As paisagens ganham a um tom de cinza e se encantam. Toda a natureza repousa. Tudo ali cala.
Resta apenas o silêncio.
Para suportar algo é necessário o silêncio. Tem que fazer silêncio para suportar a falta de água, a excessiva luminosidade e o intenso calor.
Nada ali tem vigor, nada trabalha tudo está encantado no silêncio.
Vez por outra sopra o vento um ar quente feito boca de fornalha, mas logo a natureza o cala.
Os animais também silenciam e se encantam.
Nos campos vazios pedras soltas pelo chão e garranchos enfeitam os ambientes.
Os grandes serrotes de granitos ficam nus, muitas vezes ecoam o som do vento nos garranhos das árvores. muitas vezes nestes serrotes pode-se ver cardeiros candelabriformes e macambira são o que resta de tom verde, ambos armados da base ao ápice com afiados espinhos.
Pode-se ver ali ainda cipós de mucunã e pinhãos e umburanas perdendo suas finas cascas.
Tudo ali é silêncio nada fala, nada ecoa até que caia a chuva e a molesta da seca parta.