quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A rosa


A rosa desabrochou no jardim,
era uma rosa escarlate.
Tinha suas pétalas viçosas,
exalava um forte cheiro
de pureza que a beleza
se confundia entre forma
e essência.
Será a rosa uma deusa encantada?
Quem sabe.
Cada rosa tem seu valor,
sua cor, sua essência.
Gosto do cheiro de rosa,
da beleza contida na rosa.

Mas cultivar a rosa,
é preciso paciência,
tem toda uma ciência
vermelha difícil de aprender
a lidar.
Tem ter cuidado com
os acúleos, em saber
tratar de matar sua sede,
tem que entender de rosa,
senão, como vai ter sua rosa,
como vai cultivar a rosa
em seu jardim.

A chuva da tarde

O dia brilhava intensamente,
então passou o meio dia,
o sol ardia em calor,
mas a tarde logo esfriou,
gotas caiam das nuvens,
uma chuva se derramava
na terra, no asfalto, nos prédios
quente.
Gotejando a tarde logo ficou,
as folhas lacrimejavam a chuva,
e o sol se escondia nas nuvens,
Assim partia a tarde cinzenta,
de nuvens massenta,
assim foi mais uma tarde.

Inverno

O sol fica preguiçoso no inverno,
ver as nuvens macias de algodão,
e a todo instante se relcina,
sobre as nuvens e cochila,
se apaga. O sol esse preguiçoso,
passa moleza pra gente,
e o frio da chuva,
cai como luva,
e nos deixa preguiçosos,
gulosos.
A culpa de tudo é do inverno,
que acaba com inferno
do calor, da sede
e trás a vida,
doce água,
destilada água.

Calma

Os dias são brancos,
os dias são longos,
miro no meu horizonte
que é tão curto,
miro então o céu
e um véu não me
permitem ver o
azul.
Olho para dentro
de mim,
vejo um poço
sem fundo,
abrigo dentro de mim
um grande vazio,
sinto intenso frio
no estômago,
na alma...
Onde está o eco de deus?

Não ouco ressoar em minha alma,
as vezes perco a calma.

Olho novamente para o horizonte,
olho para o céu
vejo céu azul,
mas tudo que vejo
é uma paisagem
sem profundidade
o véu passou,
agora vejo o azul.

Minha alma quer calma.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cronos

Não há tempo
pra pensar,
não há tempo
pra amar,
não há tempo,
pra viver.
Só há tempo
pra envelhecer.

Fisis

Que venha o vento,
suave como a brisa,
e leve o calor, refresque a alma,
que me traga um pouco de calma.
Já caiu a noite,
sob a chuva da tarde,
o sol desapareceu,
longe daqui,
a lua nasceu no céu tão azul,
e limpo, mas aqui
só vemos nuvens bravas,
querendo se derramar,
o solo encharcar,
Chuvas e mais chuvas,
molham a terra,
e as plantas que agradencem,
estão tão viçosas,
cada vez mais vigorosas,
desabrocham perfumadas,
e permanecem abertas,
enquanto tem luz do sol,
outras se escondem da luz
só desabrocham e se perfumam
a noite...
Vá entender a natureza,
Vá entender a vida...
O mundo é um só,
mas são tantas vidas,
só uma noite,
só um dia,
Numa sincronia,
onde tudo está em todo lugar,
tudo é harmonia.

Murraya


As ruas de Ribeirão Preto,
estão perfumadas de brancas flores,
flores de Murrayra paniculata,
essa linda Rutácea,
por onde se passa,
percebe a graça,
dessa linda flor,
com seu sedoso odor.
Cachos brancos como a neve,
com um ponto verde de esperança,
das flores de Murraya,
que dão um branco
as ruas quentes de Ribeirão Preto,
Tratadas, podadas, bem cuidadas,
floridas e perfumadas estão as murrayas,
desse lugar quente que nem sertão.
Quando chega a tarde,
que o calor arde,
quase a rachar,
se cai uma chuva,
sorriem as murrayas brancas flores, doces odores...
Logo irão as flores e as chuvas
de Ribeirão, então as aves
saborearão vermelhos frutos de Murraya.
Quando era pequeno,
minha vizinha tinha,
um pé de Murraya,
na casa da mãe dela tinha outro pé,
mas não sabia que se chamava Murraya,
Agora sei que são murrayas de Ribeirão Preto,
de flores brancas, como flores de laranjeiras,
são parentes, pertencem a mesma família...
Que bonito as ruas cheias de murrayas,
bem em frente uma república em frente ao Aulos restaurante,
próximo a unicamp
tem uma república que é só
Flores de Murraya...

Ser

As vezes me pego pensando no vazio da vida. É quando me sinto enfadado, cansado de ver todos os dias as mesmas coisas, nada parece diferente. Sinto minha mente cansada. As vezes tenho necessidade de pensar nestas coisas e nada me deixa feliz por um instante. Quando penso na vida, nas coisas que tenho que fazer sinto um cansaço. Será que estou cansado de viver? Sinto um calor ardente, um sono intenso. Acho que isso são sintomas de stress. Não sei, mas quando reflito sobre o sofrimento da vida, acredito em tal coisa. Essa ictirícia da vida. E me pego caminhando, divagando nas minhas ideias oras vazias, oras plena, completa. Bem que podia ir a uma igreja ou a um psicólogo, mas fico me debatendo feito poeta, resgatando nos instantes mais comuns um motivo para viver. Estou cansado desta dialética capitalista, de pensar sempre no melhor, no máximo. Acho que tudo isso não passa de ilusão. É uma ilusão que o material tende a confirmar. Acabamos nos viciando em ter e nos tornamos dependentes das facilidades que podemos adquirir por meio de nosso trabalho, nossos esforços. As vezes nos esforçamos tanto pra nada. Tentando simplesmente driblar a morte, mas não conseguimos. Simplesmente fazemos isso para suportar o peso da vida. Sinto um calor, uma pressão na mente, um sono. Seguir em frente sem pensar, pois se parar para pensar acabei materializando tudo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Medos

Os dias que passam,
passam chuvosos,
me deixam ansiosos,
cada dia, vem como poesia,
oras trazem alegria,
oras trazem tristeza,
os dias que passam,
levam um pouco de mim,
trazem algo de bom ou algo de ruim,
e a vida passa assim,
ora fagueira,
ora agitada, mas nunca deixa de passar,

as vezes paro para contemplar
a beleza de uma flor,
a beleza de um por do sol,
ou simplesmente ficar ouvindo
a chuva cair,
gosto de ver o sol sorrir,
seus primeiros raios refletir.

As vezes paro para pensar,
o que há de bom na vida,
encontro só recordações,
breves imaginações,
como alucinações...

As vezes sentimos que perdemos
o motivo de viver,
nada vale a pena,
Mas viver é algo indescritível,
viver é existir, é ser
e sendo posso avaliar
cada momento,
dizer o que acho de bom,
o que acho de ruim,
mas só assim posso justificar
minha existência,
tenho poder de julgar.

E nada me faltará.

Flor do campo

Linda flor amarela
que nasce no campo,
sua cor é tão bela,
que me enche de encanto.

Linda flor singela,
se inclinas para o sol,
e dança com o vento,
minha bela flor,

te encontrei no inverno,
estavas a sorrir,
acenou para mim,
e segui sua cor,

linda flor do campo,
me causa espanto,
a teu meigo jeito de ser,
tua simplicidade,
tua felicidade,

a dançar com o vento,
no meio do campo,
sem nenhum canto,

danças com o vento,
sorri para o sol,
e flerta meus olhos,
beijando minha alma.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh