Um dia Maria,
sentado no banheiro,
descobri na insistência,
o gozo, ai que gozo!!!
nem precisei pensar,
foi tão intenso,
que intenso, prazer.
Não sabia que seria,
que a partir daquele dia,
a vida deixar de ser poesia,
a partir daquele gozo,
minha vida naufragaria,
em busca do desejo perfeito,
busca de quem o conseguiria,
o primeiro gozo nunca se esquece,
porque se quer esquecer,
por ser feio, obsceno,
foi perdendo a intensidade,
foi vindo a verdade,
precisava daquele gozo,
descobri na mulher o desejo,
descobri no beijo,
uma forma de gozar,
eu queria, novamente,
e novamente, amar.
que ironia
a partir daquele dia,
descobri um novo sentido de viver,
queria mesmo era --der,
fiquei viciado.
Mas fui levado,
a viver aprisionado,
em busca do desejo,
em busca do beijo.
Não sabia a natureza,
preparava, uma maneira de me eternizar,
de jamais acabar,
a vida...
vida por que descobri o gozo,
por que descobri o gozar,
por que me faz largar,
minha infância?
Descobri no gozo a dor,
descobri no gozo a prisão,
de se dar em uma relação,
só me resta a subordinação.