terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Bola de neve

 Ultimamente, venho sentindo a necessidade de pensa coisas que me faça sentir bem, uma necessidade de afirmar meu eu. Esse exercício é inerente ao ser humano. Causa-me estranheza saber disso, no entanto, mesmo assim não controlar o meu sentimento.  Aquilo que pensamos hoje, concordamos, afirmamos, parece perder o sentido no amanhã e parece ridículo quando olhamos através da memória, do tempo. Por que desses sentimentos. Fiz uma introdução que e não diz nada.

Mas é a forma como estou me sentindo.

Assim é.

Temos mundo interno ou abstrato ou subjetivo que adquirimos por meio de nossas experiências. Muitas coisas podem ser compartilhadas, mas os nossos sentimentos são impares.

Podemos mudar os nossos sentimentos ou pelo menos reduzir os sofrimentos por estes causados?

Acho que deve ser um exercício exaustivo de "conheça-te a ti mesmo".

Um exercício de só se encher até as bordas e nunca transbordar.

Um exercício de se sentir satisfeito com o que tem, pensamento dividido pelo grande Aristóteles?

Ou ainda mais sublime por via da individualidade como ensinou o Cristo?

Epicteto, Marco Aurélio, Sêneca.

Confúcio, Lao Tsé.

Buda.

Tantos sistemas que nos permite pensar a existência, os sentimentos... Enfim numa profunda imersão no ser existente.

A gente se perde... A gente se perde nos ismos.

A gente se perde nesse mar de informações que nos permite pensar e se expressar.

A gente quer se expressar e libertar a mente do peso da existência ou melhor do peso da Razão...

A razão que nos permite afirmar vais envelhecer, vais morrer.


E a gente ao notar isso na gente chega dar um frio na espinha.

Rugas, calvície... a percepção que o tempo passou e que você é o mais velho do espaço...

Tá mais experiente, mais desorientado.

Foi a livraria.

Estive na seção de filosofia, minha favorita.

Lembrei de um amigo da Costa Rica, na vez que estivemos numa livraria em Campinas quando disse que dava uma angustia saber que nunca poderíamos ler todos aqueles livros.

Deveras... Sentia isso.

Eu queria ser um daqueles escritores.

Eu queria ler e entender cada um deles. Descartes, Spinosa, Kant, Hegel, Schopenhauer.

Já me conformei. Sim Salomão está me ajudando muito. A bíblia foi para mim literatura prima.

Volto a esta.

Volto a esta.

Agora vou tentando comer e digerir um pouco de cada vez.

Estou aprendendo os conceitos em outras línguas como assim a lógica parece ser.

Lao.

Upanishades.

...

Nada faz sentido se não dermos um sentido.

Usemos nossos sentimentos para direcionarmos um sentido.

Nemastê

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Exteriorizar

 Escrever algo é materializar o pensamento e expandir suas ideias e saberes.

Trazer à tona quem você é. Exteriorizar o espírito.

Cantar também em parte cumpre essa função,

Dançar, pintar...

São formas de exteriorização do espírito.

A palavra cumpre a função de materializar o pensamento.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Só um sentido

 Um sentido

Se temos cinco sentidos,

Por que buscamos uma ilusão.

Um sentido é uma ilusão.

A realidade é cheia de sentidos.

Para frente, para trás,

Para cima, para baixo,

Para a direita, para a esquerda...

Ver,

Ouvir,

Tocar,

Cheirar,

Degustar...

Tudo tudo tudo rumo a consciência,

Tudo girando numa mente,

Em busca de um vago sentido...

Nos apegamos a sentidos,

Nos apaixonamos pelo sentido,

Enquanto a realidade é complexa...

Porque apenas um sentido.

Um caminho

 O dia despertou neblinando,

Depois o sol apareceu e tudo aqueceu.

Assim despertei,

Fiz minhas orações,

Acalmei o coração.

Assim costumo fazer para me acalmar.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Ciclo

A tarde que rápido passa,
Parece tão igual,
Me sinto tão normal.

Tempos assim.

Acordo feliz,
A manhã que me faz feliz.

E vou descobrindo o meu dia
E vou descobrindo o meu dia,

As vezes me surpreendo,
As vezes me surpreendo.

As coisas novas são boas,
As coisas novas são ruins,

O novo novo,
O novo velho.

Tudo passando,
Tudo renovando.

E a vontade sempre se revendo.
Em desejos, em intenções,
Em descobertas...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Fevereiro de chuva

 Fevereiro passageiro,

Toda soma é quatro lua

Dia e noite a se fechar.


Sol, estrela, luz e calor


O verde da mata cinzento,

Mata cansada, e enfadada,

Com a chuva que chegou,

Chão molhou,

Secura sumiu,

E tome calor

Do verão que passou,

Só a folhagem no chão,

Agora, toda florada,

Flores alvas e amarelas,

Floresce a guabiroba,

O pombeiro,

O pausangue,

O ipê e o jitai...

Nunca vi...

Nunca vi.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Guabiroba

 Guabiroba é uma planta,

Com madeira muito bruta,

Seu tronco colunado,

Seu tronco é canelado.

Sua casca áspera e estriada,

Que termina em ramos laevigatos,

Como folhas largo-obovais,

Opostamente dispostas...

Quando chega o verão,

Perde as folhas,

É caducifolia.

Depois se compõe,

Apresenta folhas e flores,

Com doces odores

De doces odores,

Uma a uma caem as pétalas,

Uma a uma pinta o chão,

De um alvo nebuloso,

Ficam os pistilos,

Seca o estilete

Enquanto cresce o fruto escuro,

Atropurpúreo,

Para as aves se alimentar,

para as aves dispersar. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

 O tempo e o espaço 


Tudo flui sem cessar.


Ainda ontem, vivi

Ainda ontem, vivi


Vivi com o meu pai 

Vivi com a minha mãe,


Porém não vivo mais.


Ele partiu,

Ela partiu.


Em plena harmonia ele vivia.


Cuidava da roça,

Cuidava da casa,

Cuidava das amizades,

Cuidava da mamãe,

Cuidava de nós.

Cuidava de si.


Como era bom no nosso sítio passear,

Nele havia harmonia.

O cardeiro, a aroeira, o anjico e o mororó 

Ali crescia.

O catolé ali floria e frutificava.

A vinca e as graviolas ele aguava.


Como era bom ver o partido de palma,

As cercas aramadas.


...


A tarde na calçada se sentava.

Um café fazia e tomava.

 

E assim a vida passava.


Parte da minha vida assim vivi.


Agora disso tudo me despedi.


O pai agora sou,


Pai agora sou.


De papai tenho as memórias,

De papai tenho os conhecimentos.


Continuo sendo,

Seguindo até quando?


...


Só resta no fim

O tempo.

02-02-25

Cajaraneira

 Um pensamento me tomou a pouco tempo. 

Era uma memória, dessas que aparece e não dá em nada.

Bem, ultimamente tenho voltado no espaço e no tempo.

O espaço é Serrinha do Canto e o tempo é década de 80 e 90.

É um pensamento deveras particular.

Algo daquele tempo ainda está lá.

Sim, papai se foi, o espaço é o mesmo.

Mas há ali vários pés de cajarana.

Papai usava como estaca de cerca.

Lá vai encontrar vários indivíduos.

Dois na cerca da frente.

Na cerca ao norte quatro.

No interior cinco,

Na cerca do poente três

No total cerca de 15 árvores.

Sem contar do pé plantado na cerca de Miguel no parieiro.

É nada e é tudo.

Saudade

 Saudade não mata! mas quase consegue, Falta fôlego! Aquela falta. Aquele vazio. Nunca deveras preenchido. Saudade.

Gogh

Gogh