sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nascer

Nasce o dia. Anunciam sua chegada as aves que cantam sem parar. Demonstram uma alegria que quase chega a ser poesia. Aos poucos, penetram no quarto os raios solares e alumiam todo o meu átrio. Através da janela paisagem está tão seca. Algumas árvores estão floridas sibipirunas, guapuruvus e jasmins, no entanto as ervas estão quase estivando ou já morreram.Nasce mais um dia.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Noite

A noite silenciosa trança o destino do mundo,
oculta os malfazejos dos males feitos,
oferece oportunidade para realizar os desejos.
No jardim desabrochado perfuma o jasmim
a rua que nua, e clara pela luz elétrica fria,
as vezes até assobia para o vento.
Noite, extrema noite, última noite,
quem sabe o que revelará no amanhecer,
quem fechará os olhos e não mais abrirá?
Noite que tu apronta, que preparas para o amanhã?
Estou tão cansado que  nem posso imaginar.
Noite vem aqui me abraça
e me poe para dormir,
porque amanhã será outro dia,
e outra noite sucederá 

Meio dia


Meio dia,
O sol arde nas tuas
que nuas cozinham o asfalto,
Se não fossem as árvores,
se não fossem as árvores floridas,
que seria da vida agora.
Ao meio dia
caminhar pela rua,
sentindo a pele arder,
sentir o corpo suar.
Sim é meio dia,
se não fossem as árvores floridas
que seria de nossa primavera.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Primavera

Estou tocado, encantado com a tarde,
que passa silenciosa e quente,
quente como tarde de verão,
mas é primavera,
suave primavera,
de flores amarelas,
flores de caesalpinoideas,
passa lentamente,
mas passa essa tarde encantada....

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Brisa e canção da tarde

http://www.youtube.com/watch?v=0mYUMctFm60&feature=related


O tempo,
a tarde,
o vento...
a luz do sol,
as árvores a balançar,
aves a cantar,
a tarde passa,
carregando nos  ombros o tempo,
as vezes o vento sopra e refresca a tarde,
a luz do sol vai se diluindo,
as cores sumindo,
mais uma tarde se vai,
mais uma tarde minha passa,
uma preciosa tarde,
e o tempo,
o meu tempo de vida
encurta a cada momento,
como um sopro de vento,
como uma tarde
que arde no começo
e no fim é
dominada pela noite,
e isso é tudo

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uma resposta


http://www.youtube.com/watch?v=E2j-frfK-yg

Há algo em mim escuro,
indeterminado, parece que é
um vazio escuro e frio.
Que vezes vou visitar
este e neste lugar
dentro de mim.
Lugar que não sei o que é,
mas que existe em mim,
ele faz conexão
entre minha existência
e a minha inexistência.
Desperta questões.
Acho que muitas vezes
quero tocar no intocável,
quero rever o impossível,
sentir mais perto de Deus,
ou de quem partiu que tanto
amei.
Acho que vou em busca de uma resposta para a vida.
E todas as vezes que vou
a esse lugar eu fico triste, porque nunca encontro uma resposta,
ao contrário só encontro mais dúvidas.
Porque ir a esse lugar? Tão abstrato...
não sei, muitas vezes
minha mente vai só.
Acho que cada um de nós
tem esse lugar.
Quando penso que sou animal,
como qualquer animal,
que nada físico me faz especial,
então reflito, eu ouço uma
música, eu leio um livro,
eu contemplo uma imagem
e então tenho a certeza
que sim nós somos especiais,
nem maiores, nem menores,
mas especiais.
Especiais como as flores
que colorem o  mundo.
Como as aves que encantam o mundo
com seus sons.
Como o vento
e como a natureza.
Aprendemos a
usar a natureza em nosso benefício,
de certa forma acabamos exagerando.
Uma prova de nossa genialidade
é a imaginação de um lugar onde
só posso ir através da imaginação.
Então, eu volto a mim,
vou a esse lugar escuro,
sinto minha humanidade
e caminho mais na vida,
oras contentes, oras triste
o que é inevitável
é não seguir com o tempo,
pois se não seguirmos
seremos engolidos
em nossa inutilidade.

domingo, 25 de setembro de 2011

Ilusão



Sou quem sou.
Sou o que me fiz,
tudo que absorvi,
tudo que discerni,
tudo que escolhi.
Agora aqui estou,
preso aos meus objetivos,
preso ao meu mundo,
não creio que seja
uma prisão ruim
a que escolhi,
escolhi o meu trabalho,
escolhi o que queria aprender,
no entanto muito do que sou,
não foi por mim escolhido,
mas muito do que sou foi pelo mundo
pregado.
Sou quem sou,
e tudo que fiz me tornou assim,
atento a vida,
humano, as vezes doce,
as vezes ácido,
ou simplesmente as vezes
não sou.
As vezes penso como poderia
ser e não ser,
mas não fugo
a vida,
não sei como me fiz quem sou,
só vivi.
Escolho o que busco,
mas as vezes sou
preso ao meu querer,
pois ser não é fácil.
Preciso arrumar meu quarto,
preciso organizar meu ser,
não quero ser
um ser que existe
só por existir.
Talvez quando
entender a vida,
conheça
a felicidade plena,
talvez seja o fim,
mas pelo menos
que o seja,
que o viva mesmo
que seja ilusão.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Calma



Crescem sem pressa
as plantas no jardim.
A acacia ta quase nua,
suas vestes dão diferentes
tons ao chão do meu quintal
O sol abraça a acacia nua  no meio da rua
e invade minha janela,
que sena bela...
a sucupira com vergonha apaga
um pouco  o sol e fica amarela de flor
só pra ocultar essa sena.
Enquanto isso as plantas crescem
sem pressa
a oceocladis, dicorisandra...
crescem ao som das aves
pela manhã adentro

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

sibipiruna



E vi as flores espalhas pelo chão,
eram tão belas, tão amarelas,
tão perfumadas,
tão generosas
que enfeitavam e perfumavam,
a natureza
com elas se enchiam de beleza 
 me fez lembrar,
que a natureza é generosa,
é tão bondosa,
com a vida, 
com as flores 
nos ramos e no chão.
Dura muito não
ver as flores tão efêmeras,
me fez lembrar
quão curta é a vida,
e ver as flores,
sentir as cores...
viver é bão.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Essência



Com o tempo e a convivência ficamos tão parecidos uns com os outros que muitas vezes é difícil separar as ideias e os pensamentos ou melhor saber a quem pertence. Como num reflexo chegamos as mesmas conclusões, acabamos tendo as mesmas ideias e mesmos objetivos. Com o tempo nem percebemos, mas passamos a ser mais o outro que nós mesmos, nos parecemos com quem nos ama e é recíproco.
É como fazer uma boa comida que para que assim o seja tem que ser feita com bons sentimentos. Os ingredientes crus, sem parecem até sem graça e sabor, no entanto quando se junta tudo num só recipiente, se aquece, põe algo que uniformize o calor, e com o carinho e saber qual o ponto certo, eis que está feito uma delícia de comida.
Com o tempo vamos descobrindo mais sobre nós mesmo e geralmente é aquele(a) com quem convivemos que nos mostra o certo, de uma certa maneira estamos constantemente nos educando, aprendendo sempre mais sobre o outro e ao conhecer o outro aprendemos mais sobre nós mesmos. Vamos descobrindo nossa essência na relação. É essa relação que nos permite nos definir, e ainda faz com que suportemos as dificuldades que temos na vida.
Toda relação é uma construção uma aprendizagem, em que somamos. Tenho um amigo que sempre me dizia que uma relação só presta se for para somar. Ainda hoje concordo com ele, mas até que ponto uma relação vem a somar em nossa vida? Muitas vezes as relações sim somam muito na nossa vida, mas muitas vezes nos tira a liberdade. Se nos falta a liberdade de escolha. Se o respeito pelo outro é perdido, com certeza a relação está fadada ao fracasso. E o que sei eu sobre respeito. Creio que não sei muitas coisas,
se já fracassei tantas vezes em minhas relações, por não se dar ou perder o respeito. Acho que com o tempo que serei eu senão palavras de livros, um monte de trabalho, um mesquinho em meu mundinho.
Penso, sim penso nessas coisas. Vejo meus amigos de infância casados com filhos e seus problemas de vida. A mim, acho que não sou tão diferente, a diferença que não tenho os meus problemas, tenho os problemas de todos, porque não tenho minha própria família. Até quando evoluí? Não sei. Sei que com o tempo aprendemos e somos mais parecidos com quem amamos. E quem mais amamos sempre parte.
Um dia seremos nós, para nossa maior tristeza ou felicidade...

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh