segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Segredos do rio

Silencioso, misterioso é o rio,
em suas águas turvas sabe-se
o que o habita e o que conduz,
no movimento de vai e vem
de suas mares, nas ondas
ganhas pelo sopro do vento,
o rio cria e recria formas,
movimentos, sutis.
O rio silencioso e misterioso,
nunca se revela,
embora reflita o que está
em suas margens.
O rio não cessa
seu movimento,
nem na noite ou no dia,
nem sob lua ou sob o sol,
nem no calor e nem no frio,
pois para ser rio,
necessita de movimento,
de água, caso contrário,
não o seria,
O rio por mais transparente que seja,
carrega seus mistérios,
por que não se conhece,
as vezes é o vento que o doma,
as vezes é a chuva,
a natureza é que muitas vezes
o decifra, porque é sua mãe,
e as mães conhecem
profundamente suas crias,
embora algumas vezes
desconheça, mas sempre
sabe qual o curso que o rio
vai tomar.
O rio é silencioso, quando não
tem cachoeira,
mas em si é misterioso.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Outono

As rosas e as árvores
com seus frutos maduros,
começam a amadurecer
as folhas que aos poucos
perdem o verde e o viço,
e começam a se espalhar
pelas ruas e jardins.
O sol brilha intenso e
o vento que não para de
soprar oras esfria,
oras esquenta,
e os dias que eram
longos encurtam,
as bétulas espalham
suas sementes
a fora,
logo será outono...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Noite

Quando a noite cai silenciosa e fria,
sinto uma saudade, de tudo que vivi.
Quando a noite cai eu lembro
de tanta coisa, nao sao todas
as noites, mas a noite cai,
cai e passa.

Pensar

Cada dia que passa e cada momento é algo a menos em minha vida.
Tenho esse carma de ficar pensando nas coisas, quando poderia
está fazendo e pensando algo mais proveitoso.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Momentos

Sei que é impossível viver todos sonhos que tenho,
mas viver sem sonhar é impossível, é doloroso,
é seria triste como o trabalho de sisifu.
No entanto são tantos sonhos e tantas coisas
pequenas que me satisfazem.
Por momentos sinto-me feliz.
Os pequenos momentos de felicidade
que tenho se somados são superiores
aos momentos de dores.
São os momentos alegres
que me fazem esquecer dos
problemas, da dor e da morte.

Morte

Eis que da vida
se passa à morte,
no último suspiro,
os músculos
se contraem e distendem,
a carne ainda viva
recebe as últimas descargas
enviadas pelo cérebro,
agoniza o corpo,
e então tudo para,
o calor esfria,
e o que era vivo
já não o é,
o que tinha entendimento,
nada mais entende
a matéria inteligente,
se desfaz em
matéria morta,
só restam
feitos e fatos
nada mais.

Indisposição

Hoje, segunda-feira, quando acordei, não queria sair da cama. Queria ficar ali sob os cobertores, dormindo e sonhando, queria ficar imóvel, mas a realidade bate na mente e tive que levantar, tomar café e tomar um banho e seguir minha vida normal. Senti uma moleza no corpo e na mente, minha vontade era de não fazer nada. Olhei para o jardim e as cores não me animaram, abri a geladeira e a comida não me animou. Liguei a tv e não vi nada de interessante. Tomei um banho quente, escovei os dentes e nada. Hoje meu corpo está duro na queda, se me conheço isso pode durar dias. Estou indisposto e nada parece que vai me animar. Nem um chá quente vamos tentar.

domingo, 7 de agosto de 2011

Histórias

Na minha infância não tinha livros de histórias, poesias contos, nem uma bíblia em minha casa havia, sequer jornal. A unica forma de comunicação era oral. Não falo de muito tempo atrás falo dos anos 80. Então ou ouvíamos rádio ou conversas de adulto, ou conversávamos sobre nosso quotidiano. As pessoas conversavam bem mais, se reuniam mais. Era de constume ir casas dos outros, além de casa de parentes, ou iam para passear, passar o tempo, tomar um café, pegar uma janta ou um almoço,  para tomar emprestado alguma coisa café, açúcar, sal ou o que faltasse em casa, fazer ou pedir que alguém fizesse um serviço simples como concerto de roupas. A noite sempre meus pais iam para a casa dos vizinhos onde ouviamos muitas conversas, muitas histórias, as quais não me lembro mais de nenhuma, talvez por não ter a mínima graça. Então fui para a escola e lá pela primeira vez ouvi uma história sobre um rei muito arrogante. Foi uma das melhores coisas que ouvi até aquele momento. Demorei a aprender a ler, sim, muito tempo mesmo. Nunca vi em minha infância ninguém lendo, pois as letras para as pessoas de minha cidade era um peso, um fardo e ler um grande texto era muito enfadonho. Agora sei que as pessoas eram analfabetas funcionais, que são pessoas que sabem ler, mas não sabem interpretar. É muito triste porque perdemos muito com a falta de hábito de leitura. Enfim quando entrei na escola, aprendi a ler só no terceiro ano, e fui ler meu primeiro livro no décimo ano. A muito custo li o Cortiço, para um trabalho da escola, depois deserolei a ler a gostar de histórias. Hoje mais de uma década quero contar as histórias. Sei que minha infância não foi tão rica de letras, mas foi de vivência, nada que não possa ser superado.

sábado, 6 de agosto de 2011

Horizonte

Meu amor minha flor,
quando veres o mar,
e olhar para a linha
do horizonte e ve-la
distante, ah!  meu amor,
minha linda flor,
lembre-se que estou
la no horizonte,
estou esperando
por ti mesmo distante,

Estarei la
no azul do mar...

Londres

    Caminhar, calmamente, pelas ruas de Londres e muito muito interessante. Sentimos algo extremamente intenso, nao sei se sao as pessoas ou as construcoes. O fato e que por aquelas ruas antigas onde muitos fatos aconteceram e entraram para a historia, alimetam a imaginacao de quem por elas transita. Podemos perceber ou ver diversos detalhes nas fachas, nas janelas, nas portas, nas calcadas, nos muros, nos telhados. Percebomos ainda que as pessoas sao muito reservadas, alem do mais, acho que e mais facil encontrar  um indiano ou um japones por estas ruas que um ingles propriamente dito. Talvez seja porque eles ficam enclausurados em seus quartos escuros ou entre seus jardins observando o que acontece na rua. Nao sei por que, mas sensacao que temos e que estamos sendo espionado a todo instante.
    O tempo que na maioria das vezes esta nubaldo nao contribui com para torna-los expressivos. Acho que  talvez seja o habito de gostarem tanto de jardins que acabaram se assemelhando muito com as plantas em seu silencio.  No entanto as pessoas daqui sao muito bem humoradas, parecem rir de tudo e quando conversam usam muito os gestos que tornam muito mais engracado. No comeco acho que ria deles, mas agora estou aprendendo a rir com eles, nao sei se chegarei a tanto. O fato e que andar pelas ruas desta cidade e algo muito agradavel, sinto, realmente, que sao pessoas acolhedoras e generosas. Acho que sao muito timidos e muito  contidos em suas expressoes. Bem acho que o tempo e a sombra e o escuro das grandes construcoes silenciaram as geracoes que se sucederam. Talvez nao tenha entendido nada do que percebi. Quem sabe. 

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh