quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Chuva é vida

Choveu em Serrinha. Após quase oito meses sem cair uma gota. Semana passada choveram 80 milímetros. Só que já passou precisão de água sabe o  quanto uma chuva é divina. Primeiro há o drama da seca, os animais passam fome e sede, a água fica muito escassa, a vegetação é reduzida a cinza e pó de verde só se ver palma, a natureza parece dormir. Os carros quando passam levantam a poeira latente nas estradas. Então a chuva é um ato divino que lava e enxuga todos os males da seca. Assim como muitos nordestinos já vivi este problema e compartilhei desta felicidade... Chuvas escassas... Quando a chuva cai temos no dia seguinte tudo modificado. Os troncos cinzas ganham cor, saem da latência. O solo úmido e frio apalpa nossos pés. As aves começam a cantar e em poucos dias a rama das árvores e a babugem no solo tingem de verde a paisagem da caatinga.
Época de chuva é o inverno e a seca o verão...
Vivemos lá porque conhecemos, porque ali nascemos como arbustos adaptados.
Vidas nascem e morrem e o sertão continua o mesmo ad eternum.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cair da tarde

Enquanto a tarde cai,
desfia do céu uma suave chuva.
Então o som da maritaca longe,
o som dos pássaros
e das biqueiras
dão um tom tão agradável.
E a tarde cai suavemente...
Sem vento,
sem calor,
pacientemente cai.

Vazio

O vazio ecoa em minha mente e provoca em mim a sensação de solidão. As vezes sinto que o vazio me deixa contente e as vezes me deixa triste.
Busco encontrar o que nem imagino... o acaso que geri o mundo.
Minha mente é povoada pelas coisas que devo fazer, mas fico procrastinando.
Pensando no vazio... Por que sou assim?
Não sei dizer.
Flore são só uma parte de uma planta. Exuberantes ou não são apenas flores.
Cada coisa tem a sua essência.
Mas o que é uma essência?
Tento responder quem sou e assim quem sabe responderei o que é uma essência...

Manhã pluviosa

Calma e úmida nasce a manhã.
O sol nem apareceu.
O céu está coberta por nuvens chorosas.
As árvores gotejam e parecem
chamar a água condensada nas nuvens.
Verdes gramas, rufus barro úmido.
Caminho pela calçada olhando
o mundo. Eu observo as ervas,
as aves, as árvores e tudo isso
cai no vazio de meus pensamentos.
Não o vento não apareceu,
mas a manhã continua fresca,
doce e suave...
Ah, como é boa a chuva,
Como é bom o inverno
de manhã pluviosas.
E assim vamos atravessando
mais uma estação.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Árido Sertão

Ah, sertão, sertão, sertão...
Fostes vazio, oh, sertão
Sedes quente, sedes árido
mas já sedes vazio.

Sertão, árido sertão,
Quem em ti habita,
são teus filhos,
São teus filhos,
de cor tingida pelo sol.
São tua geração,
de prole vinda de longe,
para te ocupar, o sertão...

Mas a ti árido sertão,
viver não é para os fracos,
é preciso fé,
é preciso ser teu filho,

Só quem ama o cinza
das plantas retorcidas,
só quem ama as plantas armadas,

só quem em ti viveu cada estação,
habita em ti,
habita em ti
Árido sertão

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Saudades

Saudades da rua Felizberto Brolezze onde morei, em Campinas, por quatro adoráveis anos. Aquela rua pacata onde só passava os ônibus 25 e 26 a cada meia hora. Rua em que cumprimentava a vizinhança, a esposa de seu Cláudio que acordava cedo para varrer as folhas da sibipiruna, a senhora enfermeira que chegava do trabalho, a mulher gordinha que saia de moto... Saudades da minha acacia de flores amarelas, da magnólia de flores amarelas e odor doce, dos pássaros que vinham comer a frutas que ofertava sobre o muro, das plantas que nasciam no muro, minha querida Dichorisandra, minha nefrolepsis...
Saudades das calçadas velhas, das murraias, dos ficos da praça, do cachorro quente servido com purê de batata vendidos pelo Mineiro em frente ao ex-superbarão.
Saudades da Unicamp, dos Joões, do Tamashiro, da cabeção... esse povo sumiu ou eu sumi...
Ruas, gente, plantas, gente...
O estilo de Campinas, nem acredito que logo fará um ano que sai de lá... Parece que foi ontem...
Por isso saudades, saudades e saudades.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Viagem ao pensamento

A sala vazia,
o silêncio da manhã...
Aqui há um marasmo,
mas em outros lugares do mundo,
em outros lugares
muitas coisas acontecem.
Coisas boas e coisas ruins.
Enquanto aqui tá frio
e choveu a semana toda,
no nordeste está quente
faz tempo que não chove
a vida segue ardente.
Coisas acontecem além
do nosso redor,
coisas e pessoas muito interessantes
impressionam outras pessoas.
E a vida segue
e o mundo segue
com ou sem nós.
Somos um grão de areia sobre
ou sob a duna...
Nada mais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Depois da chuva

E a chuva abriu a manhã.
Foi uma chuvinha.
Quase uma neblia
que caia fora de minha
janela.
Acordei, abri a cortina
e vi os pingos pingando.
Dizendo para eu dormir,
dizendo que minha cama
me chamava para seu aconchego.
Mas ai, o trabalho
falou mais alto.
A chuva só passou
a tarde.
Foi uma tarde tão bela.
O lago estava lotado
de pessoas
que aproveitava que a chuva
havia partido.
Gente pescando, gente brincando,
gente se exercitando,
gente namorando...
Como é bom
uma tarde depois da chuva,
depois do trabalho...
E volta-se para casa
feliz aguardando
a noite e suas peripecias.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Minha mente

Posso está longe muito longe, fisicamente longe,
mas a minha mente está sempre presente,
minha mente sempre me mostra um caminho,
neste labirinto que é a vida.
Posso está cansado,
derrotado, triste, vencido,
minha mente contem a essência
de que sou feito.
Minha mente  me mostra que é
a energia que faz tudo gerir...
Energia, suor e trabalho...
Onde quer que eu vá,
ainda que seja muito longe
a natureza se encarrega de me trazer
a realidade...
Minha mente fonte de ideias
berço de significado de minha existência
por mais curta que seja.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Seguir adiante

Hoje olho para trás e o que vejo?
Vejo um passado subjetivo longo,
mas não passa de poucos anos,
Vividos, bem vividos.
Cada dia vivido adocicado de felicidade,
amargurado de tristezas...
Eu vivi tudo intensamente ou não tão intensamente.
Vivi cada momento de minha vida.
Eu fiz de cada momento uma luta,
a qual venho travando cotidianamente,
as vezes abaixo a cabeça, mas é só para
a reflexão...
Tento aprender com os grandes mestres
através de minhas silenciosas leituras...
Sou um eterno lutador
e a vida é minha divina mestra.
Temo muito a morte,
como temo a morte,
porque temo a dor,
e a morte sempre é sinônimo de dor,
de partida...
Por isso mesmo odeio despedidas,
ainda mais aquelas eternas...
E faço de cada momento
um raio de esperança...
O tempo marca minha face,
meu corpo, mas mesmo assim
sigo feliz ou triste.
Leio o que acho que me faz bem
e o que acham que devo saber...
Seguir a vida adiante,
sempre...
A vida é uma luta perdida,
mas é assim mesmo uma 
dádiva do existir, do ser
e mais nada.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh