Meu peito está dividido!
Saudades de mamãe e de papai.
A presença de meu filho.
O limite entre ambos
É inefavelmente o tempo...
Só na imaginação poderemos sentarmos juntos...
Ser e existir...
O ser é eterno.
O existir é só um espaço de tempo.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Meu peito está dividido!
Saudades de mamãe e de papai.
A presença de meu filho.
O limite entre ambos
É inefavelmente o tempo...
Só na imaginação poderemos sentarmos juntos...
Ser e existir...
O ser é eterno.
O existir é só um espaço de tempo.
Vi algo muito interessante,
E adoraria contar,
Meus amigos eu vi
Dois sabiás a dançar,
Enquanto dançava chirliava,
Um canto de sabiá!
Um era o macho e a outra fêmea,
Um fofo e um esgui.
Dança pra cá,
Dança pra lá,
Tão bela aquela coreografia,
Não deu pra parar de olhar.
Foi um tempão.
Sobe no galo,
Voa pro chão,
Ora no cajueiro,
Ora na cirigueleira,
Uma dança transcendental,
Até apareceu outro sabiá,
Mas nem se meteu,
Olhou e foi embora...
E a dança foi quase meia hora.
Como dança o sabiá,
E nem sabia que sabia
Dançar um sabiá.
A mata a despertar,
Verdes folhas acendendo,
Com a gloriosa luz solar,
De repente nem ouço,
Mas aconteceu acolá,
Um vôo rápido e suave
Se acaba num pousar.
O que vem lá?
Um corpinho de sibite
Bico afilado e curvado,
O papo amarelo limão,
As costas cinzas,
E uma sobrancelha branca...
Adivinhe lá...
Uma patativa
Começou a cantar
Cantou para se alegrar,
Feito ventilador,
Girando da esquerda para a direita...
Por que cantar?
Animada canta muito e sem parar.
E de repente o silêncio.
A mata calada de novo.
Nem vi!
Mas sei que estava lá,
Mas sei que deixou de está
E agora o canto está longe!
Será ela ou outra?
Sassá está esperto!
Estamos brincando com as palavras e as fomas.
Gostamos de brincar com rimas das palavras.
Pato rima com gato...
Lindo rima com findo...
Comprei um livro chamado quem comeu os bolinhos.
Já lemos várias vezes.
Ontem como estava disponível, peguei-o para ler, mas antes.
Exploramos as imagens na capa e contra-capa.
O que! um bolinho sapato.
O que! um bolinho sapo.
O que! um bolinho piranha!
O que! um bolinho gato.
E rimos, antes de ler nos divertimos com essa brincadeira.
Depois li, li outro...
E ai fomos brincar na cama.
No dia cinco de setembro de 2025,
Estava em Serrinha dos pintos e algo surpreendentemente aconteceu.
Eu nunca tinha visto.
Era uma sexta-feira.
Acordei e vi a maior cerração.
Sai para caminhar e tudo estava fechando de cerração.
A gente não conseguia ver a uma distância de 100 metros.
Foi surpreendente, e o mais surpreendente é que durou a manhã inteira.
Com respingo de chuva e cerração.
Foi um dia, mágico, incrível.
O dia todo foi fresco e nublado.
Passamos até o dia inteiro em casa.
Ontem, Sassá se ocupou de desenhar,
Fez lindos desenhos de animais selvagens.
Sassá ama animais.
Diz que vai ter todos quando crescer.
Desenhou um lince,
Um cão vermelho,
Um coala...
E uma paisagem associada ao bicho.
Um chão.
Uma árvore.
Admiro com amor sua gana de desenhar.
Uma música toca minha alma.
Ave maria!
Acende em minha mente
A saudade de minha eterna mãe.
Maezinha que me alimentou,
me amou...
Enquanto estivemos presentes,
Compartilhamos o maior sentimento.
O amor.
Mãe sinônimo de amor.
Eva, Maria, Francisca...
Três pedras catei na estrada,
Santíssima trindade eu representei,
Pai, filho e espírito santo.
Sagrada família evoquei,
Jesus, Maria e José.
E rezei três pai nossos
E três ave marias.
Era granito ou quartzo.
Olhando para o espírito,
A fria pedra se aqueceu com meu calor.
Rocha infinita.
Três uma representação de completude.
Início, meio e fim.
No alto da aroeira,
Uma ave a cantar!
Sozinha cantava,
Parecia contente!
Interessante pois essa ave vive em bando...
Parei e contemplei.
Mas me veio uma indagação.
Completa!
Por que cantar?
Pra que cantar?
Qual a vantagem!
Se estava sozinha...
Se o canto não é uma memória
ou um texto...
Seria uma ave poeta?
Talvez não, mas era uma ave completa.
A gente chama a chama de papa-arroz,
Outros de chopim,
Outros de vira bosta...
E o que tudo isso importa.
Aquela ave completa,
Era uma pontinha dos mistérios divinos.
Caminhando vi o espaço passar,
Vi pedras no chão,
Vi a vegetação sedenta,
Vi a imensidão do lugar...
Vi um angico gigante,
Nu, sem uma folha a avistar,
Totalmente armado com seus cones espinescentes,
Tamanho era sua majestade,
Parei para contemplar.
O sadio é belo por ser pleno.
Só ramos e tronco,
Eterno o angico
Que um dia foi semente,
Um dia foi frágil...
Não tem passado, presente ou futuro.
Ele é!
E isso é tudo.
Levei Sassá ontem a minha sala. Ele disse que havia ido lá pela segunda vez. Perguntou sobre o meu Chefe e nem sei de onde ele tirou isso. M...