quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Meu castelo

O lugar onde moro, está mais para castelo.
Quando vou a sacada e olho para o céu é tão belo.
No céu de minha noite,
A lua vai minguando,
As estrelas estão brilhando,
Nuvens passam sombreando a lua,
Hoje, que trabalhei tanto estou tão cansado,
Mas recebo o afago do vendo,
Um abraço da noite
E a cama me chama.
Minha casa é meu castelo,
Nunca me senti tão bem,
No meu pequeno castelo,

terça-feira, 22 de outubro de 2013

domingo, 20 de outubro de 2013

Feliz manhã

O coqueiro cresce fagueiro,
No quintal da vizinha,
Cresce também uma caramboleira.
No chão crescem gramas.
No alto do coqueiro
Pousam sanhaçus
Com chamado curto...
Na manhã ensolarada,
Plantas coberta de flores
Flores brancas, lindos Himatanthus,
Embelezam tantos jardins
Do meu bairro,
E canta, canta a cambacica,
E a manhã se vai...
E o coqueiro faqueiro
Dança acompanhando a brisa.

Agrados da vida

Uma manhã de sol,
Após a chuva.
A brisa soprando.
O cheiro das flores,
Música clássica na vizinhança,
Uma poesia de Borges, Neruda, Drummond ou Bandeira.
A música de Almir Sater ou Cartola.
Uma cédula de alto valor perdida no bolso de uma roupa guardada.
Um telefonema marcando um encontro,
Um riso de criança,
Um afago,
A paixão de alguém pela vida e seu prazer em executar.
Acordar cedo ou dormir até mais tarde.
Um bom almoço,
Uma boa companhia
E uma boa conversa.
Coisas que são possíveis apenas
Em vida.

A lua, a manhã e cantatas

A lua cheia encheu a noite
Duma luz clara e suave.
A lua reinou na noite
E junto com a brisa
A noite silenciou.
O sol nasceu,
Os pássaros cantam felizes
Coletando néctar e frutos.
E a manhã vai passando.
Ao som das cantatas de Bach.

sábado, 19 de outubro de 2013

Quantos?

Quantos seres habitam em mim?
Quantos são aqueles que fazem de mim quem sou?
O que vejo,
O que sinto,
O que ouço,
O que penso,
Sentimentos de alegria,
Sentimentos de tristeza,
Quem me descreve uma poesia?
Faço às vezes alguma proeza?
Quantos seres habitaram Pessoa?
E Gogh,
E Nietzsche,
Aquilo que nos separa a vida,
Aquilo que nos une o amor
A existência!
Existir é sofrer sempre,
Amar é sofrer,
É ter coragem de se doar
Mais que receber...
E há algum dentro de mim
Que quer amar?
Aquilo que me constitui
é aquilo que permito
ou que insiste e expressar em mim.
Porque sou apenas um ser
Que aguarda sem pressa pelo fim.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sexta-feira

Na minha nova rotina para quem não sabe, adoro uma rotina. Acordo muito cedo. Antes das seis horas já estou quase de banho e chá tomado. É lógico que estou dormindo supercedo.
Acordo, abro a janela e contemplo o sol e comtemplo a mata e contemplo a vida.
Quando acordo, em meu apartamento despertam juntos o rádio e o fogão.
O rádio fala e o fogão aquece. Confortam-me a solidão.
E o sol me abraça e o dia se passa.
E tudo vai passando.
Agora é menos de onze e eu já estou vovozando.
É a vida.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Tudo passa!

O tempo passa!
O tempo urge!
Fotos, objetos e memórias
E o tempo nos liga
Nos une e não deixa
Nos esquecer que o tempo passa.
O ontem nos é tão próximo!
A quem viveu muito,
O amanhã chega tão depressa,
Tudo passa,
Tudo passa!

Para o fim

A noite caiu suave,
Nem a vi chegar,
E ela nem veio depressa!
Veio devagar,
Quando percebi,
Era noite,
Quando percebi,
A lua crescente brilhava no céu.
O vendo derrubava
Os estames das flores de jambo.
E a noite corria para o fim...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O vago da noite

A noite caiu tão depressa
Que nem vi o sol partir.
A noite caiu e quem viu?
O sol de hoje se foi,
Um dia a menos,
Tanto esforço
E tanto cansaço!
Tudo foi levado pelo fim da tarde!
Amanhã é outro dia,
Outra luta, outras coisas acontecerão.
Engraçado, sempre cremos na felicidade
Presente no passado.
Cadê a tarde e o sol rubro?
Sei lá, ainda hei de ver!
A solidão e os livros e as aulas
Me acompanham!
Sinto falta de minhas doces leituras!
Sinto falta das tardes!
Tudo se foi com a tarde e o tempo...
Será isso mesmo que eu quero?
Goethe dizia que um homem sem tempo
é um homem sem métodos.
Acho que não tenho métodos...
E ansiedade horas tomam conta de mim,
Horas a esqueço!
Ainda bem que posso ouvir Pessoa, Neruda e Borges!

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh