O pequeno e franciscano rixinó,
Amanhece feliz em setembro.
Desperta-nos a cantar.
E canta sempre a dançar.
O sanhaçu de coqueiro afiando tesoura.
O bem-ti-vi ao longe.
E a patativa cantadeira...
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
O pequeno e franciscano rixinó,
Amanhece feliz em setembro.
Desperta-nos a cantar.
E canta sempre a dançar.
O sanhaçu de coqueiro afiando tesoura.
O bem-ti-vi ao longe.
E a patativa cantadeira...
Sábado pela manhã, fomos ao aquário da penha. Aos sábados o papai cuida do Sassá e para não ficar pesado saímos para passear. Fomos ao aquário. Estávamos de saída para a Bica, mas a mãe dele não ia. Ele falou, vamos ao aquário. Já tinha em mente só confirmei. Fomos devagarzinho ouvindo nossas músicas infantis em inglês. A mesma playlist a mais de quatro anos. O sol estava a todo vapor, o vento soprava forte e o céu azul anil. Descemos o Timbó, sentimos o cheiro do esterco do curral dali. Seguimos pelo altiplano. Vimos o absurdo do prédio da OAB, feito a menos de 300 m da falésia. E fomos... Estação ciência... Penha. Parei para fazer umas fotos na praia da penha. Vimos seu Chico guardando carro. Entramos, fiz fotos de maracujá, mandacaru da praia, com muito cuidado para não estrepar o pé nem tocar numa cansanção. Fomos pelo caminho até a praia. Fotografei o barco de São Benedito, lindo grande, branco com letras vermelhas. Fomos até a praia. Eu contei a Sassá que foi ali pela primeira vez que ele pisou no mar. Não fosse minha angustia de ter perdido meu pai tão recentemente, teria sido maravilhoso. E foi eu que estava mergulhado na dor. Sábado não. Estava feliz, mostrando para Sassá o lugar onde ele viu primeira vez o mar. Ele perguntou porque não iamos para lá. Respondi, por não ter onde se banhar para tirar o sal... Bom depois disse vamos ver o aquário e fomos. Cada peixe que ele via, sabia que já tínhamos visto, mas dizia... esse nunca vimos né papai e eu confirmava... Quis ir logo ver as aves, pedi paciencia e ele foi paciente. Fomos e vimos as aves, mas será outro conto.
Céu azul,
A luz amarela difusa na areia,
Quente areia múltipla.
Verde mar,
Ondas a cantar,
Vento a soar.
Na linha do horizonte desperta o leste,
Lá o céu vira mar,
Lá o mar vira céu.
Ao lado viçosa a verde salsa a verdejar,
Flores esreladas,
Flores rosadas,
O feijão rosada flor,
Atropuprúrea flor.
Sementes marrons perdidas na areia...
A sombra do coqueiro,
O grito da maracanã,
Asaldelta do caracará.
Maria farinha a cavar.
Sento na areia,
Como um grão de areia na vastidão da praia.
Como um grão de areia na vastidão do mar,
Vastidão do céu,
Vastidão do ser.
Sol a pino,
Terra branca, arenosa,
Quente terra.
Ervas secando,
O cuidado do homem,
Na terra limpa crescem a florescer o algodão,
Flores amarelas vão avermelhando com o caminhar do sol,
Verde metálica abelha na garganta da flor...
A água a secar,
O sol a cozinhar,
O fruto a trabalhar
A fibra,
A semente.
E o homem a cultivar
A beleza da planta,
O cheiro da fibra,
E depois a colher,
Para do trabalho sobreviver.
Achei que poderia domar a mente.
Agora sei que me enganei.
Sofri tentando domar o indomável.
Somente quando entendi que a mente
É energia, é ordem, é lógica.
A mente é uma autocriação.
Uma forma de ser condicionado a nossa história.
Deixa ir a mente.
Tudo feito,
Mostra quanto sacrifício.
Chica, hoje eu vou fazer a faxina,
dizia o meu avó a minha avó.
E eram felizes na simplicidade.
A unidade da essência versus a pluralidade da existência.
Energia pura, signo.
Energia fundida.
Severino quer casar com Antônia,
Mas casar requer casa para morar,
Já escolheu o lugar,
Já falou com Cícero, José e Francisco.
Foi na mata tirar linha, vara, e cipó.
Foi o baldo ver a argila.
O verão já chegou.
Arrumou o jumento para trazer água.
Matou um bode e foi o dia da construção.
E a trabalhada foi grande, suor e cordialidade,
Desejo de amar, fez a casa de taipa...
Do vazio a casa tem sua utilidade,
Encomendou um pote a Girlente,
Encheu o pode de água.
A casa novinha é tão bonita como o amor do casal.
Moacir fez o casamento.
Uma rede pra dormir.
E a vida para viver.
Na casinha corada feito joão de barro.
E a vida a começar.
Cálido sol a manhã a despertar,
A lua crescente, ao amanhecer continua acesa.
Depois o sol apaga.
A gente guarda na memória singela beleza.
Essa paisagem eterna.
Me ponho a pensar no tempo.
Na eternidade, na beleza.
A lua será bela em qualquer lugar?
Ontem Sassá estava com a bateria carregada.
Pulava, ria, falava sem parar.
Nem imagino por onde começar.
Melhor falar de algo bom.
Após o jantar, chupamos um dindin e fomos brincar de carrinhos.
Tentando não acelerar muito.
Ah! comprei jiló para ele provar. Pegou um jiló, mordeu e saiu dizendo que tinha gostado.
Só que nem terminou de comer.
Influenciado pelo personagem do Contra da turma da Mônica, quis provar e não aprovou.
Até leu o nome do cascão na capa de um dos gibis.
Está quase lendo.
Entende como é está com Sassá.
Sempre as pressas.
Sem texto ou contexto.
A primeira vez que vi uma pipa ainda era criança. Fiquei encantado. Aconteceu lá em Serrinha do Canto, lugar onde nasci. E não chamavam pip...