meu horizonte não passa das
árvores, dos prédios,
simplesmente tenho o céu
para contemplar,
tenho o céu para perceber
a grandiosidade do mundo,
da vida,
então olho para o céu azul,
para o sol que brilha intensamente
e tenho um dia
ardente, todo quente,
em que as chuvas sempre caem
no fim da tarde,
nessas tardes de verão,
em que as briofitas
e as samanbaias
murcham e turgecem
num mesmo dia,
sol, luz, baixa umidade,
verão,
chuva,
que organismo não
gripa,
agora é suportar,
sem o horizonte,
sem o frio,
isso é o verão,
mas as águas de março,
logo se irão
junto a essa gripe.