À tarde caia lentamente enquanto o sol descia a escada do poente.
Na calçada da frente a sombra da casa marca quatro horas.
A calçada quente e levemente empoeirada do dia de forte mormaço.
Enquanto isso, sentado na calçada minha mente deu um mergulho no tempo.
Um gole de café para relaxar o calor, os músculos e a alma.
Depois de tomado o café até a alma sente frescor, enquanto na boca o gosto de café continua vivo,
O sangue quente a levar o café para a nossa alma.
No céu azul um avião parece uma formiga a andar no terreiro,
Chama atenção, de logo se ouve seu ronco longe e distante.
Os dourados raios do sol nos faz sentir mais vivos e felizes e saudosos.
Bom foi quando ouvi e percebi um casal vem-vem na pinheira cantando...
Minha alma foge do meu corpo e se encontra com mamãe
Dizem, esse canto parece Raimunda...
Quando ouvia dizia.
Quem vem? Vem-vem? É uma visita!
A realidade objetiva perdeu matéria naquele instante....
A eternidade existiu...
Tia Raimunda reviveu na fala de mamãe.
Mamãe reviveu na minha mente...
E fui eterno por um instante.
E escrevi esse texto para eternizar esse momento...
Nos ramos de minha árvore.
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