terça-feira, 19 de outubro de 2010

Flores da vovó

Saborear

Quando era pequeno, a coisa que mais gostava na casa de minha avô Chiquinha, sem dúvida alguma, era o jardim de sua casa. No jardim tinha um pequeno pomar. Tinha também muitas carnaubeiras, acho uma planta linda. Aquela casa era muito grande, branca, Tinha quatro portas, o normal pra mim, era ter dias, tinha duas a mais; as telhas eram velhas e as linhas tinha cupim, tinha medo, achava inseguro aquilo. Era uma casa tipicamente portuguesa, paredes largas, portas enormes pintadas de azul. A frente ficava para o sul, a cozinha pro norte, no poente tinha uma varanda, que tinha um peituri muito legal, bem menor que o peituri de minha casa, eu me sentia grande ali, gostava dessa sensação de me sentir grande, a varanda era divida parte num peituri e parte num tanque grande. O chão era ensimentado, com uns ornamentos em forma geométrica, não tinha isso em minha casa, tudo que não tinha em minha casa me era estranho. Na sala de entrada, tinham cadeiras de balanço, várias, eu adorava essas cadeiras porque além de dar para balançar ainda eram confortáveis. Tinha uma foto de papai quando ainda era muito moço, sim aquela com um homem diferente pra mim. Papai tirara em São Paulo, nessa foto papai estava de bigode, nunca vi papai de bigode senão naquela moldura. E fotos do casal de avós, tinha também muitas fotos de santos. Na sala tinha um quarto onde guardava coisas de valor, na ante sala tinha um oratório, adorava ver aquele oratório, pintado de azul, enfeitado com umas fitas vermelhas. Dentro do oratório tinha imagens de São Francisco ou santo Antônio, não lembro direito, mas gostava do fato de poder abri-lo. Tinha uma mesa que ninguém nunca usava, era engraçado ter uma janela de que abria na sala de entrada. E uma cristaleira com a foto de minha prima Cristiane que morava em Brasília, adorava ver aquela foto. As cristaleiras eram objetos importantes, onde guadava a loça que só era usada em datas muito especiais. Tinha uma sala onde ficava o fogão a gás e a pratileira com vasilhas de alumínio, tinha que ter um tripé, que também abrigava vasilhas de alumínio, na vasilha de cima, as vezes guardava-se doces. E finalmente a cozinha com um fogão a lenha, pintado com tinta xadrez. No caso do fogão da casa da vovó era enorme, tinha uma gaiola com um golinha muito cantador. Eu queria uma ave como aquela, cantadeira. Gostava do café que ela sempre fazia, era sempre acompanhado por bolacha seca, adorava bolacha seca. Tinha um girau na cozinha e uma esteira. Na cozinha de vó não tinha mesa a comida era colocada sobre uma esteira feita de palha de carnaúba. No almoço punha o feijão com caldo, depois que tomava o caldo, colocava a farinha e mexia com o feijão. Em seguida vinha o arroz e um naco de carne. A sobremesa era rapadura ou doce. Os almoços na casa da vô eram sempre mais cedo. Na casa da vovô o benheiro era de palha de coqueiro, não tinha banheiro de alvenaria. ficava do lado do quintal. Quando chegava gostava de ver um per de pimenta no terreiro da cozinha. Além disso tinha uma horta sem faxina, achava estranho, pois lá em casa se tivesse uma horta sem faxina as galinhas comiam todo o coentro e a alface. Lá não acontecia isso, pois a horta era alta. Fransquim quem colocava água pra regar a horta, as vezes era Francisco. Junto da horta tinha um pé de romã, sempre queria comer uma romã, mas parece que elas nunca amadureciam. Nos terreiros de vovó tinha plantas de cheiro, como boldo e endro, erva doce para quem não conhece, gostava de mascar as folhas de endro, eram docinhas. Vovó tinha uma roseira branca. Nunca esqueci, um dia em que estava na casa dela e umas crianças vieram pedir umas rosas pra enfeitar um anjo, não sabia o que era anjo, eram crianças que morriam. Foi triste descobrir isso. Mas a casa de vovô era doce, tinha uma baixa de cana e vários pés de laranja. Quando era pequeno adorava a casa da vovó, as plantas que tinham lá eram mágica, pois eram doces e não tinham na minha casa.

Amanhecer

Amanhece, paulatinamente o sol vem vindo, aquele friozinho gelado implora pra não sairmos da cama, mas as aves convidativas, os sabiás, roxinós, doidelas, bentivis e muitos outros nos convidam pra ver o sol nascer. Quando abrimos a porta, já vemos aurora no nascente, a luz vai se espalhando pelo mundo, recolhendo o frio. Vem a minha mente as manhãs em minha casa. Manhãs ao som da passarada, do canto do galo, guiné, do relincho do jegue, mugido do gado. A manhã radiante nascia e continua nascer em qualquer lugar. A manhã é bela, elegante e cativante.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Olhar

Imagem,
aprisionas meu olhar,
traz-me a reflexão,
imagem do olhar,
quantas faces a me encarar,
faces em capas de livros,
Encaram-me Gogh, São Francisco de Assis e uma Índia.
O olhar de Assis é triste,
de Gogh indiferente,
da Índia calmo.

No fim da noite,
na noite fria,
não estou só,
eles me olham,
me chamam para conversar,
mas tenho que descançar.

boa noite queridos

discussão.

Hoje fomos almoçar como sempre, nunca depois das onze e meia. Fomos eu, o padre, João, Suzana e Marcela. Nada muito diferente do corriqueiro mesma comida, mesmos funcionários, mas a conversa era outra. Estávamos discutindo política, não era uma discussão pois todos concordamos em votar no 13. Falamos de nossos medos caso o 45 vote. Partido 45 com uma política de vender o estado, fazer o possível para encher os cofres públicos de dinheiro. Temos muitos exemplos aqui no estado de São Paulo mesmo quando era governador o que o 45 fez. Primeiro pra nós que somos universitário e prezamos pela autonomia da universidade, vimos a polícia militar invadir o campos da Usp abrindo bomba de efeito moral. Depois podemos constatar ao sair da capital que para onde pense em ir, ser obrigado a pagar pedágio a três por quatro. A quantidade de livros que foi jogada no lixo por desatenção para com a educação neste estado. A escola pública neste estado é uma das piores do país. Desvio de dinheiro do Rodoanel para caixa 2 da campanha. Isso é só o que se sabe, visto que o rio de dinheiro da campanha é subterrâneo. Saímos do RU conscientes que temos que eleger o 13. Apesar destes candidatos serem tão ruins. Apesar da corrupção. Vamos lá

Colheita


No fim do inverno que no nordeste é o fim do período de chuvas, se havia chovido bastante, era época da colheita. Sempre ajudava meu pai neste serviço que começava com a cata do feijão e terminava com a quebra do milho. A colheita de feijão se distribuía por um período longo. As vezes colhiamos vagens ainda maduras. Dava um trabalho ir ao roçado colher o feijão quando chegava em casa catar as vagens maduras, depois por pra secar e por fim depois que as vagens estavam bem secas eram armazenadas na sala da casa velha, era muito bom ver aquela sala lotada de vagem e quando acabava a colheita, marcava-se o dia da debulha. Geralmente um fim de semana. Convidava a vizinhança. Era meio que uma troca, pois no dia que as pessoas que vinham ajudar iam fazer a debulha deles, nos iamos ajudá-los também. Nesse dia pai comprava uma cachaça, mãe preparava algo pra comer. E em pouco tempo todas as vagens eram só palha e grãos. Já a colheita do milho era menos trabalhosa, depois que o mato secava, dobravamos as plantas de milho pra não perder a palha, ração para o gado, e quando as chuvas acabavam, quebravamos as espigas, faziamos montes e depois, as vezes pai tomava emprestado mais caçoas e algum animal do vizinho pra carregar tudo pra casa. Fazia aquelas rumas lindas de milho no terreiro da frente. Seguia o mesmo ritual. Gostava do cheiro da palha do milho. Nos armazenavam-na pra alimentar o gado no verão. Era uma festa. Essa época era sempre cheias de boas lembranças. Saber quantos alqueires fora colhido. Quem colhera mais. Papai sempre colhia muito legume. Dava pra alimentar nos de casa e os animais. Vida rústica mais boa.

domingo, 17 de outubro de 2010

O sanfoneiro

A sanfona

Luiz de Mundinho era um dos maiores homens de Serrinha do Canto, acho que tinha 1,90 m, era filho de mundinho. Epiléptico, gostava de tomar cana. Neto de Chicadofo um dos velhos que viveu mais em nossa comunidade. Bem Luis tinha um pé muito grande coitado pra calçar uma sandália tinha que fazer encomenda, Tyo-tyo e havaianas eram pequenas. Um homenzarão com uma voz cansada. Gente boa as vezes papai chamava ele pra trabalhar na roça, alugava o dia. Um cara grande, mas comia pouco engraçado, bom na enxada. Seu Mundinho uma vez comprou uma égua e era hilário ver aquele ganzelão montado numa égua em caminho do açude do Alívio. O maior amor do Luiz era tocar sanfona. Ele tinha uma sanfona. E a noite quando estava cansado da lida. Sentava em frente a casa de Seu Chicadofo avó e começava a tirar um som. Tirava aquele som de forró pé de serra. Era conhecido a fama de seu Mundinho quando morava na morada nova, um grande dançador. E ele tocava até chegar a noite umas nove horas. E se Recolhia. Certo dia estavamos na casa de Dezu, ouvimos o som da sanfona fomos ver o Luiz tocar. Coitado era epiléptico e teve uma crise foi triste ele cair do tamborete com a sanfona. Se tinha um feriado comprava um burrinho de cana e tocava. A música que ele mais tocava era galeguim dos oi azul. Ele dizia que tinha criado uma música "mentira cabeluda", não sei se era verdade. Bem pai as vezes passava lá e pedia pra ele cantar barriga de aluguel, ele cantava com muito gosto. Engraçado ele cantava quando acabava a música enchia o peito de ar, muito sério, não podia rir, pois ele já achava que estavam de chacota com ele. Durante muito tempo foi viciado. Dizem que ele largou do vício e se tornou protestante. Era triste ver ele certas vezes bebado. Acho que deixou a vida numa dessas caiu e bateu a cabeça. Sem dúvida foi um dos primeiros artistas que conheci. Que vive nas memórias de infância. Pessoa pacata de bem não ofende ninguém, além da comida que comia.

Esperança

As vezes não vejo motivos pra viver,
as vezes acho a vida injusta,
as vezes lutamos tanto e a morte nos vence,
ela sempre nos vencerá,
as vezes a vida dar muito brilho a algumas pessoas,
enquanto que a outras é só tristeza.

Como suportar a vida,
como suportar a vida se poucas vezes ela nos sorri,

Sorrio para a vida,
porque ela permite que eu seja,
e sendo, neste momento que sou,
eu estou vencendo na vida,
estou sorrindo dela.
As vezes ela me trás cada desespero.

Mas acordo feliz,
porque a vida sorri pra mim,
quando antes do sol nascer me acorda o sabiá,
quando passo num jardim e uma rosa sorri pra mim,
paro contemplo e retribuo com um sorriso.

As vezes ela sorri,
quando alguém com febre de viver, em toda sua necessidade sorri,
aperta minha mão e diz graças a Deus.
E me mostra o que é fé.

Assim é a vida,
assim sou eu.

Morte

Tiveram muitas coisas que marcaram minha vida, coisas boas e coisas ruins. Conheci a morte, quando era morto, conheci um corpo morto. Este cheirava a jasmim ou a rosa, leite de rosa, um desodorante barato, rosas de graça. Lembro ainda quando vi pela primeira vez um caixão, cheirava a jasmim ou perfume alma de flor. Não foi uma boa sensação pois conheci o choro da dor. Meu corpo estremeceu quando vi meu pai chorar, Raimunda era a mulher de meu tio Raimundo Souza. Vi pela primeira vez meus pais chorarem. Vi um corpo imóvel e frio sobre um caixão geométrico de pano. Desde aquele dia passei a ter medo de jasmim. Medo da morte que desconhecia. Algumas vezes a tarde saia correndo com medo de pensar na morte de meus pais. A morte eu desconhecia, mas sabia que era o fim. Tomei um medo do jasmim. Geralmente quando ia brincar e se visse um pé de jasmim, corria com medo. Medo da morte, pois a morte cheirava a jasmim. Minha tia Margarida morreu de câncer sei lá de quê não a conheci, só conheci meu primo filho dela que meus avós criaram. Ainda lembro que via meu pai fazendo a barba, ainda era pequeno. Via ele fazendo e sabia onde ele colocava o aparelho e as giletes, certo dia mamãe estava dormindo como não tinha barba, resolvi fazer o cabelo, não sei o que fiz só sei que pelei parte da cabeça. A noite fomos visitar minha tia Raimunda que estava doente de câncer de mama, lembro que ela estava num quarto escuro, lembro da chama da lamparina. Falando com minha mãe como tinha acontecido aquilo. Ela faleceu, não tenho lembranças dela viva, só do zumbido dela. Depois que ela morreu fomos lá na casa dela acho que Zé Maria seu filho ainda morava lá. Me era indiferente, pois acho que fiquei em casa. Foi fiquei lá na casa de Eliene, mamãe comprou uma garrafa de guaraná pra poder ficar lá. Talvez isso seja uma construção de minha mente, mas pode ser verdade. Lembro quando meu primeiro avó faleceu. Foi em 1988, meu já estava na escola. A professora Livani quem me falou, ou ouvi ela falando com alguém. Lembro que vi papai chegando em casa de taxi, um chevette amarelo, ele chegou chorando, abraçou minha mãe pegou umas roupas e foi pra maternidade ou pra casa de minha avó. Acho que nesta noite dormimos na casa de minha prima Neuza. No dia seguinte foi com bolinha na moto nova dele. Vi aquele carro de carregar difuntos. Vi meu avó frio sobre o cachão com quatro velas acesas. E o carro de carregar defuntos no terreiro. Foi do doado pelo prefeito Manuel Barreto de Medeiros. Bem o caixão de meu avó muito pobre era de pano, começçou até a rasgar quando estava na igreja. Foi uma tristeza, uma dor tão grande, vi meu tio Aldo chorando, todo mundo chorando. Depois daquele enterro, foi a muitos enterros e vi muitos mortos, mas não fui mais a nenhum enterro de meus outros avós. Vô Zé morreu em dia 3 de janeiro de 1993, vô Chiquinha em outubro de 1995, poucos dias depois da morte de Jailton. Lembro que era um sábado tinha colocado água a tarde, o que estranhei foi que a tarde quando colocava água uma galinha se apuleirou, achei esquisito comentei com mamãe. Era mau presságio pra nós galo cantar a noite. Bem lembro que estavamos dormindo quando Fransquim veio chorando lá em casa, no carro de Luizão bateu na porta a noite chorando e falou De Assis mãe foi pra maternindade, não resistiu e morreu. Mãe respondeu não diga e começou a chorar, me chamou pra ir com ela e eu não fui. Eu fui um fraco não fui. Pai estava em São Paulo e não pode ir ao velório. Vô era muito religiosa, depois que vô morreu ela chorava todas as vezes que iamos pra lá. Dizia que nunca se acostumava com a perda. Ela se enterrou com uma mortalha de São Francisco. Ela mesmo fez o cordão da mortalha. Vô Zé não sofreu adoeceu a tarde e faleceu na madrugada, lembro que vi meu primo passando na moto de Tio Jussieu, não tive coragem de ver mamãe chorando. Não fui ao velório. E quando vô Sinhá morreu eu não estava lá, já estava aqui.
Sei que essa história é muito triste, talvez nem tenha chegado aqui. Mas a vida é assim tem seu lado alegre e seu lado triste. A terra consumirá todos nós.

Manhãs de domingo

Manhã de domingo

Quando era criança os domingos tinham sempre um maravilhoso sabor de bolo. Não sei porque, mais os domingos era para mim o melhor dia da semana. Geralmente minhas irmãs e minha mãe dormiam um pouquinho a mais. Já eu queria mesmo era acordar mais cedo pra ver a missa, engraçado gostava da missa, mas a parte que mais me interessava era a liturgia, leituras da palavra, se perdesse a liturgia a missa perdia o sentido não me interessava muito a homilia, hora de preparação da óstia, gostada de ouvir a oratória do padre e adorava quando no final da missa o bispo fazia um discurso moral. É isso, foi ai que aprendi a gostar de filosofia, foram as lições de moral que me levaram a gostar de filosofia. Depois vinha o globo rural que me deixava maravilhado, morei no sítio até os vinte anos, e a parte de biologia no globo rural me encantava, mas antes que terminasse, bem mamãe já tinha voltado do curral com o leite. Engraçado que lá em casa papai nunca aprendeu a tirar leite, nem eu, meu irmão começou a tirar, mas antes que aperfeiçoasse na arte foi embora pra São Paulo. Mamãe punha o balde de leite sobre a mesa e já gritava pra todo mundo acordar, eu já estava vendo televisão. Mamãe era de lua dias estava uma seda, dias uma fera, preferia quando ela estava uma seda, vai saber o que modifica nosso humor.
Então ela chamava par ao café, não gostava muito se interromper o que estava assistindo, mas as vezes era preciso a grito ia pra mesa, se estivesse passando a missa ela não reclamava, mas se fosse o globo rural, tinha que ir tomar o café. Gostava dos sermões do Don Eulder porque tinha de fundo música clássica, agora sei que ouvia Bach, ás vezes mamãe implicava até em eu ver esse discurso, mamãe não entendia muito bem filosofia da moral, nem eu mas aprendi a gostar. Tinha muita fé em Deus, achava que a vida era como receita de bolo se seguisse direitinho os passos seria uma vida deliciosa e perfeita. Era muito católico e toda minha família. Bem o fato era que nas manhã de domingo tinha sempre um bolo é sim, algo diferente e delicioso. Amava bolos, aquele bolo que mamãe ou as meninas faziam era mágico, um bolos simples de ovo, mas que fazia a diferença, pois na semana comiamos sempre tapioca ou cuscus, depois passamos a consumir bolacha ou pão, mas aqueles bolos eram sempre a melhor coisa do domingo. Quando sentávamos a mesa mamãe partia o bolo e dividia entre nós, cada um comia uma bela fatia se sobrasse eu comia mais de uma acompanhado de café com leite. Adorava essa mistura encorpada meio a meio. Gostava do cheiro, da cor e do sabor do café com leite. Depois de saciado não tinha muita coisa a fazer já que tinha feito as obrigações no dia anterior. As vezes voltava a ver televisão. As vezes mamãe me levava pra passear com ela, gostava de minha companhia. Nós iamos para a casa de meus avós maternos ou paternos ou ficava em casa era uma coisa incerta. Achava engraçado quando iamos para a casa de vovô Chiquinha e encontrávamos papai lá era bom ver papai lá também, desses passeios de infância lembro bem, ainda era muito pequeno, que meus avôs da parte de papai iam sempre a missa, quando chevagamos lá eles não tinham chegado ainda, então esperavamos e achava bonito ver eles chegando, a espera era bom, gostava porque era bonito, meu avó vinha na frente com o Francisco, um primo, seguido de vovô.
As vezes iamos pra casa da vó Sinha e vô Zé Neve. Nós iamos sempre a pé, mas isso é uma outra história. Quando ficavamos em casa o dia era muito bom também. Não sei porque os domingos hoje não tem o brilho de antes. Depois que eu cresci e tenho obrigações as coisas perderam a graça.

sábado, 16 de outubro de 2010

O banquete

Uma salada de palavras, frases e discursos, pode ser algo impalatável, mas se bem preparada na seguindo a receita e juntando a arte será deliciosíssima, mais viciante que qualquer entorpecente. Ultimamente um restaurante, a internet, que me serve das melhores iguarias a base de idéias, saladas mais apetitosas que nunca havia deliciado. Imagina que descobri menu que me oferecem as saladas sem igual. O cardápio é excelente não é único tempos vários: Café filosófico, Sempre um bom papo são os meus prediletos. O café filosófico foi o primeiro que saboreei deliciei de pessoas só pra ter uma idéia Viviane Mosé, Márcia Tibure, Luiz Ponde... já sempre um bom papo, descobri Eduardo Gianetti, Moacir Sclier... Estes falam de tudo desde literatura, filosofia e tudo o mais. Hoje sou viciado na palavra acho que estou descobrindo um outro eu. O melhor de tudo é que voce pode se beber e comer tudo de novo, pode dividir com o mundo todo, nunca vai acabar essa massaroca deliciosa. Já estou fazendo a minha parte, pois divido com todos os meus amigos. Estou distribuindo via redes sociais. Bom apetitie

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh