sábado, 30 de abril de 2011

Sussego

É fim de tarde, estou em Ribeirão, e por incrível que pareça não faz calor. O sol já está quase se pondo. Almoçamos muito tarde, hoje que é sábado, acordamos tarde. Depois que Ana foi a academia, fizemos o almoço, feijoada, comemos e ficamos digerindo. Deitados na sala, agora que o sol se põe. Estamos nos preparando para ir ao cinema. Esse foi um ótimo dia.

Sábados

Quando era pequeno os sábados eram sempre muito bons. Primeiro eu não precisava ir à escola, isso me dava mais tempo livre pra não ter que fazer nada. Acordava cedo. Ia buscar água e podia ficar o dia todo em casa ou sair para a casa de algum amigo. As vezes aproveitava a tarde pra por água e não que acordar cedo no domingo, as vezes aparecia algo bom para fazer, como ir jogar bola no Porção, uma comunidade vizinha a nossa onde tinha um campo. Mas o bom era quando chegava a noite e saíamos a paquera. Ah era uma sensação maravilhosa. Bem como era muito tímido eu costumava ir para a cidade com meus amigos só para ver as menininhas, ver meus amigos conversando com elas, também conversava, mas era tão devagar. Não ligava o que gostava era compartilhar com meus amigos as mesmas situações. Não bebíamos, nem grana tínhamos, no máximo para comprar balinhas. Mas era muito divertido o preparo. A tarde os assuntos já vinham a tona. Então ficava naquela ansiedade. Fulano tá namorando ciclano, que nada trocava uns beijos. Era sempre os outros. Quando chegava a noite passava na casa de meu amigo primo esperava que ele se arrumasse, se perfumasse e seguíamos, as vezes a pé, outras de bicicleta e iamos fazendo cordão de moleques em busca da rua. Quando chegávamos na cidade, encontrava as pessoas na praça, depois ia nos clubes, conhecidos como mengão, abreviação de flamengo, time carioca, e ficávamos que nem pássaros pulando no poleiro. Saiamos do mengão de Edsom para o de Lauro, e vice versa. De maneira que víamos e cumprimentávamos as mesmas pessoas a noite toda. Na praça e cedo acabava a magia, voltávamos para casa na vontade de voltar a fazer tudo de novo, quem sabem qualquer dia desses uma menina não se engraçaria conosco, mas era tímido, me achava sem graça. E assim o sábado acabava. Depois mudei de itinerário ia para Martins, depois esta cidade perdeu a graça. E os sábados perderam a graça. Hoje os sábados servem para dedicar a minhas coisas mais a vontade, a Ana que está comigo, ou quando encontro meus sobrinhos, irmãos e pais. Papai nos sábados lá em Serrinha usa o sábado para fazer seus passeios. Acorda tira comer para os bichos e vai para Martins, vai nos profundos, uns amigos de longa data que tem um pequeno açougue, depois vai ao mercado compra umas coisas e desse passa em casa, deixa as coisas e vai para a casa dos irmãos e sobrinhos na Serrinha. Mamãe fica em casa, faz as coisas e termina cedo e dorme a tarde toda. Rosângela cuida das meninas; Li as vezes trabalha ou fica em casa com Susi e Felipe. Bergue trabalha, Meire fica em casa. Assim são os nossos sábados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Laranja

Qual a essência de uma laranja?

O que imagino quando penso numa laranja?

O que diferencia uma laranja de outra fruta?

Laranja é um fruto (a) que Pertence a família Rutaceae, ao gênero Citrus e a espécie Citrus auriantum L.. Lineu foi o primeiro botânico a descrever esse fruto.
Mas o que isso significa para quem não é botânico?

Se perguntar para um nutricionista ele vai dizer que é um alimento rico em vitamina C.
Se perguntar para uma pessoa que estuda gramática vai dizer que é um substantivo, um nome.
Se perguntar a um matemático vai dizer que a laranja tem uma forma mais ou menos esférica.

Se falar isso para meus irmãos, meus pais ou a qualquer pessoa eles terão sempre uma resposta subjetiva ou objetiva.

O fato é que todo mundo simplesmente acha que simplesmente é só uma laranja.

Mas o que é uma laranja?

Por que a laranja tem essa forma esférica, esse sabor ácido, esse cheiro peculiar?
As laranjas podem ser grandes ou pequenas, doces ou azedas. Podem simplesmente mudar de estado de acordo com seu estado verde ou maduras.

Mas o que une e separa a laranja de outras frutas?

Um fruto é uma estrutura presente em todas as plantas com flores, originadas a partir do desenvolvimento do ovário presente nas nestas flores.
Todas laranjas são frutos, portanto o que une a laranja a todos os frutos é a sua origem, ou melhor, assim como todo fruto, a laranja se origina do desenvolvimento do ovário.
Existem plantas que apresentam frutos que são muito semelhante a laranja, os limões por exemplo.
Os caracteres citados acima tais como tamanho, o cheiro, o sabor a forma nos permitem diferenciar a laranja dos outros frutos. Uso dos sentidos para tentar explicar o que é que uma laranja. De maneira que para tentar explicar o que é uma laranja, preciso usar uma gama de caracteres que me permitem descreve-la e é através destas características poderei imaginar o que é uma laranja, precisarei ainda compreender das formas descritas para poder imaginar o que é uma laranja, de certa forma conhecer um fruto semelhante a laranja me permite compreender com maior facilidade o que é uma laranja, no entanto será mais difícil compreender o que é uma laranja se partir apenas das formas. Seria o mesmo que você que ainda está lendo imaginar o que é uma cajarana.
Partimos do que conhecemos para compreender o desconhecido.
Enfim qual é a essência da laranja?
De certo é muito subjetivo, cada um tem uma ideia do que é uma laranja.
Então pegue uma laranja, sinta seu peso, perceba sua forma, descasque-a ou corte-a em cruz e olhe com atenção tudo que a constitui, olhe a casca, o sumo que sai dela, olhe os gomos, os alvéolos, as sementes. Depois ponha na boca e sinta o suco, doce ou azedo, mastigue sinta a consistência. Então me diga o que é uma laranja.



Manhã de sexta

Que manhã mais preguiçosa esta de sexta-feira.
Altocúmulus, são aquelas nuvens que parecem carneirinhos, no céu.
O céu está muito azul. Faz um friozionho gostoso.
O sol brilha frouxamente.
O mundo está tão colorido.
Tudo está tão gostoso nesta manhã.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O crepúsculo


No fim da tarde de hoje quando tudo parecia desordenado, quando me achava atrasado, quando o caos começava a povoar minha mente, fui então agraciado com um belo crepúsculo.
Sim tive o prazer de poder mirar para o poente e deslumbrar de nuvens tingidas de vermelho, as nuvens pareciam chamas.
É uma dos momentos que que me deixa maravilhado. Foi impossível não registrar.
E aos poucos fiquei tão encantado que fui me acalmando e o caos sumiu, só restou respirar
e ir caminhando para casa.
Sim logo cheguei na Felizberto Brolezze a mais linda rua do Jadin Independência, quiçá de Barão Geraldo.
Fiquei feliz por toda a noite.

O tempo

Quando penso, enquanto penso e quando paro de pensar o tempo foi, é e continua sendo.
O tempo não pára, está sempre a seguindo seu curso, é como rio segue seu leito até o mar.
E como um caracol, o tempo parece está próximo quando está distante. Se tentar desenrolar esse perceberemos quanto é distante. E podemos ouvir o eco do tempo, as evidencias encrostradas na matéria podem ditar os fatos dentro deste tempo. O tempo passado é vivo em nossa mente, através das memórias, tão próximo e tão distante.
Se paramos para refletir sobre o tempo teremos sempre que termos um ponto onde amarramos o tempo e possamos construir uma trajetória que cremos ser nosso tempo.
A sombra do tempo futuro nos assusta. Tememos pois imaginamos saber o que é, mas não sabemos o que virá a ser. Nos encontramos imersos no tempo. Neste intervalo somos tudo e nada. Através das evidências podemos supor o que se passou, mas o que virá é incerto.
O tempo não existe fora de fora do pensamento humano. O tempo é uma criação humana. Está impregnado ao nosso existir. É uma forma que encontramos para explicar nossas origens, para não ficarmos perdidos no espaço. Não podemos tocar no tempo, nem sentir o tempo o máximo que fazer é imaginar algo como sendo a sombra do tempo. Uma música, algo como atravessar o espaço infinito.
E é assim que percebo o tempo através dos sentidos, das memórias do meu discernimento como humano.

TTTTTTTTTTTTTTTTTTeeeeeeemmmmmpppppppppppoooooooooooooooooooooooooooooo...

Flores de jamim

Quando amanheceu,
colhi flores de jasmim,
num belo jardim,
flores alvas feito goma,
perfumadas elas são assim,
singelas, belas,
perfumadas por essência,
são estrelas noturnas perfumadas,
não dar para não passar
e não perceber,
mesmo na noite mais escura,
agente para pra beber
do perfume de jasmim,
eles me deixam assim,
tranquilo, perfumado,
por isso pedi licença ao pé
e pedi umas flores só pra mim,
as lindas flores de jasmim,
mas pedi de manhã,
quando ninguém viu,
não roubei eu pedi
ao pé de jasmim,
flores só para mim.

Momento

É manhã.
O céu está coberto de nuvens.
Faz frio.
Neste átrio, além de mim, não há ninguém.
Luzes acesas.
As máquinas soam sem parar, ar condicionados e frezeres.
Ouve-se o eco, pois estão espalhados por todos os lugares.
Consomem eletricidade.
Sou e não sou, neste momento componho
essa paisagem e produzo o som do dedilhar
no teclado do computador.
Além de mim, neste átrio, tudo aqui está estático.
Só a lâmpada emana luz.
Através da janela vejo o verde do jardim,
mas não a abro, está frio lá fora.
e se abrir uma brisa vai esfriar esse lugar.
Olho para minhas coisas,
minha caneca com terere,
minha caneca com jasmim branco,
meu calendário e diversas coisinhas.
Todas no lugar que organizo.
E o som ecoa, longe feito queda de cachoeira,
sou estático, no entanto
meu pensamento está concentrado em descrever,
o agora.
O cursor pisca sem parar.
Vejo diversas formas e cores iluminadas pela luz que me dizem
muita coisa ou não me dizem nada.
Ouço uma rádio de muito longe de Bogotá,
HJCK, toca uma música
que condiz com este momento
em que sou só,
como quase sempre me encontro,
só habitando meu mundo subjetivo,
aliás que universo enorme.
tan, tan, tan, .... é som de piano.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Leitura

Em Serrinha do Canto não tinha muita coisa para fazer nas horas vagas. Não gostava de ficar parado, sem fazer nada simplesmente olhando para o mundo, me dava tédio, pois não conseguia entender que a natureza se auto explica, só bastava prestar atenção nas coisas. Não tinha meu olhar treinado, não tinha a sabedoria de uma iguana que passa horas imóvel. Não eu não era assim então passava horas no ócio, ou mexendo em coisas de comer na cozinha ou esperando mamãe acordar. As vezes tinha nada para fazer eu ficava vegetando. Lá era tão quente e claro que me dava sono, mas nunca consegui dormir a tarde. Certo dia descobrir num velho livro as palavras, frases, descobri que podia matar o tempo lendo e foi ai que descobri o maior passa tempo de minha vida. Gostava de ler de tudo que vinha a minhas mãos e quanto mais lia mais vontade tinha de ler, mas tive um grande problema a falta de ter o que ler. Não tinha acesso a uma biblioteca. A solução er tomar qualquer livro que os amigos tivessem emprestado. O primeiro romance que li foi o cortiço, e depois como quem debulha milho de pois dos primeiros caroços voce toma gosto e assim aconteceu, lia muito uma coleção de crônicas para gostar de ler, lia romances, poesias qualquer coisa me interessava de maneira que não distinguia os gêneros e ia lendo desde livros de física até poesia. Algumas muitas coisas não compreendia, mas lia pelo prazer de dizer já li esse livro, mesmo que não entendesse nada, não sei se eu lia, mas pelo menos como quem anda nas ruas sem prestar atenção nas coisas, ah isso eu fazia nas palavras e nas frases. Alguns livros eram tão bons que mesmo sem uma análise ou atenção nas frases deixavam um certo conhecimento não me preocupava muito com isso, pois queria saber de quantidade e não de qualidade, não me arrependo de ter feito desse jeito, foi a forma que aprendi de fugir do ócio de abraçar uma luta, ler um livro. Alguns me davam muito prazer outros não. Gostava muito dos livros que tinham figuras, pois primeiro fazia uma leitura da figura, com o tempo perdi essa habilidade, e estou tentando recuperá-la. Estou tentando resgatar tantas coisas. Estou tentando ser mais eu e a leitura que vai me ajudar.

Ler

Meu sobrinho tem seis anos e está aprendendo a ler, no fim de semana que passado fiquei junto dele então fomos ao shoping onde comprei um meclanche feliz o qual ganhou um personagem do filme Rio, o Pedro, então quando voltávamos para casa eu vibrava quando lhe mostrava uma placa que ele prontamente lia. Fiquei muito feliz com isso. Então por tanto esforço dei para ele um livro de Dinossauros que ele tanto gosta. Disse até que quer ser paleontólogo. Já minha sobrinha Giovanna ganhou um livro de filosofia. Quando dei para ela já tivemos uma prévia ela leu prontamente. Adorei vê-los aplicados. Porque aprender é simplesmente maravilhoso. Nos torna felizes e mais capazes de aprender nas adiversidades.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh