sábado, 13 de novembro de 2010

O gozo

Um dia Maria,
sentado no banheiro,
descobri na insistência,
o gozo, ai que gozo!!!
nem precisei pensar,
foi tão intenso,
que intenso, prazer.
Não sabia que seria,
que a partir daquele dia,
a vida deixar de ser poesia,
a partir daquele gozo,
minha vida naufragaria,
em busca do desejo perfeito,
busca de quem o conseguiria,
o primeiro gozo nunca se esquece,
porque se quer esquecer,
por ser feio, obsceno,
foi perdendo a intensidade,
foi vindo a verdade,
precisava daquele gozo,
descobri na mulher o desejo,
descobri no beijo,
uma forma de gozar,
eu queria, novamente,
e novamente, amar.
que ironia
a partir daquele dia,
descobri um novo sentido de viver,
queria mesmo era --der,
fiquei viciado.
Mas fui levado,
a viver aprisionado,
em busca do desejo,
em busca do beijo.
Não sabia a natureza,
preparava, uma maneira de me eternizar,
de jamais acabar,
a vida...
vida por que descobri o gozo,
por que descobri o gozar,
por que me faz largar,
minha infância?

Descobri no gozo a dor,
descobri no gozo a prisão,
de se dar em uma relação,
só me resta a subordinação.

Umburana

Uma semente trazida pelo vento caiu em meu jardim. Encontrou solo fértil, umido e fresco. Germinou bem ali. Não vi quando nasceu, porém aos poucos foi crescendo e aparecendo. Um dia acordei, não fui para o trabalho, não fui para o computador. Sai para contemplar a natureza, ver a natureza viçosa. E percebi que um novo ser viver bem aqui. Contemplei-a bela planta exclamei!
Ela sorriu pra mim. Voltei pra vida, liguei o computador e segui a vida. Nunca mais a vi, mesmo estando ali. Um dia então sonhei que tinha uma nova planta em meu jardim. Foi um sonho lindo, uma umburana em meu jardim! Senti que algo gostoso entrava pelas frestas de minha janela.
Abri a janela era ela desabrochando suas primeiras flores. Acordei do sono.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Taipa

Essa casa de taipa, tão bonita, tão simples.
O telhado desalinhado, velho e preto,
As paredes de barro, barrigudos, estriados,
o chão batido, aguado, varrido.

Forquilhas de madeira,
sustentam a cumieiria,
salas, quartos e cozinha,
tão modestas e pequenininha.

No pé do fogão,
dorme a galinha poedeira,
na combuca dorme o periquito e o sal.

um tripé de maniçoba,
sustenta o alguidar de leite,
na casa de taipa,
as pessoas tem ideias rústicas,
são sabias por natureza,
pois veem a beleza,
em viver, para além das paredes.

Desespero

Ultimamente tenho medo do tempo,
fico paranóico, sem pensamento.
O tempo me consome, não mata minha fome,
de existir, de exprimir.

Não ultimamente está difícil,
tenho os nervos a flor da pele,
tudo me irrita, tudo me excita,
sintomas do medo do tempo.

Acho que vou tomar algum prozac,
acho que vou ler Balzac,
não sei, o tempo está me enchendo de dúvidas.

Não posso correr, sei que vou morrer,
consumindo o tempo, como cachaça,
consumindo meu medo, entregando minha alma ao diabo.

O vazio

Vazio

Está tudo vazio,
quarto vazio,
peito vazio,
aperta a solidão.
O escuro da noite,
traz um vácuo no meu ser,
extremo vazio.
Solidão?
Medo?
Não quero ouvir uma música,
pois me sinto só,
a música me trará lembranças,
não as quero agora.
Quero sentir o ruido do vazio.
Quero falar com o vazio,
com o silêncio.
Será que quer me dizer algo, este silêncio?
Quem sabe, não senti, ainda.
Só sinto o vazio,
sinto frio,
frio da noite,
sem estrelas,
sem luz,
o vento fala algo,
mas não quero conversar.
vou tocar no vazio,
da casa,
da mente,
do coração.

Cada um.

Cada um com seu cada um.
uns gostam de amar,
outros adoram viajar,
a maioria precisa trabalhar.

Um diz que quer amar,
mas só sabe viajar,
outro diz que quer viajar,
mas só sabe amar.
Alguém tem que trabalhar.

uns discutem quem deve viajar,
quem deve amar,
a maioria é mandada para trabalhar.

Queremos ser juízes de quem deve amar, viajar e trabalhar.
Eis os formadores de opiniões,
que se fazem grandalhões,
pois só sabem discursar,
bobas tramas inventar.

O que é o amor?
O que é o conhecimento?
Todos sabem que tem que trabalhar,
alguém tem que trabalhar,
para os vigaristas viajar,

com desculpa de progresso,
do melhor bem está.

Cuidado com os formadores de opinião,
formadores de conceito,
pois arrancam-lhes os do peito,
e teu coração, com a própria mão.

Gênios

Quanto brilho emana de uma mente humana?
Einstein um dos maiores gênios humano era simples, contemplava a música, a natureza e o universo. Nasceu e cresceu como qualquer ser humano, teve dificuldades como qualquer ser humano, se preocupou com a estabilidade, quis um emprego, consegui, construir uma teoria tão importante que surpreendeu o mundo. Com sua simplicidade conseguiu ser conhecido por todo o mundo. Tocando seu violino, viajou onde jamais um ser humano conseguiu chegar, conseguiu se imortalizar, com o brilho de suas ideias. Não somos gênios como Einstein, mas como cada um que ler, que pensa, que acredita, pois somos peculiares e unicos. Quem sabe se nos desapegarmos muito dos nossos desejos, se sonhamos mais, não venhamos a brilhar, imortalizar-mos para além da sepultura, das nossas futuras gerações. Vivemos no mesmo mundo que viveram homens que conseguiram construir um mundo melhor, Sócrates, Galileu, Darwin, Bach, Machiavel, Hoobes, Ford, Nietzsche dentre outros. Sim eles viveram com todas as dificuldades de humanos o que nos separou foi apenas o tempo e o espaço, no entanto suas obras estão disponíveis para todos e quem dispor a fazer uma leitura, certamente será capaz de compreender melhor o mundo. Talvez se tivermos sede de compreender o mundo, tentar fazer algo pra torná-lo melhor, talvez assim teremos maior quantidade de gênios e quiçá um mundo melhor.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A água

Água fonte de vida,
que lava a pele,
que alimenta a alma,
que sacia a sede do corpo.

Água que ao se condensar,
debruça-se sobre a natureza,
clareia as paisagens.

Água que segue o leito dos rios,
que desce ralo abaixo,
e leva nossas sujeiras,
mas não lava a alma.

dar vigor, ameniza o calor,
sana a dor.

Água divina fonte de vida.

Não laves tua calçada,
salve a vida,
varra seus problemas,
pois a água é rara pra ser desprezada.

feche as torneiras,
enxugue as lágrimas,
muita dor não merece saudade.

lave a pele, baba a água,
siga a vida, onde o curso der,
quem sabe um dia,
sintas falta,
da calma, da alma.


Brasas

Sob o céu embrasado,
brilha no horizonte
o sol, brilho jorra em fonte,
um brilho finado,
de despedida, atrasado.
se entrega pra noite,
e apaga o dia,
até a poesia,
se recata.

Cerrado

No céu encarnado,
o sol se põe,
no solo enrubrado,
suave poeria expõe...

ah que horizonte,
sem sequer um monte,
que ares secos,
no fim da tarde,
o sol ja não arde,
e deita o sol,
se entrega a noite,
sem vento ou açoite.
na calma do cerrado,
a natureza se encerra.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh