quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Serrinha do Canto anos 1980-2000

Ontem, à noite, me veio à memória a época da infância, onde os sonhos eram apenas sonhos e a realidade era coisa de adulto, vivia de imaginação.
A imagem que vi não tinha rostos, eram apenas formas e luz do meu lugar.
Poucas memórias da infância se cristalizam na memória.
Fiquei saudoso.
Aquele cenário ainda existe, todavia os personagens que o compunham ou se mudaram ou já partiram da realidade.
Na nossa única avenida ou rua era tão cheia de vida, a pesar das dificuldades.
As famílias deste cenário são Pedro Baliza, Benício e filhos, Maria do Carmo, Artur Barreto, João de Licor, Chico Neco, Chico Raimundo, Airton Morais, Zezin de Luiz, Bonina de Lindalva, Amaro Lopes, Dudé Baliza,  Chico Franco, Mundinho de Dona Francisca, Dequin de Iula, Toto de Zuleide, Munda, Josimar de Lenita, dona Mariana, Diniz, Menino de Vicente Joana, Chico de Vicente Joana, Loló, Cacau Morais, Nelson Vieira, Antonio Doquinha, Leoni, Doninha, Juvenal de Mariana, Neo Lopes, Evandro de Livani, Bonifácio, Levi de Laurita, Antônio de Chiquim, José de Júlio, Tio Jussié, Rita das Urupembas, Zé Paulo, Dinarte, Mané de Branca, Dadá, Chico de Vicentin, Maria de Maroca.
Todas as minhas memórias da infância estão imbricadas neste espaço e tempo.
É preciso rememorar para entender quem sou.
Às vezes, como ontem, vendo com olhos generosos fico feliz em rememorar.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Novamente

Acordar disposto é bom, mas melhor é despertar ao som de pássaros.
Ainda está escuro e ainda assim os pássaros já cantam.
Tangara cayana, Tangara palmarum, Coereba flaveola e Pintangus sulphuratus...
As árvores já estão com uma nova folhagem e florescendo em toda plenitude.
Cajueiros, castanheiras, gameleiras e pau d'arco...
Acordar bem e de bem.
E ver o sol nascer e crescer no céu até o pino e até se pôr.
E ver o dia passar e assim como a semana e assim como o mês e assim como o ano.
E ver os anos passarem,
E perceber a história da vida.
E acordar bem de novo e de novo e novamente.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Saudades

E esse tempo que passa.
Ontem mesmo estava na luta para passar no vestibular. risos...
Tenho saudades desta época.
Quando tinha amigos ao meu lado cotidianamente.
Padrinho Julimar, Franklin, Lívia, Lúcia, Regina, Rosivaldo, Rui, Sônia,  Socorro, Bibi, Lilinha...
Faziam parte do meu cotidiano.
Eramos uma família.
O ano era 1999 quando, momento que me encontrado concursado na prefeitura de Serrinha dos Pintos.
Sob as ordens de minha chefe Socorro desenvolvia minhas agradáveis poliatividades.
Depois que aprendi a dinâmica, passei a adorar meu trabalho.
Reuniões com os agentes de saúdes... as estatísticas.
As campanhas de vacinação, visita as casas com pessoas enfermas.
A parte isso, havia a pressão para passar no vestibular.
E como sempre fui muito disperso, embora me esforçasse muito, o rendimento era baixíssimo.
Mamãe, pobre mamãe! Achava que iria enlouquecer!
Coitadinha! Quando dava 21 horas, já ficava começava a surgir a frase do vá dormir.
Realmente, se preocupava com minha sanidade mental.
Aos domingos, me proibia de pegar nos livros. Então eu  dizia que ia passear na casa de padrinho Julimar, mas na verdade, estava indo estudar na secretaria. Obrigado Bibi pelos almoços que me dava.
Depois realmente, ia para a casa de Padrinho, mas lá não ficava. Na verdade ia mesmo era para a casa da mãe dele dona Nenem. Que saudades de dona Nenem, que pessoa mais querida, silenciosa, pensativa, fiel... amante da limpeza e das samambaias. Lica!!! a filha de dona Nenem outro amor de pessoa.
Bom, nesse tempo ganhei um lugar cativo, um quarto da casa de dona Nenem onde podia estudar sossegadamente.
Com direito a lanches, um delicioso copo de leite.
Estudava, almoçava e quando caia a tarde, sentávamos na área da frente e contemplávamos o silêncio, a calma, a profundidade do entardecer.
As vezes tinha a sorte de ter o grande poeta Padeiro a prosear.
E a noite caia...
Tudo mudou quando passei no vestibular.
Porque a vida está em constante movimento e tudo muda.
Sinto saudades e amor, pelos momentos e pelas pessoas.
Meu tempo é curto quando vou a Serrinha... Hoje lá em casa, todo tempo é dedicado a meus pais.
Hoje... muitos deles dormem na eternidade. Dona Nenem, Lúcia e Padeiro.
Saudades...

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Altruísmo

Algumas pessoas conseguem ver além do presente. Será que são geniais ou são excessivamente dedicadas ao que fazem ou simplesmente, pensam sempre em fazer o bem? Não tenho uma resposta, mas posso falar sobre alguém com algumas qualidades. Uma das pessoas mais dedicadas que conheço, deveras, não é o centro das atenções. Fisicamente, não tem 1,70 m de altura, não apresenta completa simetria corporal e é de origem muito humilde, mas não conheço melhor pessoa no mundo. Está sempre disposto a ajudar, não tem desculpas ou faz ou tenta resolver e trabalho no que for preciso independente do dia da semana. Às vezes acho que tem músculos e nervos de aço. Está sempre feliz ou sempre ver o lado bom das coisas. Trabalha de segunda a domingo e fica triste quando não tem o que fazer. A necessidade o obriga a trabalhar e o ensinou a não reclamar. Encara a vida com coragem e não volta atrás porque tem que seguir sempre em frente.
Seu nome é Francinildo, conhecido e querido como Nildo. Este homem é deveras com suas qualidades e falhas uma pessoa que consegue ver além do presente, dedicado em aprender e fazer melhor e a meu ver sempre busca fazer o bem.

sábado, 15 de setembro de 2018

Fotografia

Talvez, jamais encontraria a beleza do mundo se não fosse pela fotografia.
As formas, as cores e texturas de uma composição;
O tênue e o escabro;
As cenas estáticas ou dinâmicas;
Os melhores e piores momentos;
Os risos e a lágrimas;
As partidas e chegadas;
Os nascimentos e as mortes;
O eterno e o fugaz;
O nascer e o por do sol;
A pluraridade e a singularidade;
O privado e o público;
O encanto e o desencanto;
O velho e o novo;
O feliz e o triste;
O inverno e o verão;
A gema, o botão, a flor, o fruto e a semente;
O passado e o presente no futuro
Tudo isso em recorte num quadro revelado, emoldurado e eternizado.
Isso tudo captado pelo olhar num atino de momento através de uma lente, num só click
E está feita a fotografia que será
Uma notícia,
Uma obra de arte,
Uma representação,
Uma inspiração,
Uma expressão,
Uma informação,
Um registro e certamente
Uma memória
Um espelho com Memória.
Talvez tenha agora não um conceito de fotografia, mas certamente uma definição de como posso ver a vida através do álbum de fotografia que quero ter no final  de minha vida.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Devir

Sexta-feira,
A manhã está nublada.
Faz um agradável silêncio.
Pode-se ouvir os sinais sonoros das aves, sabiás!
E do silencioso som das hélices do ventilador a girar.
Vez por outra, chama o bem-ti-vi.
O verde oliva da mata,
O cinza do solo seco,
São meio desoladores.
Os segundos e minutos passam.
Esse devir que preenche a manhã.
A incerteza dos próximos instantes.
A incerteza da vida
E a certeza da morte.
Algo que nos incomoda.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Luxo e lixo

É verão e esta estação em João Pessoa é repleta de luz, calor e ausência chuva.
Podemos observar a perda das folhas e a ausência de herbáceas na vegetação deixando a amostra resíduos sólidos, ou seja, o lixo.
Os remanescentes de vegetação da cidade bem maior da população é marginalizado, desprezado, escanteado e para alguns ignorantes serve de depósito de lixo. Nestes ambientes descartam objetos velhos, materiais de construção e até mesmo corpos ou melhor cadáveres de animais.
Sem, nenhuma punição, sem a menor falta de pudor, praticam estes atos cotidianamente.
Um dos piores ou mais evidentes exemplos vem ocorrendo, corriqueiramente, no início das Três Ruas onde há um lindo remanescente. O lixo é colocado uma área que praticamente se tornou depósito temporário destes rejeitos, lixos, corpos em putrefação.
A prefeitura já colocou uma placa alertando que é proibido colocar lixo e mesmo assim os atos continuam.
Agora, o que acham os moradores que cotidianamente usam o espaço para se deslocar e também para caminhadas matinais?
Nenhuma pesquisa foi realizada, porém como residente deste bairro me sinto muito incomodado e creio que esta opinião é compartilhada por muitos dos demais.
De que adianta ter tanta luz, ser calorosa e  excelente para curtir a praia e o mar... Cidade maravilhosa de João Pessoa... Se não cuida do que mais te embeleza!

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Sucupira

O Campus I da UFPB foi construído numa área de mata. Este é constituído de 50 hectares e nem todas as áreas foram construídas, existem ainda nove remanescentes de mata.  Desta forma todos os centros estão ligados a uma área remanescente. Apesar da influência antrópica nestas áreas, existem espécies muito importantes para a conservação da mesma. Seriam espécies chaves como sucupira, pau-sangue, sapucaia, pau-pombo, pau-de-gaiola, munguba, murici, barbatimão, ameixa dentre muitos outros. Praticamente durante o ano inteiro existe sempre alguma espécie florida.
Na semana da pátria e ainda nesta, encontra-se florida a espécie popularmente conhecida como sucupira, as pessoas aqui costumam chamar de ipê-roxo. Esta espécie tem como nome científico Bowdichia virgilioides Kunth e pertence a família Leguminosae que é a mesma do feijão. Embora tenha um potencial paisagístico fantástico, e seja resistente a diversos tipos de praga, e tenha um potencial medicinal incrível, de forma alguma foi usada na urbanização da cidade.
Temos o privilégio de podermos contemplá-la florida em nosso agradável Campus.
Os remanescentes são portanto importantíssimos para o bem está da cidade, da comunidade, são verdadeiros registros, conservado de como foi a cidade de João Pessoa no passado.
Oremos para que estes não sejam estrangulados pelos grandes edifícios que já começa a crescer no nosso entorno.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Consciência ecológica

Após um maravilhoso inverno chegou o verão, mesmo sendo setembro a vegetação na serra do Martins ainda tem suas folhas. São as árvores de catingueira, aroeira, cajueiro, pau-d'óleo, juremeira, juazeiro, cipaúba que estão cobertas de folhas verde petróleo. Fiquei deveras surpreso, pois fazia muito tempo que não via estas paisagens. Há cinco anos vou a serrinha e o cenário era apenas de secura. Açudes cheios, fartura de recurso hídrico até já se está pescando peixes mesmo que pequenos. A pergunta que me vem a mente é: - Será que aprendemos com as secas seguidas a poupar a água?
Ao visitar os lugares que costumo ir com frequência, facilmente percebo que não evoluímos nada em consciência. O desrespeito com o ambiente é nítido. Podemos ver na maneira como são solucionados os problemas de maneira paliativa.
Lixo!
O lixo produzido pelas pequenas cidades são encontrados nas margens das estradas, em áreas de nascentes, nas axilas das serras, onde se iniciam os primeiros cursos de água que desaguam nos açudes. É preocupante ver tantas garrafas pets, sacolas plásticas, latas, entulhos e animais mortos. Falta a dignidade de destinar a essa matéria sem serventia o devido lugar. Que custa cavar um buraco e enterrar o animal?
Pelas estradas, podemos ver as marcas de lâminas de tratores fazendo o trabalho que deveria ser realizado por homens. Essas lâminas além de retirar o solo, ainda deixa a superfície expostas para quando chegar a chuva o processo erosivo ser mais intenso.
E como se não bastasse podemos observar desmatamento em áreas de encostas, construção de obras em lugares indevido. Deveras sem propósito lógico.
Ficou banal fazer o que se quer com o que é de propriedade privada.
Mas gostaria de chamar a atenção para o fato de que o patrimônio natural é o bem comum de um povo.
Apesar de viver pouco com relação a idade do município já sei que as terras, os patrimônios mudam de donos e a maneira de se explorar a natureza precisa ser alterada.
A cultura de caju que já foi a principal fonte de renda destes municípios, atualmente é irrisória; temos ainda culturas de seriguela, pinha e algodão perderam o valor.
O que aconteceu? falta de chuva? Não nus culpamos por isso. São as secas... E quanto aos solos? O que restam dos solos?
É fácil de entender porque a água acaba rápido, pois a população aumentou, uso cada vez mais acessível com a água na torneira, os motores e carros pipas suprindo essa necessidade, mas a custos cada vez mais altos.
Estamos acostumados a consumir e sem responsabilidades. Nesse intenso processo de consumo não aprendemos a lidar com o lixo que produzimos.
Não chegamos a aprender como lidar com os problemas humanos.
A qualidade de vida das pessoas está cada vez maior, no entanto a da natureza está cada vez pior.
Se não fosse o aporte de recursos externos, estes municípios estariam na miséria.
Sei que não é possível um natural intocável, no entanto o consumo consciente pode estender a vida do nosso ambiente natural para que nossos filhos e netos tenham um espaço para viver.
Olho para o verde das matas, olho para o lixo nas estradas, olho para as terras com seus solos exauridos, retalhados, loteados e vejo o passado apagado.
Tudo está em constante transformação, mudou, muda e mudará, mas são pequenas atitudes que podem conservar ou alongar o que ainda resta de bom.
Resta apenas refletir e se conscientizar. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Pátria

Amanhã será sete de setembro. Hoje esta data perdeu o significado para mim, mas nas três primeiras séries escolares, - "nossa", era incrível. Uma semana antes havia toda uma enunciação. A professora explicava todo o sentido e importância da independência do Brasil. Ela usava o livro de estudos sociais para contar a história, mostrava as fotos das cenas e externava na fala tanto respeito e amor, além disso comentava patriotismo dos adultos. Nós podíamos ver os adultos tirarem os chapéus em respeito o estandarte hasteado. Durante a semana da pátria como era chamada a primeira semana de setembro havia uma cerimônia importante que era o hasteamento da bandeira e em seguida o canto dos hinos da bandeira e  do Brasil. A semana da pátria se encerrava no sete de setembro. Neste dia, pela manhã, íamos para a escola Isolada Serrinha do Canto, hasteávamos a bandeira, cantávamos o hino e íamos todos juntos à ruinha assistir ao desfile.
Que momento grande! Poder ir a Serrinha grande sem papai e mamãe!
O desfile era sempre lindo!
Eram tantos os pelotões eram tantas as fantasias e como mexia com minha imaginação.
Ao final da manhã, após os pelotões circularem pelas ruas apertadas e pequenas de Serrinha, Chiquinho de Raimundo Moura coordenava a cerimônia de hasteamento da bandeira e canto do hino da Bandeira e do Brasil e por fim declarava encerrada a cerimônia. Então voltávamos para casa tão felizes.
Para onde foi a alegria, o patriotismo e o significado de tudo isso?

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Internet

A internet mudou o cosmos humano.
Nossa maneira de ver e pensar já não é mesma.
Através da internet, podemos acessar qualquer informação em tempo real.
Essa conquista só foi possível por meio da popularização de aparelhos celulares.
O baixo custo permitiu que o máximo de pessoas consumissem esse produto.
Já não há barreiras físicas entre as pessoas e até mesmo os mais resistentes a tecnologia aderiram a internet através de alguma rede social.
São diversos os pontos positivos e negativos e assim devemos apelar para o bom senso das pessoas.
A 20 anos atrás jamais imaginei escrever um texto como este, porém no presente essa realidade se tornou possível e tenho o meu próprio canal. Que revolução!
O que acha disto?

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O valor

Os dias que passaram não nos têm mais serventia.
Dias alegres, tristes, felizes, infelizes, ensolarados ou nublados.
Um certo compasso dia a dia vai compondo nossa vida.
Ontem lembrança, hoje realidade e amanhã esperança.
E assim a vida passou, passa e passará.
O que temos, além dos dias vividos,
Memórias, marcas, bens acumulados, direitos.
Caso algo tenha ou não tenha valor.
O que é mais importante?
Poucas coisas valem a pena na vida já ouvi de vários anciões.
Este vetor que tem direção certa, a velhice, costuma acertar.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Metafísica para que?

Pensar o ontem, agora.
O amanhã é incerto.
O ontem é a substância do nosso tempo
Que por vezes se oculta e imbrica-se na pressa do agora.
Caso não coloquemos pontos de partida e não definamos os vetores, não encontraremos a trajetória da vida.
Talvez, não tenhamos certeza se queremos ou não saber a trajetória dos fatos.
Temos a livre decisão, uma oportunidade de escolha.
A decisão sempre gera dúvidas e levam a angústia.
Assim, continuamos metafisicamente perdidos.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Ordem

Ordem
Sentar, pensar e ordenar
Os pensamentos,
As ideias,
As metas,
Traçar os vetores de execução,
Planejar e executar.
Agendar e realizar.
Um passo de cada vez,
E por fim colher os frutos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Entendimento

Entender
Entender o mundo, as coisas, os fenômenos, os processos, os sistemas e talvez a metafísica.
 Entender o mundo é tudo que buscamos.
Seja em nível de macro ou microcosmos.
Cada um tem o seu cosmo que poderíamos chamar de subjetividade.
Em qual do cosmos estamos posicionados?
Com qual dos cosmos nos relacionamos mais? Existe um porquê?
Essas interações são absurdamente complexas e tentar entender é deixar-se levar pelo infinito.
Encontra seu ótimo, busca compreender o mundo na certeza da impossibilidade, porém ao tentar mais compreendemos mais, prevemos mais e porque não compreendemos mais...

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Frutos da idade

Este novo mundo que conheci a quase cinco anos ainda me impressiona.
Serão as estações do ano, os dias ensolarados ou chuvosos, as noites estreladas ou enluaradas?
Percepções... frutos do amadurecimento?
Creio ser a soma de tudo.
Coisas que para alguns são imperceptíveis me encantam.
Entram neste rol o jambo crescendo,
As castanholas trocando as folhas, com seu processo de senescência, mudança da cor do verde para o vinho das flores, depois caem e cobrem as ruas.
O canto da patativa e roxinó na madrugada.
A brisa fresca da madrugada,
O calor intenso do meio dia,
A indisposição eventual.
A substância do pensar se efetivando na velhice.
Se tornando um ser mais paciente,
Quem sabe não será a sabedoria?
Algo me impressiona muito ultimamente.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Ação

O tempo,
O espaço de tempo,
Curto ou longo espaço de tempo,
As coisas,
As coisas a serem feitas no prazo e a tempo.
Tudo é tempo e espaço.
Espaço, início, meio e fim,
Tempo breve ou longo,
Repetição
A conclusão...
Como encontrar a perfeição?
Só o tempo ensina,
Só a ação determina,
Só o trabalho dará uma definição.
O resto é retórica.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Verão

O verão chegou e trouxe consigo durante o dia céu azul  e noites estreladas.
Com a falta de chuva murcham as ervas,
As árvores perdem as folhas que preenchem as ruas,
Depois florescem pomposamente.
As aves ficam frenéticas e não param de cantar,
Nesta sinfonia até os saguís acompanham sob a regência do verão.
Que encantador que é o fim e o início das estações,
O inverno que partiu deixou a marca das chuvas nas paredes infiltradas e o subsolo cheio de água.
E o verão chega com ar de inovação e ficará até a próxima estação.
Com suas peculiaridades agradáveis e desagradáveis.
Como o canto das aves e o calor respectivamente.

sábado, 11 de agosto de 2018

Imbricar

Pensar as fases vida é um exercício vigoroso para estimular a consciência.
E quando se aborda consciência praticamente não existe limites para tal ação.
Todavia gostaria delinear esta ideia  através da relação familiar.
Em linhagem genética numa família o máximo que chegamos a conhecer são os avós, digo com relação cognoscente.
E o que conseguimos abstrair desta relação é algo ínfimo.
Poucas são as relações duradouras entre avós e netos.
Essas relações tem um período que são como o anverso da moeda, enquanto um está na infância o outro na velhice. Em ambos os casos há um descolamento da realidade que é ou deve ser equilibrado pela fase intermediária, a idade adulta, no caso a dos pais.
Através deste vértice, podemos perceber que a vida pode ser vista e vivida em todas suas fazes.
A grande questão é como vemos e vivemos as fases da vida?
Algumas pessoas nunca conseguem ver e viver as fases da vida e ter um entendimento desta.
Talvez abortados pela morte ou envolvidos em suas paixões.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Dúvidas

Há cosmos no mundo?
O que informam nossas impressões?
Atino apenas que cada dia é peculiar, impar, único e pleno de realidade.
A maneira a qual nos comportamos, julgamos ou optamos por um caminho, uma verdade é decisão meramente subjetiva.
As causas são imprevisíveis ou improváveis.
Ah. Como nos nortearmos na vida?
Como encontrarmos o cosmo presente no mundo?
Como gerenciarmos essas impressões que nos preenchem?
Como podemos perceber existem mais dúvidas que certezas.
O resultados de nossas decisões só poderão serem conhecidos diante do vivido.
Parece que o que importa é encarar a realidade...

Uma data

Sair de casa,
Ir embora,
Deixar o conforto e a proteção paterna,
Partir para longe,
Sem saber o que se pode encontrar,
Se aventurar,
Expandir as fronteiras e tornar sua casa uma outra fronteira.
Um novo nascer do sol e um novo entardecer...
Foram tantos até hoje que atinjo a maior idade.
Faz 18 anos que sai de casa
E deixei olhos afogados de lágrimas.
Que vontade de voltar,
Mas já não mais essa essência,
O tempo passou e me aprovou...
Saudades eternas,
Sem expressão...
Quando parti deixei pra trás infância e adolescência,
Quando parti a solidão me abraçou,
E a responsabilidade se tornou necessidade,
Forjou ser quem eu sou ou tento ser cada dia.
Maior idade,
Melhor idade,
São 18 anos
desde o dia 08 de agosto de 2000.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Notícia

    O grupo de watssap da família Queiroz anunciou mais um assassinato em Serrinha.
    Como se tornou comum seria apenas mais um se não conhecesse a vítima. 
   Minha atenção foi tomada, pois se tratava de uma pessoa de meu convívio. Embora nunca tenha trocado uma palavra, o conhecia de vista assim como sua família dele, ou seja, faz parte de minha história e isso é importante.
   Na época que o conheci por circunstâncias de proximidade de espaço, pois morava na rua da Câmara municipal que ainda era de barro, por se tratar de uma rua nova feita pelo seu Elaide.
    Naquele tempo, estudava a sétima série numa sala da escola José Francisco da Silva que até mudou de nome. Lembro de ficar observando pela janela, pois achava as aulas muito monótonas, apesar de todo o esforço. A única distração que restava era olhar pela janela os movimentos da casa.
    Sei que era natural das Lages, seu filho nasceu após a copa de 1994 por isso se chamou de Romário. Era uma pessoa alta, magra, galego e só andava a mais de 80 km.
Deve fazer mais de 15 anos que não tinha notícias. Infelizmente, receber essa notícia é triste.
      As memórias continuam adormecidas, este fato mostra que só precisamos de mecanismo de resgate da memória. 
    Como complemento, a perca por meio de um assassinato, nos amedronta, seja lá quem o matou tem motivos que nunca serão revelados. Na maior parte das vezes, são motivos irracionais, dívidas? acerto de contas? Sabe lá.
A vida perdeu muito o valor ultimamente.





segunda-feira, 23 de julho de 2018

Acorda

O tempo tudo consome!
Matéria, memórias e vida.
A manhã, a tarde e a noite se passam com o dia.
O inverno e a seca se passam com o ano.
A infância, a adolescência, a idade madura e a velhice se passam com a vida.
Não somos ignorantes, pois os espelhos, os filhos crescidos, os amados morridos nos revelam que a vida é passageira.
Nunca é tarde para despertar e entender que poucas coisas na vida valem a pena.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Reminiscência da infância

Saudades!
As memórias que temos da vida são incalculáveis, tanto as boas quanto as ruins. O acesso as memórias são desencadeados pelos encontros com as coisas, situações, palavras, odores, imagens e etc. Certos encontros nos fazem acessar as boas memórias que nos tornam saudosos, já outros encontros ativam memórias ruins que nos entristece.
Todavia, fui tomado por um bom encontro que não sei como aconteceu. Estava deitado, lendo e num atino como uma epifania, lembrei-me de duas pessoas amigas que conviveram comigo durante a infância.
Tratam-se de João de Licó e Elita Palmira. Pessoas simples, com rotinas normais sem nada de brilhante ou espetacular.
Não tiveram filhos e viveram até a velhice.
Não eram solitários, pois adotaram Elvinho sobrinho de Elita.
Ainda recordo seus hábitos.
Amavam a limpeza, por isso consumiam tanta água.
Adoravam criar animais, tinham sempre muitas galinhas e muitos patos, poucas vacas dois jumentos para o serviço de abastecimento da casa.
Tinham no pomar uma laranjeira, erva cidreira e uma horta de coentro e alface.
O sítio era pequeno com coqueiros, umbuzeiros, mangueiras, goiabeiras, araçazeiros, pinheiras, serigueleiras e cajueiros. Plantavam sazonalmente, milho, fava e macaxeira.
Elita gostava de fazer doces e foi lá que pela primeira vez comi pamonha doce. Gostava de servir doces de mamão às visitas.
Ela sempre fora de Serrinha do Canto
Para mim, o que tem de mais interessante neles é mantiveram sempre uma relação de extrema cordialidade entre nós, eu e minha família.
Eram excelentes vizinhos.
Nas nossas relações envolviam sempre muitas conversas. Eu era um mero coadjuvante, um ouvinte, um bom ouvinte. As conversas se davam entre papai e Joãozinho como era conhecido.
Eles conversavam sobre tudo, trivialidades principalmente. Haviam aquelas histórias mais interessantes que com o tempo e a repetição perderam o encanto. Dentre as histórias por exemplo se conversava sobre superação contando os grandes anos de seca ou de grande inverno, falava-se ainda sobre anos de fartura. Tinham as histórias de coragem e braveza. As histórias cômicas, embora as favoritas de meu pai não se contava muito, talvez em respeita aos cabelos branco de Joãozinho.
Depois que fui embora não tive mais estes momentos maior frequência, foram reduzidos às vezes que ia visitar meus pais. Durante a faculdade, costumava ir em casa todo mês e sempre recebíamos a visita de João e Elita, quando não íamos papai e eu a casa deles.
Ele me via como um lutador, me admirava pelo meu esforço e dedicação.
Antes da faculdade, sempre podiam me encontrar num corredor lendo e quando Joãozinho chagava lá em casa e que estava lendo, parava para ouvir ele conversar com papai. Nunca me cansou suas histórias.
Talvez, inconscientemente já soubesse que aqueles momentos eram ímpares.
Na verdade eles me conheciam desde menino, lembrar deles é lembrar muito de quem sou e qual é a minha origem.
Muitos dos valores que levo, aprendi enquanto convivia com eles.
Foram testemunhos de minha luta e recordar isso me faz bem.
Então fui dormir feliz depois desta memória.


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Movimento matinal

Manhã de chuva fresca,
A luz pouco difusa,
Som dos pingos pingando nas folhas,
O solo encharcado,
A luz do poste acesa,
O escuro da sala,
Percepção, percepções,
Frouxas reflexões,
Em sua totalidade tudo é paz,
Tudo é calma nesta hora que passa mansa e devagar,
Numa manhã de quarta.

domingo, 15 de julho de 2018

A Pioneira

No conto o Zahir  Borges escreve o apotegma "tempo atenua a memória".
Deveras intenso, interessante e real.
Então, memória e tempo constituem uma relação breve caso não haja pontes.
Desde 2013, faço parte do corpo docente do DSE da UFPB onde se localizava a lanchonete Pioneira que servia a estudantes, professores e transeuntes. Este estabelecimento que a mais de 30 anos fora administrado pelo mesmo dono Seu Antônio e sua Esposa Dulce está cerrando as portas. Cotidianamente, antes das sete horas já estava aberto, fizesse chuva ou sol, ao entrar no corredor já podia ouvir a tv ligada anunciando as notícias do Brasil. Com alegria se ouvia um "Bom dia".
Todavia, esta segunda semana de julho, ao passar só pude ver meia porta aberta, sem Dulce e sem mercadoria, a tv estava ligada, mas atrás do balcão estava seu Antônio em silêncio. Não ouvi um bom dia, só vi um senhor de idade, triste que dedicou metade da sua vida, sem saber o que será de sua vida de agora em diante.
Então, nostalgicamente penso que assim como eu, vários calouros e professores novos foram recebidos com tanto carinho, bem atendidos, transeuntes foram informados de seus itinerários. Tanto serviço prestado.
E agora, está sendo descartado por não se adequar as novas condições do sistema.
Aposto que cada dos inúmeros biólogos formados pela UFPB até então tem uma história da Pioneira.
A mim só resta gratidão e carinho.
Sei que o tempo atenuará a memória como dizia Borges, mas sempre lembrarei da Pioneira, nas pessoas de Seu Antônio, Dulce e Vaninha.

sábado, 14 de julho de 2018

Plenos

Quantos dias mais viveremos?
Num determinado momento algo nos faz pensar sobre quanto tempo de vida teremos?
Esta pergunta nos é passível a alguns mais a outros menos, mas se trata de mera intensidade ou satisfação.
Agora, nesta tarde fresca de luz frouxa de sábado fui abordado por tal questão.
Por intensidade metafísica ou por fraqueza psicológica.
Na verdade o que me fez pensar foi ouvir um adágio de Bach dotado de intensa beleza.
As coisas belas tem a capacidade de nos apaixonar e tomados de tal sentimento, nos preocupamos com a finitude.
Possou ouvir várias vezes, mas cada vez será única e de novo ad infinito.
No meu caso não sei quanto mais viverei e não me interessa.
O que importa é a intensidade em que estou vivendo no momento.
Poucas coisas, muito poucas mesmo valem a pena.
Então, que aprendamos a reconhecer essas coisas e seremos, senão felizes, plenos.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Incógnita contemporânea

Como é maravilhoso este mundo.
Mundo este que denominamos nosso, embora desconheçamos sua totalidade e talvez este seja um dos motivos pelo qual o desprezamos ou seja por pura ignorância.
Caso paremos ou desaceremos só para contemplá-lo, certamente, descobriremos o quanto é belo e maravilhoso. Exatamente se pararmos para observar as cores e as formas, ouvirmos os sons, sentirmos os aromas, a temperatura e porque não respirar fundo e tentar sentir o ar enchendo nossos pulmões.
O fato é que somos escravo do nosso tempo, pois precisamos dele para produzir, não falei consumir e sim exatamente produzir.   
Nos tornamos tantos e em tão curto espaço de tempo que precisamos ser os melhores produtores se não seremos engolidos pelo triturador chamado espaço profissional.
A produção em sua totalidade acelerou vertiginosamente e deveras não consumimos consumi-la.
Cada dia novos produtos inovadores, revolucionários, eluditatórios nos são apresentados gerando em nós um desejo intenso de consumi-los nos alienando. A nossa realidade é responsável por isso ou essa realidade virtual? Eis uma questão que não atrevo a responder.
Só percebo que há uma ansiedade muito intensa entre nos por consumir e produzir que foge ao nosso controle e que não sabemos como controlar.
Até quando se sustentará?
Eis uma incógnita.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Circunstâncias

Uma palavra,
Definição?
Um fulcro,
Uma referência,
Uma ordem,
Algo a ser encontrado
ou ser perdido,
Circunstâncias...

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Refúgio

O silêncio,
O pomar,
As galinhas,
Os pássaros,
Os grilos,
Os sanhaçus,
Os cães dormindo,
Galinhas cacarejando,
O vento soprando,
As folhas das plantas  chiando,
As flores brancas, amarelas e verdes abertas,
O cheiro das coisas do protetor solar,
Do tempo,
O barulho da voz grave de mamãe
E as respostas de papai.
Eu monologando.
A alegria da vida.
Cada segundo essencial à minha essência.
Plenitude seria uma definição do momento presente. 

domingo, 1 de julho de 2018

Sucessivamente

Em algum lugar de Martins em 1980 meus avós e tios que já partiram se encontravam muito vivos. O que possivelmente estariam fazendo é uma incógnita, pois nada foi registrado e se perderam as referências, todavia alguns deles, com certeza meus avós Chico e Chica; Sinhá e José estavam celebrando o domingo. Incertos de suas sinas.
Esperavam o almoço enquanto conversavam ou matutavam na vida ou nos problemas. Talvez ouviam um rádio e comentavam as notícias, porém tudo foi perdido e assim está e continuará.
Suas histórias desgastadas de repetição, seus conceitos infantis consolidados, seus corpos cansados e suas ambições e impressões do mundo e aquilo que foi possível de compreender.
Hoje, agora, penso sobre tudo isso. E vem uma reflexão se e quanto evoluí?
Aqui estou esperando o almoço e matutando sobre a vida.
Não há maneira de viver diferente ou há? Será tudo uma ilusão?

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Resposta


Como é lindo o apotegma de Diógenes ou de Platão "O tempo é um espelho da eternidade".

O tempo deveras me intriga e me assusta ou talvez apenas duas de suas consequências: envelhecer fisicamente e morrer.
Nossa vida tem o tempo por perímetro e viver implica em consumi-lo constantemente ou talvez estejamos consumindo nossos corpo e diante deste processo envelhecemos perdendo assim as habilidades motoras e nos tornamos prisioneiros de nós mesmos e o fim é a morte.
A vida é o intervalo entre nascimento e a morte e esse intervalo é mensurado em tempo. Este tempo de vida é uma incógnita para nós, podendo ser breve ou longo a depender da graça divina.
Embora viver nos aproxime sempre de nosso fim nos proporciona algo extremamente delicioso como a experiência e como consequência o conhecimento e a sabedoria.
Realmente se o tempo é o espelho da eternidade nossos reflexões são nossas gerações e o que transmitimos para estas. É muito bom refletir sobre o que podemos apreender das gerações passadas e o que pretendemos deixar para as futuras gerações.
Uma incógnita se forma aqui, como sempre a resposta não foi concluída, mas já ganha alguma definição.
De sorte que no fim talvez tenhamos um conceito do que seja o tempo e a vida.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Refúgio

No alto de uma montanha,
Na beira da praia,
No meio de uma floresta,
No meio de um campo
E em qualquer lugar
Nosso refúgio é o nosso ser.

sábado, 16 de junho de 2018

Solidão ignorante

O silêncio,
O ranger do abrir da porta,
O silêncio,
Um gato sem nome desperta e mia.
O cão sacoleja a orelha e se chega para a cozinha de chão batido.
Os átrios da casa escuros impregnado de cheiro de solidão,
A lenha sendo acesa no fogão de lenha exala o cheiro da madeira.
A panela a cozer uma comida sem gosto.
A solidão,
Qual foi o sonho sonhado,
Qual foi o sentido da vida vivida na solidão?
Alguma ideia?
Alguma paixão?
Ou apenas solidão.
Por ignorância ou por ambição,
A solidão gerou a diabetes,
E esta consumiu meu tio até o fim de seus dias.
De lembranças só resta a solidão.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Memórias sobre rodas

    Uma lembrança me recorreu quando fui pegar a bicicleta em casa para vir trabalhar. Lembrei  num atino através de um odor que não soube distinguir e que talvez foi indiferente. Enfim, por volta dos anos 90 nutri o desejo de ter uma bicicleta e como ajudava em casa na lida. Então lembro que papai comprou uma barra circular da monark. Que especial, linda, vermelha, se não me engano modelo 1992 e tinha até limpadores de raios. Estava na sexta série ginasial. Naquela tarde que cheguei em casa e a encontrei fiquei muito feliz. A bicicleta tinha luvas com cheiro doce e ficou na minha memória.
    Como me fez feliz aquele momento. As vezes as pessoas entendem que nos podem proporcionar uma felicidade intensa num instante. Os pais sabem disso e papai soube muito bem. O fato é que não foi bem um presente, mas fruto de um esforço. Tive que trabalhar para conseguir aquela bicicleta.
É muito bom, antes de tê-la já imaginava como seria ter uma bicicleta e foi muito melhor porque passei a ir para a escola pedalando.
     Engraçado que ainda hoje continuo pedalando para ir fazer minhas obrigações.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Curiosidades ornitofílicas

O que se sabe sobre os pássaros além de sua beleza morfológica e vocal?
Quantas e quais são suas espécies?
Quais os hábitos alimentares?
Quais os habitats favoritos? 
Bem, para nós tudo parte do interesse e este pode ser desperto. Como foi afirmado acima a morfologia e o canto podem ser o gatilho. Quanto a morfologia a maioria dos pássaros se camuflam na maior parte do tempo está oculto entre os ramos, conseguindo passar despercebidos. Com relação ao canto pode-se atrair maior atenção e permitir que se reconheça e os identifique entre os demais grupos.
Cada pássaro parece ter seu próprio canto ou sua vocalização. 
Os loucos reconhecem através dos sons os tipos ou as espécies de pássaros.
Não faz muito tempo havia um hábito comum de criar pássaros em gaiolas. Este hábito ainda existe, mas não com tanta frequência.
Era triste vê-los engaiolados, mas a elegância de seu canto e sua beleza pareciam compensar e legitimar a perda de liberdade.
Não se contentava em ouvir uma vez, mas inúmeras repetidas vezes.
Será uma essência humana? 

terça-feira, 12 de junho de 2018

Bem estar

Hoje, nesta manhã brumada tudo é calmaria.
Não tem brisa, não tem brilho, não tem movimento.
Só se ouve o canto das aves ocultas entre os ramos das árvores.
Sabiá, patativa, bem-ti-vi, sanhaçu e só.
As janelas ainda refletem através do escuro de seus átrios.
É tarde para tudo isso.
Tudo isso me faz sentir bem.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Acontecimentos

Uma manhã chuvosa,
O pio silencioso dos pássaros,
O som de pingos de água que escorre das folhas,
Lembranças!
Imaginação do que foi,
Perspectivas,
Um conto lido.
Pensamentos não escritos.
Tudo isso faz parte de um universo que pode ter acontecido
Ou poderá vir a acontecer.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Momento

Concomitantemente a chuva chove tenuemente enquanto o sol brilha uma luz suavemente dourada.
Neste momento, a natureza é toda reflexão e até os pássaros estão matutando em silêncio.
Enquanto não sou tomado pelos problemas que requerem solução imediata permaneço imóvel contemplando o que penso e o que observo. Talvez não pense em nada nem observe tão pouco algo, mas este momento é todo meu.
Enquanto isso a chuva deixou de chover, mas o sol continuou brilhando e sua luz me permite ver com nitidez a beleza que há na natureza.
E o momento se foi.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Despertar

Despertar e perceber as coisas que nos envolvem e nos suportam e que dão significado a nossa existência é uma dádiva.
Ouvir os pássaros cantando e o ronco do motor da geladeira.
Sentir o lençol nos envolvendo.
Ver a luz frouxa atravessar as frestas pela janela.
Pensar na existência.
Ter consciência da realidade e perceber como já foram e como é hoje.
E perceber que a vida é passageira.
Perceber nas memórias imbricadas pelo tempo o quanto já viveu e o quanto se tem para viver.
Esse exercício é um despertar da consciência existencial.
Quantas vezes não ouvi o estalo dos gravetos sendo quebrados ao som de rádios AM e em pouco
após o fogo aceso se ouviu a água fervendo e se emudecendo a mistura do pó de café e então o aroma se espalhando pela cozinha, sala e quartos.
Quantas vezes mal, desperto, não tive que sair para pegar água no córrego ou nos açudes enfrentado a preguiça e o vento frio.
Por vezes, mal desperto sair para correr ou cuidar do corpo de maneira torpe porque não.
Talvez por não ver outra maneira de ser, nunca me despertei para isso. Despierta!
Hoje para me despertar penso no antes, no agora e na possibilidade de um amanhã.
Talvez assim saberei despertar para a vida.


terça-feira, 29 de maio de 2018

Passagem

Cai a tarde crepuscular,
Em pouco nascerá a lua,
A noite fresca chega.
E mais um dia se vai.
Amém.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Hélio

Ontem, 27 de maio de 2018, Hélio de Paulinha, nosso vizinho de infância, dormiu na eternidade.
Um infarto o ceifou.
Desde que tenho lembrança o conhecia e tínhamos como amigo da nossa família.
Era uma pessoa simples, muito sagaz e bem humorado.
Tinha estatura baixa não tinha 1,70, mas passava dos 1,50 m. Tinha olhos claros e uma barba fechada.
Hélio, desde cedo, aprendeu a arte do comércio.
Vendia e comprava coisas, galinhas, bodes, cabras, ovelhas, porcos, garrotes dentre tantas coisas.
Sabia sempre fazer uma transação comercial de maneira a ganhar sempre algum trocado.
Assim, desde cedo foi se construindo como uma pessoa honesta.
Lembro que quando casou já morava na casa de Crejo seu irmão, mas depois construiu sua própria casa onde viveu até os últimos dias.
No início de sua jornada para se deslocar tinha uma burra baixeira e só com muito tempo comprou uma moto.
Lembro quando nasceram seus filhos. O primeiro foi Hugo e depois veio Tiago. Naquele tempo a gente ia muito fazer boca de noite lá.
Papai adorava ri dos casos que ele inventava e contava.
Lembro na época que a gente precisava colocar água em casa no jegue a destreza como ele enchia as ancoretas.
As vezes que saia em busca de comida para as criações.
É! Hélio enchia aquela baixa de Serrinha do Canto de vida.
Foi um personagem muito importante.
Hoje, ele deve ter se encontrado com o povo que o esperava.
Seus pais Chico Franco e Maria, suas irmãs Nida e Dezu; os vizinhos Joãozinho e Elita de Licor; Artur Barreto, Seu Amaro e Ciça; Bunina, Josimá e Lenita, Diniz que chegou faz pouco tempo; Odaleia, Munda e Sua irmã; Iracema, Lúcia, Zé de Júlio, Nelope e Luiza, Luiz, Açuero; Luiz de Mundin, Dona Francisca, Rita das Arupembas e Zé, Sivirino.
Todos em festa.

Agora só renta de sua lembrança seu aniversário e a gaifa que fazia.

Ocaso

O ocaso está aí.
O dia se divide em noite.
Aos poucos o breu ocultará todas as formas e cores.
Em instantes os rádios tocarão a Ave Maria.
A lua de certo aparecerá.
Esta hora tão saudosa e reflexiva;
A pouca luz e a ave maria e a fé que une gerações.
Tudo isso, pode ter significado apenas para mim
E um par de pessoas,
Mas me emociona,
E me enche de lembranças.
A vida se revela solitária ai.

domingo, 27 de maio de 2018

Um pouco mais

A noite caiu suave, fresca e enlatada.
Depois de um dia de paz.
Assim, estou contente como se sente após
Uma jornada.
Um dia de leitura e reflexão sobre as coisas
Que me encantam como literatura e filosofia e botânica.
Mas ainda resta uma curta noite

Para pensar um pouco mais. 

Domingos e avós

Domingo, dia de calmaria.
Das lembranças que tenho da infância a visita a casa de meus avós era comum aos domingos.
A gente, mamãe e eu, sempre saia de casa cedinho e ia a pé mesmo.
Não sei se a gente conversava, mas talvez sim. Mamãe é uma pessoa muito comunicativa.
E saia pela ou caminho falando com os conhecidos.
Coisas inusitadas sempre aconteciam como encontrar Zé de Julho na burra faceira conversando sozinho.
Passar na casa de Nitinha, onde hoje é coração do açude do porção, para tomar água. Dava gosto ver a limpeza da velha dizia mamãe. Lembro do cachorro de balaio único que tinha visto. E seguia indo até a casa de Vô Sinhá.
Por mais cedo que a gente chegasse o feijão já tava quase cozido.
Quando a gente chegava lá mamãe ia ajudar vovó enquanto eu ficava atoa. Olhando as coisas quase sempre velhas. As cadeiras de balanço, uma com couro de porco espinho, o banco, o tripé de alumínio, a cristaleira, uma gaiola com um golinho, a foto de tio Raimundo.
Se saia via a calçada velha alta. As pinheiras com pinhas brocadas, o banheiro velho.
Entre o armazém e a casa as galinhas gordas de vovó, no oitão um pé de crinum.
Aquele sítio de fora silencioso e sombrio. Hoje entendo que era minha falta de entendimento.
E assim o tempo passava enquanto estávamos ali.
Vovó Zé que era só lembranças e silêncio. Gostava daquela voz que ele tinha, pena que peguei apenas a velhice. No passado era uma pessoa muito alegre e brincalhona.
Vovó que era a palavra de ordem.
O silêncio que hoje gosto era o que imperava e mais fazia não gostar daquela casa.
Palavras só as nossas ou os discursos preparados do rádio.
Hoje tudo passou.
Os domingos ai estão e nós somos os velhos do presente.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Pensar a solidão

Dentro da casa há um corpo solitário.
Ele foca nas coisas que se pode fazer só.
Abre a janela,
Deita,
Levanta,
Abre o livro e ler,
Fecha o livre e num atino ataca a geladeira.
Liga o computador
E se põe a trabalhar.
Ouvir música,
Escrever,
Organizar,
Fazer aula,
Tabelas,
Chaves...
E o tempo corre,
Ansiedade passa,
As costas cansam,
E cansado
Pára para descansar.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Chave!

A vida é cheia de descobertas.
A mim, cada descoberta é uma chave.
Esta chave  pode abrir uma porta
E nos levar a uma nova porta
Ou explorarmos o que há atrás da porta.
Na maior parte das vezes, optamos por buscar uma nova porta
E não conhecer o que se encerrava atrás da porta.
Sempre estamos buscando uma chave
E então sempre partimos do ponto zero.
Quase nunca paramos para matutar a tomada de consciência que nos deu encontrar a chave.
Um dia que não seja tarde,
Aprendamos a valorizar a chave que encontramos.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Insignificância

O silêncio da manhã entremeado pelo canto das aves.
A luz branda que aos poucos vai intensificando,
Vai clareando as formas de lhes dando cores.
Um folha se destaca do ramo da grande árvore
E cai planando feito borboleta.
Coisas insignificantes são tão singelas e puras que são capazes
De se congelarem em minha memória,
Tem mais beleza que uma palavra descoberta de origem grega.
Talvez porque não compreenda nada do que me rodeia.

domingo, 20 de maio de 2018

Metafísica

O tempo,
O espaço
E o ser
Dão forma a existência
E sentido a substância.
Talvez Pessoa tenha razão ao afirmar que a metafisica é uma consequência de se está indisposto.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

A busca!

A manhã que nasce e passa é só um movimento no espaço e no tempo?
Como responder objetivamente se tudo que existe para o eu é subjetivo,
Embora tentemos, não conseguimos transpor a tipologia do eu,
Não somos holotípicos.
Respondemos ao que nos circunda...
Senão consumirmos o tempo o que apreenderemos do mundo,
Da realidade e do espaço.
Então o que devemos priorizar em nossas vidas?
Se pensarmos apenas subjetivamente nunca teremos algo para um bem comum.
Atenderemos nossos desejos? E assim atingiremos algo em comum para a humanidade?
É difícil de descrever ou até mesmo de responder.
Então voltemos a nossa busca, ao nosso trabalho, a nossa meta agora,
Nessa manhã.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Reflexão metafísica.


Nossas crenças,
Nossas ideologias,
Nossas memórias,
Nossos desejos
E a realidade
Como se comungam?

O tempo,
O espaço,
A proximidade,
A distância,
e aquilo que nos une e nos separa
Como compreender?

Há um plano divino?

As coisas que vivemos no passado,
As coisas que vivemos no futuro,
E aquelas que pretendemos viver

Temos algum domínio sobre elas?

O que temos de substancial da vida?

O que achamos que possuímos ou que podemos ter acesso quando queremos?

Não é ilusão?

O que temos de certo são nossas memórias.

Chovendo em Maio

Manhã linda,
Acordei e o céu estava estrelado,
Sai para me exercitar e choveu,
Mas parou e o sol apareceu,
Agora que aqui estou em minha sala
O sol se ocultou atrás das chuvas e chove,
Chove forte,
Como é bom o som da chuva chovendo.
Nesta linda manhã de maio.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Tempinho

Nesta manhã fresca e suavemente fria
Paro para pensar um pouco na existência,
Observo no meu entorno,
Escolho uma música no leptop,
Depois olho através da janela aberta,
As árvores tem seus ramos imóveis,
Os pássaros cantam,
Ouço ainda o barulho do ventilador,
Perceber o mundo não está tão bom,
Desânimo ou canseira ou estresse?
Às vezes acontece com todo mundo,
ficar indisposto por um tempinho.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Momento

Eterno infinito momento
De vazio? de medo? de nada?
Além da compreensão,
Ausência de força, de energia.
Ausência de cinética.
Que é isto que se imbrica sobre minha compreensão?
Que isto?
Aquém da razão.
Eterno finito momento
Que passa,
Só passa,
Sem motivo algum,
Sem conexão desvelada.
Esse medo do seguinte momento.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Direção

Entre os giros e curvas do tempo,
Imbricado fica o passado,
Por vezes acabado,
Apagado.
Uma camada nova se estabelece e se faz,
Enquanto descolamos dessa existência
E aos poucos vamos desaparecendo,
Sumindo...
Sem saber no que nos tornamos.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Catártico

No presente, o tempo me trás a consciência em relação a vida.
Viajei por três dias, mas foram tantas memórias que parece que voltei no tempo.
Fui visitar meus pais como sempre faço quando posso.
Ao chegar em minha casa me deparei com um lugar fabuloso.
O inverno que a muito não vinha com tamanha intensidade fez tudo mudar.
Senti a mudança pelo cheiro, pela temperatura, pelo clima e pela visão.
E me foram reminiscentes tantas memórias.
O cheiro do mato, das flores de mufumbo, mucunã, do milho pendoado.
Senti o solo úmido, molhado.
Vi a água escorrendo nos riachos, as canafístulas, mufumbos e espinheiros floridos.
Como o mato cresceu.
Tudo estava tão diferente e tão igual.
Diferente da última vez que lá fui,
Igual como era no passado...
Tanta água, tanta fartura.
Me vi velho numa fotografia recente,
Meus pais idosos e indefesos com medo das chuvas, acho que tem medo da idade...
Independente de tudo. O tempo passa.
O tempo passa
E as memórias se apagam sempre que partimos.
As memórias são vivas em nós.
A vida é contínua,
Nós seres não, somos meros passageiros.
Fui a casa de vô Sinhá,
Tá coberta de mato e quase caída.
Quem mais tem memórias senão os filhos, netos e vizinhos...
Tudo se apaga no tempo.
Tudo passa.
Como dizia num hino evangélico que ouvia quando criança.
"Tudo aqui é passageiro, tudo aqui é ilusão".
Que certo isso!
Que profético isso,
Talvez só faça sentido para quem já viveu o suficiente para ter consciência.
Com o tempo a gente aprende que tudo tem solução,
A gente aprende com tolerância e paciência.
Posso dizer que foi uma experiência catártica.
Que machuca pela tomada de consciência,
Mas que eleva o espírito,
Que renova a esperança.
Não desanime outro amanhã virá.
Então faça sua história. 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Pra valer

Uma boa noite de sono,
A atividade física,
O café da manhã,
A ida para o trabalho,
O trabalho em si,
A paz interior,
São coisas que nos fazem bem.
Essa sensação de bem está revigorante,
Fazem a vida valer a pena.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Linha acidental

A substância,
A matéria,
A forma,
As cores,
Os odores,
As texturas,
A manhã,
O sol,
Os pássaros,

Acidentes,
Acidentes,

Contornos,
Saliências,

Percepções...

Sensações,

Lembranças,
Memórias.

Tudo apreendido,

No ser,

Pelo tempo.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Esperança viva

Abril é o mês das chuvas.
Suas manhãs frescas e úmidas são muito agradáveis.
Como todos os meses são passageiros,
Abril por sua amenidade voa.
A gente se sente bem com as chuvas.
Esse bem está nos faz contentes,
As vezes felizes.
Aqui na Paraíba já vemos o raiar das festas juninas.
Como está chovendo muito,
Boas festas seguirão.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Viver

Só vivendo aprendemos a viver.
Viver não tem uma definição imanente.
Simplesmente vivemos e consciente ou inconscientemente.
Algo analgo a respiração acontece de maneira inconsciente, sendo raras as vezes que tomamos consciência deste ato.
Embora não percebamos, todavia cada momento é impar no ato de viver.
Não percamos nossos sonhos, não nos desiludamos da vida.
Embora haja a sensação de niilismo na vida, esta é única até que se prove ao contrário.
Nunca vivemos plenamente, mas não precisamos nos reduzir ao niilismo ou se apegar a ideologia do capitalismo.
Podemos ir além percebendo as sutilezas da vida como olhar através da janela e perceber o mundo lá fora e ter consciência que há heterogeneidade no que vemos, nas relações, na maneira como nos organizamos e como os outros se organizam.
Viver pode ser muitas coisas, porém só se descobre saindo um pouco do nosso próprio eu.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Tempo

São os anos?
Nossa vida!
Impressão.

Viver,
Como é mágico cada momento.
Quão impressionante é a vida,
Quão triste é a partida.
A vida e o nada.
Ser esse ser manifesto,
Entender quão efêmera são as coisas,
Quão tênues são as relações.

O tempo tudo acomoda,
Como dizia Diógenes ou era Platão?:
-"O tempo é o espelho da eternidade".

sábado, 14 de abril de 2018

Preguiçar

Uma tarde em casa,
Um estilo de música,
A preguiça,
A felicidade,
A ausência,
Algo que nos complete.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Memórias

Abril, mês pleno de chuva,
Chove pela manhã, tarde, noite e madrugada a dentro.
Hoje, sexta-feira quando despertei chovia,
Parou, choveu novamente e deu uma trégua
E agora, desfia uma garoa suave.
Da minha sala onde a janela está aberta,
Vejo a luz laranja do poste aceso,
A luz branca refletindo nas folhas molhadas da mata.
E segue chovendo...
Tenho boas recordações de tais tempos.
Assim o tempo passa,
Assim o tempo move,
Assim o tempo grava em mim minhas memórias.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Infinito

A luz dourada matinal,
Entre os ramos da mata,
As aves cantando,
As gotas na superfícies foliares,
A janela,
Os pensamentos,
Alguma divindade une o humano ao natural?
Algo de sobrehumano nesta relação.
Paz seria a definição.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Mesmo sem saber

"Tudo aqui é passageiro"
"Tudo aqui é ilusão".

Quando criança, morava num pequeno povoado onde havia muitos evangélicos.
Eles praticavam os chamados cultos constituídos de discursos e hinos.

Lembro muito destes.
Nas noites enluaradas quando tinham cultos
a gente ouvia os hinos de louvou,
Este está vivo em minha mente.

Embora, algumas vozes não falem nem cantem mais,
Alguns ouvidos não ouçam mais...

Algumas pessoas já sabem a realidade destas frases...

Todo mundo um dia descobrirá, mesmo sem saber.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Valorizar

Às vezes, perdido nos pensamentos, enquanto caminho nas ruas ou nas matas ou observando através da janela podemos contemplar mais a vida.
Durante a madrugada sob a luz fria já vi por diversas vezes raposas passeando nas Três Ruas.
Outro dia quando voltava para casa da universidade pedalando, vi um beija flor voando em zig-zag entre os ferros que formam a cerca do campus. Atribui aquilo a dança da coleta de teia de aranha para a confecção dos ninhos. Borges não teria visto isso.
Despis de então sempre reparo com mais atenção no voo dos beija-flores.
Um dos dias mais emocionantes foi quando, na Bahia, íamos na estrada e vi um tatu-bola. Capturei, aquela coisa linda e indefesa, contemplei, depois soltei.
Foi êxtase total.
Coisas assim valorizam muito a vida.

terça-feira, 13 de março de 2018

Amanhecer

Um espanto na madrugada,
Uma raposa,
A meia lua,
O calor,
O silêncio,
O pensamento vagando,
Pensando na vida.
- Bom dia Gonzaga,
-Bom dia Penha,
- Bom dia Leda,
-Bom dia seu Antônio,
-Bom dia meninas (senhoras),
-Bom dia seu Antônio,
-Bom dia seu Ayrton.
O dia começa.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Metafisica do ser

A existência,
O corpo,
Ação e reação,
Manhã e tarde,
Frio e calor,
O mundo que nos cerca,
Nossa interação,
Nossa maneira de ser,
A descoberta das coisas, dos fenômenos,
A viagem da filosofia.

O silêncio reflexivo.
A noite chegando,
O poema concluído.

domingo, 11 de março de 2018

Ideologia

O mundo, o horizonte, o céu,
Os limites humanos,
O dia e a noite,
Os objetos e os pensamentos,
As ideias e seus ideais,
Uma criação divina?
O mundo em que vivemos
E o mundo subjetivo,
Nossa construção?
O nascer e o morrer,
Uma reflexão sobre o agora.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Oração

Entre os estreitos caminhos podemos tombar,
Às vezes entre os espinhos podemos nos espetar,
Mas tudo na vida constitui experiência,
E o tempo nos ajuda a moldar quem somos,
Aquilo que herdamos pode melhor nos amparar,
Fé, autoestima, força, coragem e esperança.
Viver apesar de magnífico não é fácil.
É preciso ser forte,
Muitas vezes iremos cair,
Mas devemos nos levantar e tentar sempre,
Cada um tome sua própria experiência
E que Deus nos proteja sempre.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Intervalos

Na calada da noite,
O silêncio!
Silêncio surdo das sombras.
Sombras que ocultam luz e formas.
Oculto que nos amedronta,
No silêncio da madrugada
As estrelas parecem piscar mais límpidas,
O frio que as vezes sopra,
A chuva que cai,
A luz fria nos postes,
O dia pronto para nascer...
A noite pronta para morrer.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Dever

Alguma coisa tenho de meu dia,
Uma memória,
Fotografias,
Frases lidas ou construídas,
Saudades,
Perspectivas,
Uma tarde encarnada,
Vaga poesia,
Após o domingo,
A segunda cotidiana.
Sensação boa de um dia cumprido.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Trajetória

Nosso mundo,
Fotografias,
Músicas,
Comidas,
Histórias,
Livros,
Memórias
E todo o tempo dedicado ser quem somos,
Nossas crenças,
Nossas afinidades
E gostos...
Quem somos nós
Senão o produto de nossas lutas.
Olhando daqui,
Imagino que tudo poderia ter sido
Diferente,
Mas talvez existam moiras.
Quem sabe!
Amanhã seremos apenas histórias
E Passado.

Felicidade

O que acontece de melhor em um dia?
Pode acontecer
Uma boa manhã?
Uma boa tarde?
Ou uma boa noite?
Nestes intervalos tudo pode acontecer.
Já aconteceu ou poderá acontecer.
Porque tudo é tão subjetivo.
Cada um sabe o que lhes faz feliz.
Podemos desenvolver bons hábitos e
Isso pode nos domar.
O importante é sentir-se feliz.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Contente

Uma sexta-feira,
Em fevereiro,
Céu nublado,
Neblina caindo,
E os pássaros cantando,
Enquanto estou matutando,
Curtindo este instante divino,
O sabiá começou a cantar,
E fiquei contente com isso.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Sentido

O tempo sem substância,
Assim como o espaço,
Ali nos encontramos,
Ali que somos,
Até quando?
Por quanto?
Somos!
Ser.
Fazendo e desfazendo,
Reorganizando,
Desorganizando...
Uma manhã que é algo bucólico,
Uma tarde que é algo viril,
Uma noite que é algo concluído.
Talvez um dia achemos o caminho
E a compreensão de nossas vidas.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Rio

O tempo que rapidamente passa
Às vezes nos confunde perante
Situações dificeis e parece se arrastar.

Mas incessantemente acontece.
Sujetivamos tudo e esquecemos de viver,
Somos um rio com muita água
Que não permite ver a correnteza.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Contexto

Uma foto,
Um texto,
Um objeto,
Um contexto,
Memórias
Que revelam que o tempo passa,
E com ele tudo passa
Inclusive a existência
E necessitamos de frequentemente,
Renascer...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Terra natal

 Nesta terra de plantas com ramos intricados, de solo vermelho, onde o vento sopra mais forte e as aves cantam felizes, onde os afloramentos se revelam, onde as  flores de lianas são perfumadas cresceu o meu pai, terra hoje abandonada por minha. Tudo continua como sempre foi e será porque a terra não é propriedade humana.

Agora, observando cá estou ao sabor do odor das flores amarelas e do canto destas aves e refletindo a dificuldade de viver nestas bandas esquecidas pelos homens que aqui foram concebidos por fim imbricados na concha do tempo. R.T.Q

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Experiência

Vi as coisas acontecerem,
Enquanto presenciei os fatos,
Vi o sol nascer e escurecer,
Vi bebês engatinharem e balbuciarem as primeiras palavras,
Vi o estrago que a violência provoca nos homens,
Vi as doenças consumirem as pessoas,
Percebi e vi a desumanidade por ambicão,
Vi os anos passarem a cada comemoraçáo,
Vi os amados envelhecerem ou não é partirem,
Estive sempre presente em minha vida,
Sem noção do tempo fui vivendo,
Me apeguei antes de tudo a bons hábitos como a leitura e fui fraco perante a gula,
Entre erros e acertos estou vivendo,
Tenho consciência de minha existência ímpar,
Vivo fazendo o que gosto e sendo tolerante com o que não gosto, nem sempre.
Tenho muito mais definições que conceitos,
Sou muito mais eu do que jamais pensei,
Minha vida me parece suficiente,
Nesse caos que é uma reunião de família me sinto bem.
Não sei do amanhã, mas aprendi que tudo se resolve com fé e ação.
A vida é bela. 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Vida uma aventura

O sol brilha intenso,
Solo árido e empoeirado,
Árvores e arbustos em garranchos,
A ociosidade,
A imaginação,
A leitura expandindo a mente,
A manha,
Aguar as plantas,
Observar o nascente,
O poente,
As estrelas piscando na noite,
A lua cheia.

A viagem.

domingo, 31 de dezembro de 2017

Ano velho

Depois de 364 dias mais um ano se vai.
Ultimamente, os anos voam com seus atropelos.
Em 2017, passamos por bons  e maus momentos.
Dias de luz e paz.
Dias de trabalho,
Dias de imagens,
Dias de fotografia,
Mas novos dias virão em 2018,
Que os dias sejam suaves... E sob os cuidados de Deus.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Universo subjetivo

Os avos,
Os pais,
A comida,
A vestimenta,
As atividades cotidianas,
Os ensinamentos,
A fe,
As oracões,
As cançoes,
O modo de ser,
A personalidade...

Quem somos
E de que forma é constituída nosso ser?
Indagações existenciais.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Reminiscência ...

As impressões,
O tempo,
As memórias...
O ontem e o hoje
Tudo tão passageiro,
O amanhã incerto,
Aquilo que nos encanta
Oculto bem diante de nossos olhos,
Uma célula,
Uma família botânica,
Um gênero e uma espécie reconhecidos,
A alegria de conhecer,
Dominar o saber através da leitura, do empirismo, do racionalismo e o subjetivismo mediando tudo...
Aristóteles, Platão, Santo Augustinho, Descartes, Spinosa, Kant, Linnaeus, De Candolle, Bentham, Gardner, Afrânio...
Jesus Cristo e Buda...
Admiração, crença e fé.
Os livros lidos de literatura, história, filosofia e ciências naturais.
Tudo levando a novas amizades, novas conquistas do mundo interior e exterior,
Sempre ultrapassando as fronteiras, seguindo além dos limites. Consumindo assim o tempo, acumulando as memórias vivendo a vida e provando que o impossível é possível quando se tem uma paixão.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Contentamento

Uma tarde quente,
O crepusculo,
A calmaria,
O céu azul,
A luz se diluindo,
As serras,
As cadeiras vazias
O silencio,
A cachorra alva deitada no terreiro,
Uma xícara de chá de folha de capim santo,
O fim do ano,
A ociosidade,
O contentamento,
Um dia de cada vez,
Uma vitoria,
Uma alegria,
Uma poesia...

Esperança

O sol que de brilho intenso,
Após meses de verão,
Sopra forte o vento do nordeste
Fazendo os garranchos e
Folhas de catolés vibrarem.
A terra com seus solos nus
Se deixam se levarem e se tornarem
Pó e poeira.
O nosso olhar para a natureza nua
É de compaixão
Rezamos, pensamos positivamente
Na chegada das chuvas.
Nos anima os sinais
O canto do roxinol,
O coaxar da perereca,
As árvores cobertas de ramas
Juazeiros, copaibas e jatobas.
Então aguardamos a chuva
Na nova manhã,
Na nova noite,
No preparo nebular.
Esperança é o que não pode faltar.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Ociosidade

A tarde cai nublada, quente e fagueira.
O tempo,
A tarde,
O silêncio na tarde de sabado,
As árvores secas,
Os coqueiros,
O asfalto,
A ociosidade,
Um poema,
O vento calmo,
O terreiro poeirento,
O Natal chegando,
O fim de ano!
2017...

Fim de ano

Dezembro,
Dia 22, sábado
É quase Natal,
A casa está cheia de sobrinhos,
Aqui em casa tudo é encantador
Do nascer ao pôr do sol.
Ontem, vimos os álbuns de fotografias
E recordamos bastante, rimos
Nos emocionamos
Com as memorias.
Hoje amanheceu uma manhã limpa e ensolarada, agradável e fria.
Esperamos a chuva, mas enquanto não chega
Tudo vai desvelando lentamente.
E esse lentamente é continuo,
Pois a vida é contínua tambem.
Ainda deitado, percebo mundo lá fora
Enquanto o sol cresce,
As galinhas e aves cantando,
As crianças dormindo.
E o ano se indo.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Vô Sinhá

Não convivi com vovô Sinhá na juventude,
Mas tive o prazer de conviver na época doce, sua maturidade.
Sua fé em nossa senhora,
Seus adereços,
Sua artrose,
Sua sapiência,
Sua linguagem formal,
Suas crenças,
Nossas conversas,
Meu encanto,
Minha admiração,
Minha curiosidade,
Meu pouco entendimento,
Meu respeito,

O aprendizado,
A humanização,
A identidade,

As tardes quentes,
Os costumes,
O cuidado,
Os sofrimentos,
As alegrias...

A nossa existência,
O tempo expirado...

A saudade,

Vovô Sinhá faria 104 anos ontem,
Tempo espirado,
Enovelado em espiral,
Ecoando cada vez mais distante,
Mas vivo está meu amor,
Viva está em meu coração.

Ida

Um domingo,
Avós idosos,
Filhos amorosos,
O amor e devoção de mamãe pelos pais, vó José e vô Sinhá,
Que lindo isso!
A oração herdada,
A fé cultivada,
Sair de casa,
Caminhar com mamãe,
Cumprimentar as pessoas na estrada,
A casa de Alzelita,
A limpeza e o cachorro de Caboquinha,
A Casa de tia Nevinha, a casa de tia Biluca irmã José casada com Pedro de Lião, a casa de Neta, 
A escola isolada,
A casa de finada Januária irmã de vô José,
A casa de Zequinha, a casa de Paté
E finalmente a casa de vô Sinhá...
A vôz roca de vô José com cabelo e cavanhaque branquinhos,
A gaitada viva, sua bengala, seu silêncio o corpo cansado.
Vô Sinhá fazendo as coisas,
O feijão cozido as 8h,
O cachorro,
O banheiro velho,
A calçada avistando o parieiro,
A conversa,
Minha impaciência,
O tempo roto desbota até as memórias...
Muitas coisas passam ocultas na vida,
Não tem como entendê-las,
Salve o amor fraterno.

Memórias amorosas

A generosidade de vô Chiquinha,
Suas cândidas flores,
A cristaleira com a foto de Tiane, Tia Margarida,
A foto de papai quando novo,
Um quadrinho que papai trouxe da Bahia escrito lembrança de minha querida mamãe.
O altar azul,
O peituril baixo da área,
O simento riscado em moldura,
As largas paredes brancas e as portas azuis da casa,
Os tornos de madeira, as vezes com abelha,
O fogão baixo,
A gaiola com o golin,
A lenha queimando,
O feijão borbulhando ao ser cozinhado,
O arroz da terra pronto,
O frango cozido,
O café,
A conversa arrastada de vovó,
Sempre chorava a partida de vovô
A chegada,
A conversa,
A partida,
Não entendia muito daquilo,
Acho que hoje talvez entenda um pouco mais...
As pessoas partem e deixam saudades,
Guardamos na memória,
Essa doce poesia que é viver.

Avós

O tempo,
Cada estação com suas peculiaridades,
Calor, luminosidade,
Folhas e ramos secos,
Flores singelas,
Pássaros cantando,
As cigarras e seus cantos,
Cheiro da flor de caju.

E as memórias nos aproximam do passado,
Vô Sinha, Vó José,
Vô Chiquinha, Vó Chico,
As flores puras do jardim,
Um pé de romã,
Um pé de pimenta,
Uma horta atrepada,
As galinhas gordas,
A doce cana do pedrecal,
As  mangas espada,
As jaqueiras de Tio Michico...
As bananas e limões do São Pedro,

Vivas memórias de alegria, fartura e esperança,
Que jamais me abandonarão.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Aurora

Aurora primeira,
A fria madrugada,
Crepúsculo encarnado,
Aves despertas,
O badalo do chocalho tilinitando,
Cantos dos pássaros no baixio,
A poeira fria do caminho,
O algarobal, as latadas de melão de são caetano,
Os pássaros voando, cantando, forrageando,
O preá desconfiado,
Flores estreladas de jurubeba,
Fotografia, alegria da alma,
Os cinco sentidos,
Concentração das ideias,
Enfim plenamente vivo.
Depois a manhã passa,
E esse dia pelo fica na memória.

Sanidade

Uma lua cheia,
Um vale inundado de luz e vento,
O som do vento,
A noite que esfria,
O monólogo,
O silêncio,
O autoconhecimento,
O caminho,
A margem,
As rochas no caminho,
O entendimento,
A fé,
Os medos,
As crenças,
Tudo que passa,
A ignorância,
A sabedoria,
As fases da vida,
O cuidado...

Tudo que margeia a sanidade.

Ocaso no sertão

O anoitecer enluarado,
Uma estrada de areia com curvas,
A vegetação intrincada, toda cinza,
O vento soprando entre árvores e arbustos exauridos,
Um ser humano e seus pensamentos,
Sua condição humana,
Seus orgulhos e pecados,
O ocaso,
A hora da Ave Maria,
Schubert...
Luiz Gonzaga,
Rogai por nós pobres humanos,
Para que saibamos caminhar vida a fora
Em paz.
Que o orgulho, que a inveja, que a angústia essências humanas
Não falem mais alto.
Que sejamos mais fortes que nossas fraquezas,
Porque o amanhã é tão próximo,
Que tenhamos sossego em nossos corações,
Que enfrentemos os problemas com coragem,
Que humanamente sejamos dignos de ser quem somos.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

É preciso

É preciso ser paciente
Com a vida,
É preciso ser paciente
Com a dor,
É preciso ser paciente
Com o calor,
É preciso ser paciente
Com as dificuldades,

É preciso ser paciente nem tudo vem para ficar,

Tudo passa.

Precisamos ser tolerantes com a vida, com a dor, com o calor e com as dificuldades.

Tolerância com a adversidade,

Com a diversidade,

Cuidado com a paranoia
Com os lados,
Com as opiniões...

É preciso viver,
Mas hoje está complicado!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Amanhã!?

O silêncio da noite,
O céu estrelado,
Paz...
A sensação de paz.
Mais um dia vivido,
Mais uma luta vencida,
Sem um elo para o amanhã.
Todavia se há, paciência.
Melhor é ler uma poesia,
Neruda, Drummond, Bandeira
Pessoa, nada para,
Tudo flue...
Amanhã pode ser melhor que hoje.
Ou não, ou nada.
Tenho a certeza que lutei o bom combate.

Sentido

O sol escaldante do meio dia,
Folhas verdes murchando,
Calor,
Poeira,
Pele queimada...
Quanto tempos temos de viagem?
Como seguir com ânimo
Perante o desânimo da vida.
Algo de importante é necessário
Para seguir em frente,
Tendo em mente que futuro há.
Um novo dia,
Um sol visto com outro olhar,
Um novo brilho...
Tudo pode ser,
Mas também pode e deve e vai passar,
Sentido devemos encontrar.

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

Gogh