segunda-feira, 8 de setembro de 2025

sete de setembro

 Sassá foi desfilar no sete de setembro.

Foi vestido de leão.

Estava todo empolgado, embora  não conhecesse nenhum coleguinha.

Eu estava emocionado, afinal meu filho desfilou nas ruas de Serrinha e eu nunca.

Estava radiante como o sol ao fim da tarde.

Os raios dourados do sol tornaram a roupa de Sassá ainda mais bela e dourada.

A mãe foi feito um satélite.

Desfilou o tempo o todo.

Até a concentração na praça de evento.

No fim fomos brindados com uma lua gigante e amarela.

Uma lua meio eclipsada.

Assim definiu Sassá

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Desenhar

 Sassá adora desenhar.

A mãe abre o computador e coloca imagens para ele desenhar.

Ontem, quando cheguei em casa, ele estava todo orgulhoso, pois havia acabado o caderno de desenho e estava desenhando nas folhas.

Quis desenhar bichos da Austrália. Então desenhou casuar, canguru, diabo da tasmanina, raposa vuadora, ornitorinco...

Estava todo feliz.

Mostrou os desenhos todo fofo.

Então fui deixar ele na escola.

Conversamos sobre a minha manhã.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Bogabens

 O silêncio do ser,

O existir refletido...

Manhã, tarde e noite,

Madrugada, aurora, crepúsculos...

Uma noite estrelada,

O mar...

E a pergunta fulcral

Quem sou eu?

O que sou eu?

Em que momento desperto para o meu ser?

O calor do afeto,

O frio da saudade...

A necessidade de Deus,

Que pode ser mais humano?

A razão.

Os pares de opostos

Bom ou mal,

Belo ou feio,

Justo e injusto...

Que horas desperto pra tudo isso.

É o começo do fim.

A inocência que é perdida ao despertar para a vida.

Ser um ser de relação.

Ser e existir...

Uma condição única a vida com razão.

Divagações

 A tarde nublada e ventilada cai suavemente.

No horizonte um navio passa lentamente.


As ondas vindo vindo vindo 

Alegram a alma.


Penso nas Maracanãs que sempre ouço aqui.


Ouço uma patativa, um bem-te-vi.


Vinícius alegre fala sozinho.


Tem quatro anos.


Zildo o homem dos guarda sol se foi.


Descansa depois de mais um sábado.


Uma barreira feira pela maré aqui está.


Areia quente e seca 

Anuncia o verão.


Quanta coisa boa.

30-08-25


Escrito em na praia de Cabo Branco, num lindo sábado.



Eu te amo

 Sassá acordou cedo!

Estava com muito frio, o ar estava gelado.

Então se levantou e foi me encontrar na cozinha.

Reclamou do frio. Levei-o ao banheiro para ele fazer xixi.

Depois voltou e começou a conversar.

Tanta coisa boa ele conversa.

Sobre bichos. Ele ama os bichos. Quer ter o mundo.

Risos.

Abraço, cheiro ele e peço a benção.

Enquanto tomava banho ele contava os seus planos.

Então após arrumado.

Ele me abraçou me beijou e disse que me amava.

E me fui.

Sentir o eu passado

 Algo em mim tenta falar comigo.

Como se meu eu do passado quisesse dizer algo ao presente.

As tardes sublimes de minha juventude já sentiam esse oco metafísico.

Nem imaginava este mundo que agora vivo.

Mas algo naquelas tardes no corredor de nossa casinha, apontava para isso.

Algo eterno ficou em mim.

Conceitos éticos, religiosos, além do físico.

Sinto como se aquele eu estivesse olhando para mim.

E espreito, como se pudesse olhar para ele naquele tempo...

Uma tarde, nunca cadeira, li alguns conceitos que deixaram muito em mim.

Ideias... a imortalidade de Platão.

A não violência de Gandhi.

Só sinto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Sábado

 Sábado fomos ao jardim botânico.

Fizemos a trilha pequena;

Engraçado que Sassá já reconheceu e perguntou porque vamos fazer a trilha pequena.

Queria ver bicho.

Vimos apenas dinoponera.

Ficou satisfeito.

Depois brincamos muito, fotografamos, vimos as abelhas.

Foi muito sossegado o fim de semana de Sassá.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Eterno

Mamãe e papai
Como eu amo vocês.
Como gostaria de dizer isso pessoalmente.
Papai você me passou o bastão,
Estou fazendo tudo que posso para continuar caminhando.
Agora sou pai, então rezo para que possa viver até que meu filho possa seguir com o bastão.
Desde que o senhor se foi a coisa ficou mais séria.
Não tenho mais ninguém por mim a não ser Deus.
Coloquei um símbolo no peito e nunca tiro.
Uma letra hebraica no formato de T.
Rezo todos os dias a oração de São Francisco e a Salve Rainha.
A primeira eu, aprendi na Radio tapuia de Alexandria,
A segunda eu estou aprendendo, bem que mamãe tentou me ensinar,
No entanto só aprendi o pai nosso, a ave maria, o credo...
Como foram os nossos momentos juntos.
Foram momentos eternos.
O momento quando vivido tem poder de eternidade.

Porquê

 Prestei atenção a minha conversa com Sassá ao deixá-lo na escola.

E o tem foi a gata mel.

No nosso prédio tem um jardim.

Ali muitas vezes os gatos fazem suas necessidades.

Tem uns três gatos, mas uma é mais amigável e presente.

Tem o pelo preto e vermelho amarelado, e olhos melados.

Por isso, a denominamos mel.

Ela está sempre presente.

Bom ela costuma se esconder atrás de uma espada são jorge.

Ontem, cheguei e fui aguar as plantas.

Então deu um banho em mel.

Então quando desci e entrei no carro, contei do banho em mel.

Ele ficou encabulado no fato de mel gostar de se esconder.

Por que mel se esconde papai?

Pra não ser vista.

Por que mel se esconde papai?

Pra não ser aborrecida.

Por que mel se esconde, ali na espada de são jorge?

Porque é mais fresco.

Por que mel se esconde, ali na espada de são jorge?

...

Com esses porquês quase fizemos o trajeto todo.

Na rua paralela a escolha, onde tem uma oficina, vi um fusca vermelho.

Gritei um fusca vermelho.

Como sempre disse!

Vamos desenhá-lo.

Concordei, pois não adianta discordar.

À tarde quando fui pegá-lo havia mais um fusca vermelho agora dois.

Quase parei para fotografar,

Acabei me esquecendo de comentar com ele.



O sujeito e a chuva

 A chuva chovendo,

Tem diferentes faces,

A face de cada é subjetiva, peculiar de cada sujeito,

Agora chove!

É maravilhoso ouvir a chuva chovendo.

Molhando a mata, o chão, o telhado...

Sinto paz,

Quando estou em segurança.

Para mim, que vim de onde chove pouco.

Chuva é sinônimo de benção.

Te amo

Levei Sassá ontem a minha sala. Ele disse que havia ido lá pela segunda vez. Perguntou sobre o meu Chefe e nem sei de onde ele tirou isso. M...

Gogh

Gogh