quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A casa de vo sinha

A casa de avó Sinhá.

Vovó Sinhá tinha duas casas uma na serra e outra no sertão.
A do sertão é a que gosto mais, pois era mais simples. Só tinha a sala de alvenaria e todo o resto de taipa. A parte de taipa era tão engraçada, era toda engembrada, desde o teto as paredes, tinha grandes moirões sustentando as paredes. A cozinha muito era preta da fumaça da comida. A comida era feita com lenha tirada no broque bem próximo dali. Quando chovia aquele lugar ficava lindo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cadelinha!

O calor do dia,
a preguiça.

Sobre o colchão dorme a cadelinha, ventilador ligado.
Hoje ela foi ao petshop onde teve o pelo tosado,
o corpo banhado.

Mirando fora da janela,
sob o sol escaldante,
trabalham o pedreiro e seu ajudante.

Desde cedo trabalha no calor.
Quanto vale seu trabalho?


Fome

A fome!

Quando sinto fome não penso,
qualquer coisa dispenso,
quero comer,
não adianta,
não consigo fazer nada,
se quer uma piada.

Quando tenho fome,
faço o que comer,
ou pago pra alguém fazer.

Quando tenho fome
sou outra pessoa.

Sinto fome todos os dias
os mesmos horários e sempre tenho o que comer.

Mas quem não tem?
o que é viver pra essas pessoas?

meio dia

O sol no meio do céu,
brilha intensamente,
tudo intensamente branco,
quente.

O céu num azul claro,
até o verde das plantas furtam a cor,
nossos corpos é puro calor.

Fadiga e ociosidade nos impedem de trabalhar,

como pensar sob o sol escaldante do meio dia.

Mole o corpo transpira,
a fadiga e o cansaço.

Aqui a natureza se impõe.

É preciso paciência,
senão se enlouquece.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A graça da praça

Quando era menino queria crescer para passear na praça sozinho,
mas só me restava o cos da calça de meus pais, que diziam
tenha calma, já acaba, cale a boca.
Finalmente fui crescendo e me tornando livre, e então podia ir a praça quando quisesse,
desfrutei muito dessa liberdade, mas o tempo passa.
E aquela praça perdeu a graça, as meninas não me olhavam,
fui conhecer outra praça a da cidade vizinha, curti por um tempo, mas também ficou sem graça,
eu não percebia que era eu que estava perdendo a graça e cedendo espaço para os outros
rapazes que se tornavam livres. O tempo passou, fui embora da cidade,
para a universidade onde tinha praça, mas vazia e sem graça,
o que me encantava eram as discussões.
Quando voltei para casa, já tinha perdido parte de mim, já tinha construído outro eu.
Quem eu deixei evoluira e eu me perdera.
Gerações novas vieram e sequem lembram de mim.

Aquela praça foi reformada perdeu os bancos o riso e eu
pareço meu pai ontem.

Água

Um copo laranja, transparente cheio de água sobre a mesa.
Esse copo dar forma a água informe.
Um limite sutil entre sólido, liquido e gasoso.
O copo e a água.
O copo da forma a água e a água toma a forma do copo.
Tomo a água o copo se esvazia,
meu corpo resfria,
e a água agora me constitui.
o copo é só um objeto.
A água o precioso conteúdo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chuva


Hoje tão de distante do sertão,
distante das terras de seixos,
solos solos e plantas nuas, algumas quase em extinsão,

plantas armadas, curvadas as vezes românticas,
algumas parecem candelabros ornando os serrotes,
onde encontramos magotes de bodes.

Saudades do calor ardente,
do canto da cigarra,
do entardecer com suas barras.

Hoje tão distante,
quando vi a chuva cair,
ai lembrei de lá,
lembrei de ver papai correr,
com medo do relampago e do trovão,
lembrei dele falar fulamo morreu de um raio,
o filho de zacarias.
Conheci um professor, Geraldo, cujo avô lá pras bandas de Barbalha morrera de um raio.

Lembrei do meu sertão,
que agradecia a chuva exalando um cheiro gostoso,
gota a gota na bica,
juntava-se formando um cano d'agua, oba amanhã não vou butar água.

A chuva cai, a chuva caia, me trazendo alegria,
me trazendo poesia...

domingo, 19 de setembro de 2010

Vento

O vento que não dorme,
viaja mundo a fora,
a toda e qualquer hora,
principalmente em dia ensolarado,
sai por ai empolgado,
a beijar as flores,
mexer com as árvores,
fazendo-as chiar.

Sai por ai, de cá pra lá,
este sem vergonha,
muito cedo, antes que o sol me acordasse,
já veio me incomodar,
entrou de fininho,
por debaixo da porta,
soprando em meu rosto,
me fez acordar,
fez a acacia da minha minha rua a chiar,
vi a incitando a brigar,

veio e ficou,
chamou o sol,

me trouxe o dia.

Bem quase não consegui acordar,
meus olhos resistiam em abrir,
mas abriu,
minha bexiga exigiu,
desapertar,
foi ao banheiro,
enquanto isso o sol inundou meu quarto de luz,

quando voltei para a cama,
já era dia,
hum que frio,
foi o vento que trouxe o frio,
me enrolei no cobertor,
e olhei de lado,
debaixo da tv,

uma linda kalanchoe,
de sorriso ardente,
picante,
enamorada,
vermelha,
sorria, como sorria,
ao ver e ou vir o vento,
batendo na porta,
exigindo seus beijos,
quando ela me viu observando essa cena,
ficou mais vermelha,
sorriu emcabulada,
sorri e corri com o sol,
que não deixou os passarinhos cantarem,

talvez tenha trazido o frio,
ou sei lá,

sei que a rua tá vazia, só o silêncio ai habita agora.
e o vento...

vai viajar vento.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

caminhos

Quantos caminhos temos para seguir?

Depende de onde queremos chegar, do que buscamos.

alimenta tua alma

Alimenta tua alma todo dia,
os dias são lisos, e foge de nós sem percebermos.
Não sabemos quanto nos resta, ainda bem senão entrariamos em desespero.
Alimentemos nossa alma que tudo que temos,
quando o tempo passa tudo perdemos,
esperamos na esperança tudo melhorar.
As vezes parece um engano que nada muda.

Quem sabe?

Alimenta tua alma todo dia.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh