sábado, 4 de setembro de 2010

Eu me acostumo a vida.



Todos os dias quando acordo renasço, revivo e volto ao que fui ontem, anteontem.
E assim a vida vai me construindo todos os dias que um a um vão engessando uma personalidade.
Todos os dias aparecem novos desafios, nossas formas de aprender e ver o mundo.
Os dias passam sem parar, independente de mim, mesmo que me isole, me esconda ele passa.
Não cansei de lutar, pois há algo em mim que não se cansa, algumas vezes no entanto, quando estou extremamente cansado eu oro, preciso de fé, de convicção.
A vida mais parece uma batalha trágica, pois quando mais me recuso a lutar, menos vida tenho.
Eu amo a vida, mas me custa muito cansaço, estresse, amor e paixão. Tudo disso disponho para não perecer antes do tempo. Apego-me cada dia a uma coisa diferente, uma loucura diferente quem sabe. Sei que não é fácil, mas tenho que me apaixonar todos os dias pela vida. Como uma música que toca, toca sem parar a qual tenho que apreciar todas as vezes como se fosse a primeira vez.
Sentimentos como saudades, me ajudam a permanecer nos trilhos, quando estou me esquecendo, a saudade relembra. A vida é difícil e ao mesmo tem um sabor de mel. A vida nos embriaga, tira de nos todos os desejos e por fim nos entrega a morte a eternidade.
Todos os dias acordo para a vida.

O sol

O sol nasce pleno,
belo e atinge cada ponto descoberto do mundo.
E vai viajando no espaço.
Assim também viaja a terra girando em torno de si.
Gira mundo entorno do sol.
Oh sol dono da luz,
dono da vida.
A vida pulsa em cada um,
não é qualquer coisa.
A vida é um milagre alimentado pela nave mãe,
o sol.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

origem

Nem tudo que vejo entendo,
nem tudo que toco tenho noção do que seja,
nem tudo é.
Nem tudo que penso faz sentido.
Nem sempre me expresso,
simplesmente sou.
Esse corpo orgânico, humano que pode tudo e nada.
Mas preciso compreende que sem saber do simples,
não saberei nada e se souber do simples,
posso alcançar muita coisas.
um sentido para a vida.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

verdade

Poucas verdades são ditas, as verdades incomodam, por isso ficam omissas, nos olhares, nos gestos.
A verdade incomoda como catinga de suvaco de amigo, que insistimos e silenciarmos por amizade.
Quem sabe quando se pode falar a verdade?
Nem se sabe o que é verdade, pois o que vale é quem melhor traqueja o discurso.

verão

Já é tarde, o meio dia passou, o almoço foi gostoso, mas agora ai.
que calor,
que sol forte,
que sono.
um cochilo ia bem, mas onde?
dormir não posso,
só me resta
tomar um chá e acordar.
e voltar a vida.

Ai que canseira que me dar nesse verão.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Parieiro

Seixos de pedra vermelha, solo argiloso, troncos caraquentos e cinzas dos cajueiros. Os cupins de barro, caminhos fechados pelas unhas de gatos. A alma de gato. O calor o solo molhado, coberto de grama, vem por outra uma coral. O cheiro da flor.
O gado, o pasto a vida.
Minha infância.

domingo, 29 de agosto de 2010

Meu quarto

Estou na casa de minha irmã, não é exatamente uma casa é um apartamento, muito bem organizado. Morei aqui por um ano tem uma vista agradável que dar para vilas de casa de gente muito humilde e simples. Fica bem próximo a Belmira Marinho. Bem aqui desta janela de meu quarto onde tanto olhei para o tempo, para as casas, para o movimento e nunca consegui descrever o que sentia. Bem aqui de minha cama tanto pensei, tanto li, tanto refleti, parte de mim está aqui, nos dias de sol, nos dias de chuva, de dia e de noite estive aqui. Quantas sensações senti aqui? Diversas, desesperos, medos, anciedades. Eu senti frio, senti a dor de ouvir falar que minha querida e amada vô morrera, lembro que fiquei o fim da tarde ouvindo música no escuro. Foi daqui que saltei de alegria quando passei na seleção de doutorado. Agora o que sinto neste instante não sei.
Ouço Bach e a panela de pressão e os carros, nem vejo o tempo passar, aliás já são quase meio dia.
Continuo sem saber descrever o que sinto, sei que agoras estou feliz.

Cemitério

Uma coisa que me encanta é uma pessoa que sabe contar uma boa história. Já andei um pelos mais diversos lugares no Brasil, já vi diversas pessoas boa de histórias. Confesso que uma pessoa que mais chamou atenção até hoje foi um guia, talvez tenha sido o único, mas não foi tiveram outros. Certa vez, estava eu em Buenos Aires sem ter muito o que fazer, entediado, doido para vir embora para o Brasil, faltavam três dias para meu voo de volta. Então resolvi sair um pouco para desparecer e enfim conhecer mais aquela cidade com arquitetura tão diferente a que conheço. Eu tinha em mente ver uma flor gigante que tem ao lado da Faculdade de direito, no Bairro Ricoleta. Bem um dia antes tinha ido ao zoológico com duas amigas, mas estas queriam fazer um cititur, um passei que se faz num ônibus adaptado, então decidi sair só. E ver a bela flor, sai do hostel, peguei o metro ou subter como eles chamam lá, então desci na plaza Itália e então peguei um ônibus e cheguei ao tal lugar, achei muito bonitas aquelas praças tirei inúmeras praças. Então chequei a uma feirinha bonita, mais como vida de estudante não é fácil e o dinheiro é curto só passei vendo aquelas coisas e achando o preço salgado, tinha ido a um congresso e não fazer turismo, no final da feira eis que dou de cara com um cemitério, lembrei que um amigo tinha me falado que nos cemitérios tem muita escultura segui em frente, entrei achei aquilo muito diferente, pois as tumbas pareciam malsoléus, diferentes dos cemitérios que conhecia no Brasil, e fui andando, quando olhei por uma portinhola e vi caixões grandes, velhos um, dois, três, vários, não aquilo me deu um mau está, mas segui, vendo muitas obras, mas muitos caixões e pensei vida breve. Então vi um grupo entre eles um guia. Neste dia fazia muito frio uns nove graus, o dia estava nublado. Então vi aquele home simples, idoso aparentava ter entre 65 e 70 anos nos. Falava com uma segurança e propriedade de quem conhecia tudo ali. Aquelas ruas cinzas, desprovida de planta de cores,, apenas marmores, lapides. Ele apresentava uma a uma e as tumbas e num instante, aquele lugar ermo, triste, sem vida, criou uma grandiosidade uma glória, uma potência... Estava alí as pessoas que tanto lutaram por ideais, condições e com força e suor humano ergueram uma sociedade mais forte, progressista. Ele apresentava cada uma das que ele achava mais importante com uma graça, uma intimidade que arrancava a atenção até de adolescentes. Fiquei encantado com tamanha facilidade de atrair a atenção, eram tantas as histórias que aquele cemitério encerrava em suas portas. Quantas pessoas aquele cemitério consumira ou abrigava. Sem aquele senhor, aquele monte de concreto e esqueletos não seriam nada. Muitas vezes ele quer dizer alguma coisa, mas para aqueles que conhecem, mas eu que nunca estivera alí, aquele cemitério só conseguira arrancar de mim um pavor, um medo, então quando passei a ouvir, mesmo em espanhol as histórias, os cadaveres e as tumbas ganharam vida, importância. E o senhor declamava Jorge Luiz Borges, e falava de Evita Peron, Che Guevara, os que m e lembro e conhecia, explicou as obras de arte as pessoas. Ufa! que riqueza de cultura. Então encerrou o tur em frente a saida explicou todos os símbolos que estava na saída.
Lógico que ganhou uma salva de palmas. Mesmo sem dentes ou boa feição, sequer belas roupas, aquele senhor prendeu a atenção de muita gente. Depois do tur agora indico a quem for a Buenos Aires a conhecer o Cenitério da Ricoleta e conheça o senhor que conta sua história. Finalmente ele falou que quando voltassemos lá, ele estaria presente nas 4 mil e tantas tumbas, presente mesmo que em espírito.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

mundo

Vejo o mundo,
sinto seu cheiro,
vivo no mundo,
de sol e de lua,
com ou sem rua.

Me vou e o mundo fica.
me consome.

Há limites















Onde posso ir?
Posso viajar por todo mundo, ir as terras mais distantes e conhecer as mais diferentes culturas.
Posso aprender tudo que estiver ao meu alcance, tudo que me interessar.
Posso querer fazer tudo que no instante me está acessível.
Posso modificar minha forma de ver o mundo, absorver tudo ao meu redor, mas também posso transbordar o que ha dentro de mim e mudar tudo ao meu redor.
Eu sofro e exerço influência no que me circunda.
Sentado posso fazer tudo que minha mente permite fazer, ou seja numa onda de faz de conta, posso fazer tudo ou executar tudo.
Quais são os meus limites? aqueles que os imponho.
Posso tornar-me mais interessante, sim talvez, mas preciso com certeza solver e filtrar o que há no mundo fora de mim.
Essa troca entre o eu interno e o mundo externo que me dar matérias para me constituir e constituir o mundo.
Existo, penso, reajo e avalio o quanto posso.
o infinito é o limite.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh