segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mundo

Como me sinto pequeno diante da grandeza do mundo, da beleza da vida.
O céu tão azul, o rio tão sereno e as flores tão singelas. As vezes me sinto
leve como um papus ao vento, sinto o som da eternidade da alma,
mas sobretudo, muitas vezes me perco pelos caminhos da vida,
me perco, sinto medo, me sinto fraco, outras vezes sinto totalmente
o contrário.
Porque sou um humano cheio de sentimentos,
tenho meu mundo subjetivo e desconheço os demais,
respeito, mas cada um com o seu mundo...

domingo, 21 de agosto de 2011

Onde algo começa e onde termina?


Não se sabe, pois a vida é incerta e curta. O que me espanta e o que me desperta, certamente não desperta em outrem. Porque somos muito peculiares. Temos nossos mundos subjetivos que queremos enche-lo de tudo que há de melhor, mas nem sempre fazemos o devido esforço para atingirmos os objetivos, por semos insolentes ou preguiços. Dispendiamos nosso tempo tentando satisfazer nossos desejos sensuais. Adoramos colher os frutos, mas odiamos preparar a terra, gostamos do resultado pronto, achamos muitas vezes que o tempo dispendiado não vale a pena. De fato não sei o que despertou em mim uma louca vontade de saber tudo, não sei. Agora confesso que sou cabeça dura como meus parentes e como meu sobrinho mais novo e por ser cabeça dura, sempre que ponho uma ideia na cachola, quero provar que estou certo e essa persistência me levou a descobrir muitas coisas interessantes e a me despertar para o mundo abstrato. Sempre quis ser mistérioso o que não conseguir por não saber guardar segredos. Tenho que nem eu mesmo consegui arranhar, onde tudo começou, sei como tudo pode terminar. Na verdade tenho medo do incerto. Amanhã quem sabe.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mistério



Sei que o que sou é o que desejo ser,
que o meu mundo subjetivo é profundo,
sei também que no meu mundo,
posso combinar com outros mundos,
Sei que o meu mundo encontrou o seu mundo,
e foi uma troca muito rica, 
voce me ensinou e eu aprendi,
voce me viciou a gostar de falar,
mas principalmente a gostar de pensar.
Sinta-se, pois és a estrela que me deu um norte,
ensinou-me a ser mais eu e a ser forte,
e que independente de onde venhamos,
não há um limite, não há limite para a mente,
é preciso ter fome de cultura, de aprender,
é preciso mesmo compreender,
que quando tudo parece bom ou bem,
logo virá uma mudança,
Aprendi com você que saber
não ocupa espaço,
é preciso ter nervos de aço,
para suportar e esperar,
o que não foi prometido,
é preciso ter convicção no que se pensa,
é preciso ter imaginação
e dar sentido a vida,
tirando-o da natureza, do humano, ou do divino,
pois nos vários mundos há muito mistérios
que povoam na mentes vivas,
e por isso que mergulhei no seu mistério,
para tentar construir o meu mistério
e dar sentido ao meu mundo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O beijos das rosas

Enquanto cai a noite,
suave a brisa sopra,
nos ricos jardins,
flores coloridas se apagam,
enquanto as rosas se perfumam.
E a cada jardim beijo uma rosa,
vermelhas, roxas, amarelas,
todas as rosas são tão belas,
sei onde posso encontrar muitas delas,
algumas roseiras estão vermelhas de frutos,
e outras como vigens desabrocham em botões e flores,
as rosas perfumadas, são tão belas,
e o sol que se esconde apaga a beleza delas,
se não fosse seu perfume que seria delas,
e finda o verão, acaba mais uma estação,
nas calçadas folas secas se espalham,
frutos e sementes pelo chão.
E namoro, e cheiro e beijo as rosas
as rosas alheias, belas rosas perfumadas,
tão efêmeras rosas,
e quando o sol se apaga e a noite chega,
sinto uma forte solidão,
sinto como quem sabe que a morte se aproxima,
que a noite e como o tempo apaga
qualquer rastro.
Aprendi com as rosas que sua efêmera
beleza, vale a pena,
pois é melhor existir,
que nunca existir,
por isso beijo as rosas,
e fecho meus olhos para sentir
minha alma, sentir a calma que pode existir na vida...

Noite

Quando a noite caiu, fez-se o escuro e o silêncio.
O feito breu não mostrou as estrelas.
Dentro da casa escura e fria,
meus olhos embutidos em saudades
e silêncio calaram a qualquer movimento,
Senti o peito bater, o braço pulsar,
senti a noite fria me abraçar,
a noite como estava vazia,
tão vazia de tudo
que apagou qualquer coisa visível,
apagou minhas ideias,
me senti feito pintura
imóvel eterno.
Toda a natureza recatada...
toda a noite calada.

Busca

Não adianta buscar a paz no deserto,
no mosteiro, nos jardins, no alto de uma
montanha. A paz está dentro de ti.

Marcas

Sei que o tempo passa,
sei também que não é de graça,
o tempo nos leva as forças,
o vigor, a beleza,
mas sei também que o tempo
ensina, aperfeiçoa.
Carrego na minha mente,
os vários lugares e pessoas
que o tempo me permitiu carregar,
carrego no peito muita saudade.
O tempo me ensinou que a vaidade
é um sentimento idiota,
ele me ensinou tirando tudo
que achava que tinha,
o tempo voa,
podemos ver isso nas
faces alheias,
porque muitas vezes
não nos vemos no espelho,
o tempo e o espaço,
o céu, o mar
minha vida como as ondas
se acabam na praia,
e descubro quem sou,
descubro que poderia ser,
mas a areia é o meu limite,
no relógio e na praia,
o tempo não existe
o que existem são
as marcas da vida,
feliz quem não tem cicatriz.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A carne

Saliva minha boca,
minha alma perde a calma,
sinto um intenso desejo,
do sabor salgado da carne,
arde em minha alma
o desejo do sabor da carne,
feito animal,
salivo quando sinto
o cheiro da carne
quente na chapa,
ardendo, salgada...
Como um animal,
desejo provar
da salgada carne,
macia, salgada,
sangrando, queimando.
Adoro o sabor da carne.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Brasil

Eu sou Brasil,
não sou vil,
sou lá do Brasil,
de bem longe,
entre Paraiba e Ceará,
sou potiguar,
terra de Cascudo,
de gente pobre, humilde
mas forte,
gente que sobrevive no sertão.

Sim sou Brasil,
não sou vil,
quando nasci,
a lamparina alumiava minha casa,
não sabia ler, na tinha livro,
mas não perdi o pavio,

descobri na palavra
a escada e a força
para sempre andar para frente,

sou Brasil,
não sou vil,
onde quer que eu vá sou BRASILEIRO,
seja do norte ou sul,
de tudo o Brasil me ensinou
um pouco, as vezes fico louco,
mas no Brasil,
aprendi a não ser vil.

Última luz

No fim da tarde,
quando tudo parecia
perdido o um fio de luz vermelha do sol
apareceu na lareira da casa,
mas foi tão breve,
tão raro que me pareceu
o mais belo de todos,
as vezes as coisas raras
são as mais belas,
as vezes inperceptíveis,
e eis que a luz se foi,
o dia se foi,
e a noite chegou.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh