domingo, 26 de agosto de 2012

Eco

O eco do mundo soa na minha janela.
Cortinas abertas.
Que acontece lá fora é coisa do mundo,
mas o  que acontece cá dentro
é faz parte do meu cosmo.

Vou ficar quito.
Porque o tempo não para...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O silêncio instrutivo dos livros

A noite fria e solitária me aguarda.
Volto para casa e o que me anima?
Ainda bem que não tenho televisão.
Os livros silenciosamente contam-me
histórias da vida humana.
Calado em minha sala em que nada acontece.
Estou só. A luz branca que os ingleses não
gostam clareiam meu pequeno recinto.

Poesia, romance, filosofia sobre tanta coisa
me fala Borges.
Sobre tanta coisa da vida.

Só o silêncio frio de minhas paredes brancas
falam-se sobre isso.

A minha janela dá para o nada.

Amanhã é sábado.

Quem sabe não surge alguma boa ideia e eu  poderei
escrever em meus cadernos
sem graça...

Neste momento quantas pessoas pensam igual a mim
ou queria está sentindo o que sinto.
Neste recinto...
Silêncio.

Tarde de sexta-feira

A tarde se vai serena, suave e pequena.
A tarde se entrega a noite, vermelha feito rosto pudico de uma virgem.
E quando a tarde se vai
e quando a tarde se entrega a noite.
Sopra o vento frio,
sopra o vento frio.
O céu está tão azul.
O céu parece nu.
Nuvens passam movidas pelo vento...
Nuvens passam arredias
suaves e vazias.

Ah,
A tarde...
A tarde de sexta-feira.

A tarde fria de sexta-feira,
faz-me reviver,
faz-me agora sofrer.

Mas é tarde de sexta-feira.
Quem dera aquela maravilhosa pizza.

O tempo passou
e me levou para longe
de tudo que eu gostava,
de tudo que amava.

Restou esperança e solidão.

Organizar

Por que organizamos as coisas neste mundo desordenado?
Não são todos, mas muitos de nós temos a mania de deixar tudo organizadinho em seu devido lugar. Tudo o mais simétrico possível.
Mas organizamos pelo prazer de organizar ou pelo prazer de desorganizar?
Organizamos para resgatar o que buscamos no devido instante.
Não consigo responder sem questionar.
Acho que organizamos porque aprendemos com nossos antecessores.

Sabe-se lá.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tempo, relações e suas ferramentas

Apesar de ter nascido no mundo contemporâneo. Cresci num mundo onde as informações se davam através das conversas corriqueiras, quando mais distantes através do rádio e através da televisão das coisas muito distantes que nunca iriam afetar no meu cotidiano. Não faz muito tempo na minha escala de vida, onde as coisas eram bem mais simples. Quando não existiam tantas ferramentas tão maravilhosas como o celular e o computador. Sei que ambos são apenas canais de informações. Sei que estes canais já estão ultrapassadas. Pois os celulares que não são apenas celulares e sim verdadeiros computadores e os computadores viraram Ipad e genéricos, onde podemos acessar qualquer tipo de informação, inclusive o que está acontecendo com um conhecido em Deli. Reafirmo com convicção "qualquer informação", até mesmo, hipoteticamente falando, que roupa uma amiga minha que mora em outra cidade está vestido. No entanto, nós pobres seres humanos não sabemos como lidar com essas informações. Certamente estas informações afetam nas relações entre as pessoas.
A internet e suas ferramentas como as redes sociais quebrou a barreira da distância física existente entre as pessoas. As possibilidades de relacionamento entre as pessoas são infinitas. Estas possibilidades tornam as relações muito líquidas termo finamente cunhado por Zygmut Bauman, um famoso sociólogo polonês.
Através da internet podemos conhecer pessoas de qualquer idade, cor, sexo ou classe social. Poderia elencar muitas outras categorias. Na internet podemos sermos o que quisermos, pois ali somos um avatar.
Na internet como disse somos avatares e como estes personagens somos tudo que quisermos, sem falha. Podemos nos vestir de uma ferradura e partimos para o mundo seguros. Qualquer coisa que acontecer basta desligar da tomada e o problema está resolvido.
No entanto, somos pessoas reais e sabemos que estamos mexendo com o sentimento alheio. Há aquelas pessoas que se preocupam com os sentimentos alheios e aquelas que não se preocupam.
Na verdade parece um jogo em que o mais forte ganha. E a internet é uma ferramenta que é usada para estas coisas.
A pessoa está no seu relacionamento real, orgânico numa boa. Se algo dar errado um dia, a pessoa já olha de lado, se segue mais vezes. A pessoa perde o interesse. Sim basta ligar a internet ir lá e selecionar uma pessoa que não tem este defeito e pronto. Acaba o relacionamento e começa outro.
Antigamente, a prática da separação era coisa de atores e atrizes. Hoje não. Não sei se esta assertiva é coisa do meu mundinho.
Hoje, vejo pessoas se separando por qualquer motivo. E estão se casando  mais vezes, como se cada casamento entrasse no currículo, mais um sobrenome.
Tudo parece tão simples. Seria simples se não envolvesse sentimentos, angustias profundas.
Sim, cada vez mais vejo que as relações são mais líquidas e vejo as pessoas angustiadas, muito mais angustiadas que antes. São tantas dúvidas. 
Na verdade ainda estamos aprendendo a lidar com isso. Talvez já hajam pessoas que lidam muito bem com isso.
Eu não, ainda não. Sinto muita angustia quando tenho uma grande dúvida.
As relações são complexas e tendem a maior complexidade sempre.
Antes de qualquer coisa, na dúvida é preciso se conhecer primeiro para poder ter certeza que tudo não vai se tornar líquido. É preciso está convicto para o reatamento ou para o novo. 





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brasília

O tempo.
Como o tempo está seco
e como o vento está frio.
Este clima louco do planalto
com dias, assim como as noites
claros e limpos.
Bordados por lindos crepúsculos.
Brasília linda capital,
doce distrito federal.
Que teus filhos sejam sempre felizes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Deleite

Mal acordo, antes mesmo de tomar o café, tenho fome de fatos. Tenho sede de palavras. Acordo e reviro-me no colchão buscando alguma ideia, alentar meus medos e minhas dúvidas. Penso que hei de fazer hoje para meu dia ser melhor. Sempre ouço minha consciência falar tem que publicar...
Então abro o leptope e me ponho a ler as manchetes. Assim como um garimpeiro busca uma pepita, ou algo de valioso que lhes dê o que comer por alguns dias ou mesmo por aquele dia. Como um mendigo que busca um fiasco de alegria, uma moeda. Eu busco aquela alegria instantânea, mesmo que curta. É o meu garimpo são os jornais e revistas que posso acessar. Conheço muitos colunistas, e sei quais deles podem me servir com uma boa leitura, não me surpreende quando encontro um bom texto vindo deles. Mas vibro quando encontro algum texto excelente de uma pessoa desconhecida. Na verdade queria ser como eles, um escritor.
Depois vem a fome do corpo, tomo meu café se possível acompanhado de um bom chá. E vou para o trabalho e vivo o meu dia.
Aos fins de semana, não espero a presença das colunas, mas de uma boa companhia. Sim alguém com quem possa passar o dia de preguiça, tomar um café ralo, ir ao shoping comer um bom almoço e ver um filme e passar o dia todo numa boa, recuperando-me para a segunda...
A vida é feita destas pequenas coisas, mas nem sempre nos deparamos com essa doce rotina.
Conheço muitas pessoas que só pensam em trabalhar e ganhar posição e dinheiro e me falam que perco muito tempo lendo jornais e vivendo... Meu curriculum e as publicações não surgem. Sinto-me um vagabundo. Já me preocupei mais com isso e acabei me esquecendo da vida.
Hoje prefiro o sabor o prazer imediato das leituras, o sabor do chá e os fins de semana.
Minha amiga Ruth disse que tudo que é bem feito requer muito esforço.
Desisti de ser o maior botânico do mundo, embora continue comendo muito, para ser um simples mortal, ao menos sabendo o que ocorre ao meu redor.
Talvez seja feliz ou não.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Novo!

O tempo no Cerrado,
o tempo no planalto
é tão estralho.
O céu está sempre azul,
e a noite apenas o véu da luz
das estrelas cobre o céu.
Um frio quente e seco
toma conta do mundo.
Tudo é tão novo para mim.
Tenho medo do novo.
As vezes essas coisas me deixam assim
sorumbático...
Sabe lá o que nos seguirá,
mas quem sobreviveu
ao tempo
o que há de temer?
Tudo só pode passar ou ficar
é a sina da vida.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sempre

O silêncio toma conta de mim.
É noite em meu peito.

Não sei o que pensar e nem o que não pensar.
As frases são curtas em mim. Tão curtas
que não quero falar.
Não quero falar de nada.
Só me resta o silêncio.

A vida passa, passa sem parar.

A vida passa e rir da gente.
Não gosto do silêncio, pois ele me faz por fora
a máscara que muito me apeguei...

Tudo em mim doí, mas não é dor física
é dor na alma.
É dor que tira toda a calma.

Não queremos ver anoitecer...
A noite as vezes soa feito a morte...
sombria e distante...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Noite

A noite escura,
estrelas brilham no céu nu,
grilos cantam
e quebra o silêncio ensurdecedor da noite.

A noite respira o oculto
o medo toma conta do nosso peito.
Algo me falta
fala o silêncio da noite.

O silêncio da noite
mistura tudo
e do perto deixa tudo tão distante...

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh