segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Parieiro

Seixos de pedra vermelha, solo argiloso, troncos caraquentos e cinzas dos cajueiros. Os cupins de barro, caminhos fechados pelas unhas de gatos. A alma de gato. O calor o solo molhado, coberto de grama, vem por outra uma coral. O cheiro da flor.
O gado, o pasto a vida.
Minha infância.

domingo, 29 de agosto de 2010

Meu quarto

Estou na casa de minha irmã, não é exatamente uma casa é um apartamento, muito bem organizado. Morei aqui por um ano tem uma vista agradável que dar para vilas de casa de gente muito humilde e simples. Fica bem próximo a Belmira Marinho. Bem aqui desta janela de meu quarto onde tanto olhei para o tempo, para as casas, para o movimento e nunca consegui descrever o que sentia. Bem aqui de minha cama tanto pensei, tanto li, tanto refleti, parte de mim está aqui, nos dias de sol, nos dias de chuva, de dia e de noite estive aqui. Quantas sensações senti aqui? Diversas, desesperos, medos, anciedades. Eu senti frio, senti a dor de ouvir falar que minha querida e amada vô morrera, lembro que fiquei o fim da tarde ouvindo música no escuro. Foi daqui que saltei de alegria quando passei na seleção de doutorado. Agora o que sinto neste instante não sei.
Ouço Bach e a panela de pressão e os carros, nem vejo o tempo passar, aliás já são quase meio dia.
Continuo sem saber descrever o que sinto, sei que agoras estou feliz.

Cemitério

Uma coisa que me encanta é uma pessoa que sabe contar uma boa história. Já andei um pelos mais diversos lugares no Brasil, já vi diversas pessoas boa de histórias. Confesso que uma pessoa que mais chamou atenção até hoje foi um guia, talvez tenha sido o único, mas não foi tiveram outros. Certa vez, estava eu em Buenos Aires sem ter muito o que fazer, entediado, doido para vir embora para o Brasil, faltavam três dias para meu voo de volta. Então resolvi sair um pouco para desparecer e enfim conhecer mais aquela cidade com arquitetura tão diferente a que conheço. Eu tinha em mente ver uma flor gigante que tem ao lado da Faculdade de direito, no Bairro Ricoleta. Bem um dia antes tinha ido ao zoológico com duas amigas, mas estas queriam fazer um cititur, um passei que se faz num ônibus adaptado, então decidi sair só. E ver a bela flor, sai do hostel, peguei o metro ou subter como eles chamam lá, então desci na plaza Itália e então peguei um ônibus e cheguei ao tal lugar, achei muito bonitas aquelas praças tirei inúmeras praças. Então chequei a uma feirinha bonita, mais como vida de estudante não é fácil e o dinheiro é curto só passei vendo aquelas coisas e achando o preço salgado, tinha ido a um congresso e não fazer turismo, no final da feira eis que dou de cara com um cemitério, lembrei que um amigo tinha me falado que nos cemitérios tem muita escultura segui em frente, entrei achei aquilo muito diferente, pois as tumbas pareciam malsoléus, diferentes dos cemitérios que conhecia no Brasil, e fui andando, quando olhei por uma portinhola e vi caixões grandes, velhos um, dois, três, vários, não aquilo me deu um mau está, mas segui, vendo muitas obras, mas muitos caixões e pensei vida breve. Então vi um grupo entre eles um guia. Neste dia fazia muito frio uns nove graus, o dia estava nublado. Então vi aquele home simples, idoso aparentava ter entre 65 e 70 anos nos. Falava com uma segurança e propriedade de quem conhecia tudo ali. Aquelas ruas cinzas, desprovida de planta de cores,, apenas marmores, lapides. Ele apresentava uma a uma e as tumbas e num instante, aquele lugar ermo, triste, sem vida, criou uma grandiosidade uma glória, uma potência... Estava alí as pessoas que tanto lutaram por ideais, condições e com força e suor humano ergueram uma sociedade mais forte, progressista. Ele apresentava cada uma das que ele achava mais importante com uma graça, uma intimidade que arrancava a atenção até de adolescentes. Fiquei encantado com tamanha facilidade de atrair a atenção, eram tantas as histórias que aquele cemitério encerrava em suas portas. Quantas pessoas aquele cemitério consumira ou abrigava. Sem aquele senhor, aquele monte de concreto e esqueletos não seriam nada. Muitas vezes ele quer dizer alguma coisa, mas para aqueles que conhecem, mas eu que nunca estivera alí, aquele cemitério só conseguira arrancar de mim um pavor, um medo, então quando passei a ouvir, mesmo em espanhol as histórias, os cadaveres e as tumbas ganharam vida, importância. E o senhor declamava Jorge Luiz Borges, e falava de Evita Peron, Che Guevara, os que m e lembro e conhecia, explicou as obras de arte as pessoas. Ufa! que riqueza de cultura. Então encerrou o tur em frente a saida explicou todos os símbolos que estava na saída.
Lógico que ganhou uma salva de palmas. Mesmo sem dentes ou boa feição, sequer belas roupas, aquele senhor prendeu a atenção de muita gente. Depois do tur agora indico a quem for a Buenos Aires a conhecer o Cenitério da Ricoleta e conheça o senhor que conta sua história. Finalmente ele falou que quando voltassemos lá, ele estaria presente nas 4 mil e tantas tumbas, presente mesmo que em espírito.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

mundo

Vejo o mundo,
sinto seu cheiro,
vivo no mundo,
de sol e de lua,
com ou sem rua.

Me vou e o mundo fica.
me consome.

Há limites















Onde posso ir?
Posso viajar por todo mundo, ir as terras mais distantes e conhecer as mais diferentes culturas.
Posso aprender tudo que estiver ao meu alcance, tudo que me interessar.
Posso querer fazer tudo que no instante me está acessível.
Posso modificar minha forma de ver o mundo, absorver tudo ao meu redor, mas também posso transbordar o que ha dentro de mim e mudar tudo ao meu redor.
Eu sofro e exerço influência no que me circunda.
Sentado posso fazer tudo que minha mente permite fazer, ou seja numa onda de faz de conta, posso fazer tudo ou executar tudo.
Quais são os meus limites? aqueles que os imponho.
Posso tornar-me mais interessante, sim talvez, mas preciso com certeza solver e filtrar o que há no mundo fora de mim.
Essa troca entre o eu interno e o mundo externo que me dar matérias para me constituir e constituir o mundo.
Existo, penso, reajo e avalio o quanto posso.
o infinito é o limite.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

pós-alomoço

Dia ensolarado e quente, o corpo sente uma fadiga, uma vontade de dormir. O Tempo ocioso me impede até de pensar. Impaciente com o relógio que parece que colou os ponteiros.
Vou pra fora, tomo água, tomo chá. Nada do tempo passar. Troco uma ideia, duas, três e a tarde continua. Implacável e dura a tarde me maltrata, faz sumir todas minhas ideias, meus pensamentos fogem como o cão da cruz. E esse dia tão precioso parece não querer passar, mas passa.

domingo, 22 de agosto de 2010

Sabiá

Como o sabiá canta,
canta de manhã cedo,
canta de manhã,
canta a tarde,
canta no crepúsculo.

Como o sabiá canta,
em sua breve existência,
canta!

Amanhã sabe lá o que vai acontecer,
por isso canta.

Cuida para que tudo der certo em sua vida,
canta.

Cuida para que não tenhas inimigos,
cuida para não despertar inveja.

Seja como o sabiá
que canta pra ter a natureza mais bela.

mais amenos seus dias.

canta, pois a poesia,

é o mais sábio dos discursos.

Existência

Tudo começa com um choro ingênuo de criança após ser expulsa do ventre materno. Lágrimas, sangue e dor e a vida é apresentada ao mundo que agride esse ser que nada conhece. A luz irrita seus olhos e sua pele. O ar que tem que tem que aprender a inspirar. E assim a vida entra em contato com a dor. Viver é sofrer. Ao mesmo tantas coisas nos são apresentadas no mundo.
A dor é a principal delas que irá lhes marcar por toda sua existência, sempre presente. Nós acabamos nos acostumando, porque estamos sempre sofrendo, perdendo de nossa existência. Podemos recomeçar sempre, partir de onde paramos ou simplesmente começar. Sempre. A existência é uma dádiva, algo tão tênue e precioso, no entanto nem sempre percebemos isso e achamos que a vida é um drama, na verdade a vida é uma tragédia eminente. A qualquer momento não seremos mais, já fomos, até parece uma longa viagem, sem porto, parada enquanto se existe. Os instantes passam, escoam-se como líquido sobre mármore.

Gostaria de carregar esse texto de tudo que sinto, mas não conseguiria expressar meus sentimentos.

Só sei que quando paro e penso na vida... eu tenho medo, pois a vida é algo tão maravilhoso, precioso, mas que não está em nosso domínio o quanto de tempo a teremos.
Não somos como as pedras que tem sua existência prolongada pela matéria que a constitui. Não somo como os gases onipresente, não somos como as estrelas que pulsam e dispersam sua luz por toda a galáxia.
Somos seres humanos, humos, somos capazes de tudo, de ação, invenção, inovação das coisas mais belas e das coisas mais horríveis. Podemos fazer tudo. Desde que tenhamos a sorte de ter uma luz que nos guie.
E por fim o corpo se cala sem inspiração, esfria, apodrece só sobra a obra ou sua existência sem expressão, sua inexitência.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Esponja

Digerir o que se come e o que se bebe.
Digerir o que se ler o que se ver.
Assimilar tudo, fazer do externo o interno.

constituir o mundo externo dentro de ti.

pluma ao vento

Um fruto plumado
que desgarrou da árvore mãe,
foi levado ao vento,
para longe muito longe.

Caiu em terra fértil
e logo germinou,
uma nova planta formou.

Um fruto plumado
que desgarrou da árvore mãe,
não se agarrou ao vento
e nos pés de sua mãe
germinou logo uma nova planta formo

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh