quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Saudades

Há tanta beleza para ser vista
E ser descoberta.
Há tanta coisa boa na vida.
Hoje, à tarde, cantava alto o sabiá.
As maritacas sumiram.
Bem cedo, ainda madrugada
Canta o sabiá.
Lembrei de como era bom acordar nessa época
Em Barão onde o sabiá cantava em minha janela.
Tinha, ali, um pequeno jardim,
E o silêncio e noites inteiras,
De alegria.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Profunda noite

É noite profunda.
O céu estrelado,
O frio da noite nos envolve,
E nos faz sentir medo do nada.
A noite profunda
Muitas vezes é o nada.
Ausência de movimento,
Ausência de tanta coisa.
Grilos cantam,
Maquinas refrigeradoras
Trabalham.
E a noite cai
Para se derramar na manhã.

Dança das folhas

É verão,
O sol brilha
E é tão belo.
Dançam as folhas ao vento
Quando se desprendem
Dos galhos,
Saracoteam, flutuam
E tingem o chão
E lhes dão chiado.
Nuas as árvores florescem
E depois se vestem,
Aproveitam o verão.

O cerrado e eu

O Cerrado no verão é tão belo,
Com seu céu limpo e azul,
Com suas plantas nuas floridas,
Com a algazarra das aves na matina,
Com o calor, o barro solto,
Numa frenética espera pela chuva.
O Cerrado encanta,
A cada estação, embora reduzido,
O cerrado ainda é cerrado.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O mundo e a palavra

Amplo é o mundo,
Densa é a palavra que o determina.
Tudo que vejo se não consigo verbalizar
Não tenho como expressar.
A palavra, organiza o mundo.
Cada língua tem seu trato
e densidade de sua palavra.

domingo, 11 de agosto de 2013

Cerrado Dourado

É agosto,
O Cerrado aparentemente tudo está seco.
A poeira vermelha se desprende do chão 
e tinge o mundo de vermelho.
O céu está tão azul,
O horizonte cinza,
E agora temos a florada dos dourados ipês amarelos,
Belo, belo, belo,
Embora efêmero,
Douram o cerrado,
Embelezam o mundo,
Flor a flor se abre,
Flor a flor se desprende,
Logo serão apenas, frutos,
e mais logo em seguida sementes aladas,
E mais em seguida se germinar, plantas,
Nunca mais verei esta floração,
Cada ano é uma nova estação,
Linda florada de ipê,
Doce Cerrado,
É tão belo dourado.

Os Sinos de Ouro Preto

Dobram os sinos,
Rua afora, ladeira acima,
Ladeira abaixo, soam seus timbres peculiares.
Quem é daqui, reconhece de onde vem
E em qual igreja dobra,
Dobram e encantam a cidade.
Que anunciarão os sinos?
Quantas vezes dobraram os sinos?
Gerações foram despertas
E adormecidas...
Linda Ouro Preto,
Cheia de tradições,
De jovens alegres,
De repúblicas vivas,
De turistas curiosos.
Quando dobram os sinos,
Viajo na concha do tempo,
Que só existe em pensamento,
Cantam as várias aves,
Enquanto a cidade é silêncio
E som de sinos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tempo reflexão

O tempo passa
e deixa marca na pele
e deixa marca na alma.
O tempo passa
Sem que percebamos.
Ontem, hoje, e amanhã
são infinitos...
Tudo passa.

Escorrer

Enquanto caminho, penso na vida.
Nem sempre penso, as vezes tenho uma ideia me dominando,
Consumindo minha alma.
Ontem enquanto caminhava via a aspereza do chão
de concreto corroído pela água.
A água que mesmo amorfa e líquida transforma as coisas
Ou são as coisa que se transformam.
A aspereza daquele chão empoeirado
me levou a esquecer a bendita ideia e pensar numa coisa mais simples e forte.
A água que escorre, mole, plástica, suave e vai se entregar ao mar,
ou sabe á o que, mas escorre sempre, por força da gravidade.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Noites

Noite, noite, noite...
Três formas diferentes de ver a noite.
Noite pós fim de tarde,
Noite profunda meia noite,
Noite aurora,
Finda a noite.
Logo mais tudo é dia.
Ou nunca mais veremos a noite
ou o dia.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh