desde o amanhecer ao anoitecer
e as vezes sigo noite adentro. As vezes perco a paciência,
mas a vida se encarrega de me trazer a calma.
Nessa longa caminhada, muitos companheiros seguiram
juntos, mas todos tomaram seus rumos.
E enquanto caminho sempre faço amizade
para não me sentir tão sozinho...
Quantos não chegaram ao seu itinerários,
vô José e vô Chico, vó Sinhá e vó Chica
e alguns amigos camaradas chegaram tão cedo.
A caminhada continua. O tempo tira nossas forças,
mas nos trás experiências...
As vezes penso nisto, não sei por que se só me resta caminhar...
Acho que aprendi com meus medos, melhor esquecer
e caminhar...
São muitos os faróis por onde quero passar
e seguir caminhando até chegar lá. 

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh