terça-feira, 9 de setembro de 2025

Meses do ano

 Meses do ano

1. Janeiro é o mês com um rio que separa o Rio Grande do Norte do Rio Grande do Sul.

2. Fevereiro é o mês onde são gerados os escorpioninos.

3. Março é o mês das águas.

4. Abril é o mês quatro embora seja o mês de abertura.

5. Maio é o mês das flores e da mais importante de todas sua mãe.

6. Junho é o mês de Campina Grande ser o centro do Brasil.

7. Julho é o mês das chuvas em João Pessoa. Economia de energia com o friozinho gostoso aqui.

8. Agosto é o mês que nos deixa maluco com o sol e a chuva disputando maior presença.

9. Setembro é o mês do sete, mas que se trata do mês nove.

10. Outubro é o mês do oito que segura a balança.

11. Novembro é o mês do nove que é representado pelo onze.

12. Dezembro é o mês do 10, mas é representado por 12.

Retorno da viagem de Sassá

 Ontem, retornamos para casa em João Pessoa.

Sassá acordou cedinho, mesmo atordoado, dando conta de coletar suas coisas e colocar no carro.

Seus aviõeszinhos que ganhou.

Ficou desperto por um bom tempo, depois dormiu muito até chegar na tapiocaria em Angicos.

Então, como estava faminto comeu uma tapioca inteira de carne de sol e banana.

Depois seguimos viagem.

Sempre atento a viagem viemos conversando muito.

Em determinado momento se pôs a desenhar.

Um galo gigante que vimos em Assu, um casco de peba, um tucuxi, um papa-vento, um teiú, uma preguiça, um carcará...

Paramos para ir no banheiro no mato.

Encontre uma rocha oval.

Chamei-a de eggrock.

Gostamos da palavra.

Chegamos em casa e nem percebemos.

Amor da flor e o morcego

 A semente do mussambé no baldo do açude deitou.

Quando a água secou ali germinou...

Cresceu molestada por percevejos,

Se vestiu de pelos glutinosos...


Bem lentamente sob o sol escaldante

Sob a noite enluarada, por vezes estrelada,

Crescia sem parar.

Seu corpo se dividia,

Suas células se reproduziam


O caule se ramificou,

Seus ramos armados e glutinosos,

Exalavam um cheiro de sertão.


Foi crescendo...

Crescendo...

Até que chegou o dia

Dia de floração...


Foi se desenvolvendo, se consgruindo,

Célula a célula,

Dai veio a inflorescência,

Dai veio o botão...

E numa tardizinha...


Como bicho que pare perante o sofrimento...


Uma flor desabrochou.

A primeira flor...


Flor de corola alva,

Quatro lindas pétalas unguiculadas,


Arrodeando o centro seis estames longos, finos e liláses suportavam as anteras.


No cento uma haste sustentava o singelo ovário


Com seus óvulos só esperando a fecundação...

A primeira flor foi abortada...


A segunda vez já não é surpresa...

Na inflorescência várias flores floriram...

Sempre a tardinha...



O cheiro se espalhou pela caatinga...

E para surpresa,

Naquela noite enluarada.


Uma visita aconteceu...


Um morcego veio e sem pousar,

Agradeceu e o néctar comeu...

Levou consigo o cheiro e um monte de polém, trouxe polém também.

E assim aconteceu.

Um amor no meio de sertão.


Tentativa

 Caminhando contemplava o amanhecer,

De dourado a cinza a vegetação se tingia,

Meu peito pulsava de tanta alegria,

A cada passo mais coisas a se ver...


Na vastidão do nascente o sol de luz tudo preenchia,

A salsa na beira da estrada suas estrelas desabrochava,

Rosa vivo, verde vivo...

Rodeada de sequidão...

O sol estrela grande


Alumiava e aquecia e tudo tostava,

Mas a salsa resistente,

Nem assim se entristecia,

Sua estrela ao mundo sorria.


Mirando o juazeiro e a aroeira,

Cheirava o aroma das flores de mangueira.

Resistente, no setembro que cresce para dormir em outubro.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

sete de setembro

 Sassá foi desfilar no sete de setembro.

Foi vestido de leão.

Estava todo empolgado, embora  não conhecesse nenhum coleguinha.

Eu estava emocionado, afinal meu filho desfilou nas ruas de Serrinha e eu nunca.

Estava radiante como o sol ao fim da tarde.

Os raios dourados do sol tornaram a roupa de Sassá ainda mais bela e dourada.

A mãe foi feito um satélite.

Desfilou o tempo o todo.

Até a concentração na praça de evento.

No fim fomos brindados com uma lua gigante e amarela.

Uma lua meio eclipsada.

Assim definiu Sassá

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Desenhar

 Sassá adora desenhar.

A mãe abre o computador e coloca imagens para ele desenhar.

Ontem, quando cheguei em casa, ele estava todo orgulhoso, pois havia acabado o caderno de desenho e estava desenhando nas folhas.

Quis desenhar bichos da Austrália. Então desenhou casuar, canguru, diabo da tasmanina, raposa vuadora, ornitorinco...

Estava todo feliz.

Mostrou os desenhos todo fofo.

Então fui deixar ele na escola.

Conversamos sobre a minha manhã.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Bogabens

 O silêncio do ser,

O existir refletido...

Manhã, tarde e noite,

Madrugada, aurora, crepúsculos...

Uma noite estrelada,

O mar...

E a pergunta fulcral

Quem sou eu?

O que sou eu?

Em que momento desperto para o meu ser?

O calor do afeto,

O frio da saudade...

A necessidade de Deus,

Que pode ser mais humano?

A razão.

Os pares de opostos

Bom ou mal,

Belo ou feio,

Justo e injusto...

Que horas desperto pra tudo isso.

É o começo do fim.

A inocência que é perdida ao despertar para a vida.

Ser um ser de relação.

Ser e existir...

Uma condição única a vida com razão.

Divagações

 A tarde nublada e ventilada cai suavemente.

No horizonte um navio passa lentamente.


As ondas vindo vindo vindo 

Alegram a alma.


Penso nas Maracanãs que sempre ouço aqui.


Ouço uma patativa, um bem-te-vi.


Vinícius alegre fala sozinho.


Tem quatro anos.


Zildo o homem dos guarda sol se foi.


Descansa depois de mais um sábado.


Uma barreira feira pela maré aqui está.


Areia quente e seca 

Anuncia o verão.


Quanta coisa boa.

30-08-25


Escrito em na praia de Cabo Branco, num lindo sábado.



Eu te amo

 Sassá acordou cedo!

Estava com muito frio, o ar estava gelado.

Então se levantou e foi me encontrar na cozinha.

Reclamou do frio. Levei-o ao banheiro para ele fazer xixi.

Depois voltou e começou a conversar.

Tanta coisa boa ele conversa.

Sobre bichos. Ele ama os bichos. Quer ter o mundo.

Risos.

Abraço, cheiro ele e peço a benção.

Enquanto tomava banho ele contava os seus planos.

Então após arrumado.

Ele me abraçou me beijou e disse que me amava.

E me fui.

Sentir o eu passado

 Algo em mim tenta falar comigo.

Como se meu eu do passado quisesse dizer algo ao presente.

As tardes sublimes de minha juventude já sentiam esse oco metafísico.

Nem imaginava este mundo que agora vivo.

Mas algo naquelas tardes no corredor de nossa casinha, apontava para isso.

Algo eterno ficou em mim.

Conceitos éticos, religiosos, além do físico.

Sinto como se aquele eu estivesse olhando para mim.

E espreito, como se pudesse olhar para ele naquele tempo...

Uma tarde, nunca cadeira, li alguns conceitos que deixaram muito em mim.

Ideias... a imortalidade de Platão.

A não violência de Gandhi.

Só sinto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Sábado

 Sábado fomos ao jardim botânico.

Fizemos a trilha pequena;

Engraçado que Sassá já reconheceu e perguntou porque vamos fazer a trilha pequena.

Queria ver bicho.

Vimos apenas dinoponera.

Ficou satisfeito.

Depois brincamos muito, fotografamos, vimos as abelhas.

Foi muito sossegado o fim de semana de Sassá.

Meses do ano

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Gogh

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