quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tarde e chuva

A tarde chegou e já está partindo,
mas antes dela parti veio a chuva
que molhou as árvores, os arbustos
e as ervas. Molhou também as frutas,
os sanhaçus são exigentes
não comem manga molhada.
O chão do meu jardim
ficou todo assim,
amarelo com as pétalas
da acacia.
Depois a chuva partiu
e as árvores ficaram gotejando.
E eu não sei o que fiquei esperando.

Feriado

O que esperamos num dia santo?
Que o dia passe, que o tédio passe,
que a chuva não venha.
Não sei o que fazer,
não sei o que  não fazer,
por isso fico no limbo que é a internet,
nada tenho pra esperar,
só sei que o tempo passa!
Logo será natal...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Passagem

A tarde segue lentamente,
segue muito quente.
A manhã passou num
abrir e fechar de olhos,
os dias passam,
a vida passa
como o vento,
como o tempo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ondas

As ondas se quebram na praia.
As ondas vindas do oceano,
do azul oceano.
Espumam e quebram na praia.
A existência tudo proporciona.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Linha da vida

Desfia a linha da vida. Passo a passo chegamos a lugar algum.
Vamos cegos como gado em direção ao fim.
Ainda bem que não sabemos nem quando nem onde.
Sabemos que seguímos sempre nesta direção.
Então inventamos os sonhos,
as poesias, a arte e aprendemos a tentar viver
melhor cada dia que vivemos. As vezes cheios de
esperanças, as vezes desiludidos.
Nossos humores mudam como as mares.
E seguimos vida afora,
porque pensar na morte é morrer.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Caracol

E a noite nada ouço.
Tudo é silêncio.
Apenas as estrelas
piscam, vezes por outra
sopra o vento.
As vezes canta um grilo.
E na noite posso me ouvir.
E o que escuto
é só as batidas
do meu coração,
minha mente ecoa
o vazio
que cabe na concha
de um caracol.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A bromélia abandonada

Hoje adotei uma bromélia,
achei-a numa esquina,
estava até amarela,
parecia não ter seiva,
mesmo assim é tão bela.
Trouxe-a para o meu jardim,
e plantei-a bem em frente
a minha janela.
Ela ficou tão bela.
No fim da tarde
veio a chuva e a banhou.
Como uma mãe
banha seu filho.
Espero que agora
ela ganhe uma nova cor
e fique mais bela
que gado gordo.
Hoje não deu,
adotei uma bromélia.

Relógio louco

E o tempo passa devagar,
os ramos das árvores
balançam de lá pra cá.
O sol sorrateiro vai
passando junto,
mas o sol seria o tempo?
ou uma medida do tempo.
Seria muito engraçado
medir o tempo pelo vento,
pelo canto das aves.
Talvez menos rotineiro.
Talvez mais verdadeiro.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Amarela alamanda

A alamanda do meu jardim
está com uma flor amarela,
amarela acacia ou coisa assim,
gosto de flor amarela é tão bela.
Amarelo ovo,
amarelo queimado,
amarelo acácia,
amarelo alamanda,
a natureza quer amarelar
o mundo!

Quando o dia nasce

Quando  o dia nasce,
as aves e as flores nascem juntos.
As aves enchem de sons
e as flores de cores e odores.
Quando nasce o dia
nasce também uma poesia
que espera ser escrita
ou simplesmente dita.
Quando nasce o dia,
a luz rouba o escuro do meu quarto,
as aves o silêncio
e eu desperto feliz,
percebo que a vida passa por um triz.
então abro a janela,
tenho a paisagem sempre bela,
do sol e das árvores.
Sinto a vida solver
o ar da manhã.
Sinto-me beijado pela manhã,
sinto tanta coisa,
que esqueço do meu mundo.
Quando o dia nasce
sou pleno e feliz.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh